terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Flores, a Esmeralda do Atlântico (2/4)

Na primeira parte deste nosso artigo falámos em termos genéricos o porquê de a ilha das Flores ser um paraíso para todos aqueles que gostam de caminhar em ambiente de Natureza. Nesta segunda parte vamos detalhar um pouco mais.

Quando nos perguntam onde se pode dormir nas Flores, apesar de algumas unidades hoteleiras simpáticas, para nós há uma que se sobrepõe a todas as outras: a Aldeia da Cuada.

Esta antiga aldeia, abandonada até há pouco mais de 20 anos, por força do forte movimento migratório que os Açores sofreram nos anos 60, foi sendo adquirida pelos atuais proprietários, Teotónia e Carlos Silva, a quem a filha e o genro se juntaram e cuja simpatia e a forma como mimam os seus hóspedes, é uma imagem de marca deste maravilhoso espaço. Contudo, a Aldeia da Cuada está longe de se esgotar na arte de bem receber dos seus proprietários. O fantástico trabalho de recuperação e revitalização do espaço, mantendo toda a traça original, usando para isso os materiais tradicionais, indo aos mais ínfimos detalhes, é outro dos motivos porque se deve ficar aqui. Cada noite numa das cerca de 20 casas que compõem a aldeia é uma viagem no tempo, embora com requintes de conforto que nada têm a ver com a vida dura e austera do antigamente. Mas não é tudo, resta falar na localização. Situada num plateau cerca de 50 metros acima do mar, entre as freguesias da Fajãzinha e da Fajã Grande, tem nas suas costas uma parede com várias centenas de metros e alguns quilómetros de largura, onde o verde exuberante e as inúmeras cascatas, tudo isto com o oceano pela frente, fazem deste local um autêntico paraíso na terra.

Agora que os nossos caminhantes já têm onde ficar, na terceira parte do nosso artigo sobre a ilha das Flores vamos falar onde se pode comer e bem, sim, porque caminhar em paisagens deslumbrantes como estas abre o apetite.


Crónica de Francisco Mendonça, publicada em «Simply Flow».
Saudações florentinas!!

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