terça-feira, 31 de maio de 2016

Município das Lajes premiado pela qualidade da água fornecida ao público

Os Açores são a primeira região do país a garantir 99% de qualidade de água canalizada da rede pública, revelam os resultados de mais de 23 mil análises efetuadas em 2015 aos 19 concelhos açorianos.

Os números foram divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA), durante uma cerimónia de atribuição de "selos de qualidade" a vários municípios do arquipélago.

"A melhoria nas análises verificada em 2015 faz com que os Açores sejam a primeira região do país a atingir os 99% da qualidade da água, que é a meta imposta pela União Europeia para a qualidade da água", revelou Hugo Pacheco.

Para premiar a melhoria gradual da qualidade da água da rede pública no arquipélago, a entidade reguladora decidiu atribuir, pela primeira vez este ano, "selos de qualidade" procurando incentivar também os concelhos que não apresentam os melhores parâmetros de qualidade. "Estes certificados vêm premiar as Câmaras Municipais e os serviços municipalizados que se distinguiram pela excelência da qualidade colocada à disposição dos consumidores", realçou o presidente da administração da ERSARA, adiantando que o prémio representa também um incentivo para as autarquias que ainda não atingiram os patamares mais elevados.

Lajes (ilha das Flores), Madalena e São Roque (ilha do Pico), Velas (ilha de São Jorge), Angra do Heroísmo (ilha Terceira) e Ribeira Grande, Lagoa e Nordeste (ilha de São Miguel), foram os concelhos premiados pela ERSARA pela qualidade de água fornecida ao público durante 2015.

Apesar desta melhoria na qualidade da água nos Açores, que aumentou de 96% em 2010 (ano em que foi criada a ERSARA), para 99% em 2015, alguns municípios açorianos queixam-se da falta de financiamento na rede de abastecimento de água.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Promover as ilhas através do geocaching

A GeoTour Azores é a segunda geotour existente na Península Ibérica e a maior geotour do planeta.

Este projeto de geocaching pretende "conduzir" o turista/visitante às ilhas dos Açores, para que fique a conhecer melhor a realidade de cada uma das ilhas visitadas sendo "conduzido" através do geocaching. Desta forma ficará a conhecer melhor os principais locais de interesse turístico mas também alguns recantos, bem como alguns dos "temas" que caracterizam a "alma" de cada ilha açoriana.

Deste projeto de geocaching fazem parte 170 "objetivos", que constam do passaporte (virtual) associado a esta geotour, sendo 150 caixas constantes da listagem base, mais 20 caixas "joker", distribuídas por todas as nove ilhas do arquipélago e pelos dezanove concelhos açorianos. Cada geocacher só pode levantar um único passaporte e participar nesta geotour uma única vez.

A realização da GeoTour Azores permite aos geocachers que atinjam os objetivos fixados (totalidade da geotour, 50% da geotour ou completar um grupo de ilhas) a conquista de prémios. Foi privilegiada nesta geotour a deslocação às ilhas "mais pequenas", sendo sempre necessário para se atingir qualquer prémio a deslocação a pelo menos duas ilhas da Região.

Este projeto de geocaching foi elaborado desde Agosto de 2015 por uma equipa de geocachers liderada por Luís Machado e Pedro Almeida, em conjunto com mais 16 geocachers (dois por cada ilha), em parceria com a Direção Regional do Turismo. Integram também este mega-projeto várias outras entidades, nomeadamente a Direção Regional da Cultura, todas as Câmaras Municipais açorianas, os Parques Naturais das Flores, Graciosa, Santa Maria, Faial e São Miguel, a Marinha Portuguesa, os Serviços Florestais dos Açores, o GeoParque Açores, as associações Amigos dos Açores e Os Montanheiros, bem como várias outras entidades.


Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

domingo, 29 de maio de 2016

«Brumas e Escarpas» #106

O lugar dos Paus Brancos

O pau-branco é uma árvore endémica açoriana, existente em todas as ilhas do arquipélago exceto na Graciosa. Atinge os oito metros de altura, tem folhas lanceoladas a ovaladas, com flores brancas e frutos de tom azulado escuro, semelhantes aos da oliveira, árvore a cuja família pertence, mas curiosamente a oliveira não vegeta nos Açores. A sua madeira é muito apreciada e utilizada sobretudo no fabrico de móveis.

Cuida-se que no início do povoamento o pau-branco, que se desenvolve juntamente com o incenso e a faia, existiria em grande quantidade nas ilhas açorianas. No entanto, com o início da colonização, as zonas mais soalheiras e de melhor terreno foram assoreadas dando origem a terrenos agrícolas para cultivo dos cereais ou a pastagens para a criação de gado, o que provocou um enorme desbaste da mancha florestal primitiva. As espécies menos resistentes, como o pau-branco, foram as mais prejudicadas. Atualmente, dado o abandono de muitos campos agrícolas e pastagens, as espécies mais persistentes como a faia e sobretudo o incenso são as mais privilegiadas e protegidas pela natureza. A ampla plantação, no século passado, de outras espécies, com destaque para a acácia e sobretudo para a criptoméria, também terão contribuído para o lento desaparecimento de algumas endémicas, entre as quais o pau-branco.

No entanto ficou a sua memória e, sobretudo, a sua marca indelével na toponímia de muitas localidades. Foi o que aconteceu na Fajã Grande, freguesia que entre os seus variadíssimos lugares, possuía um com o nome de Paus Brancos.

O lugar dos Paus Brancos situava-se na parte sul da freguesia, próximo da chamada zona da Lagoinha ou Alagoinha, paredes meias com a Rocha. Era um amplo espaço onde existiam três tipos de propriedades: algumas terras de mato, onde proliferavam incensos, faias, loureiros, sanguinhos, entrelaçados entre fetos e cana roca, uma outra lagoa e várias relvas. As lagoas eram terrenos onde, desmesuradamente, crescia a erva. E onde existiam os inhames de água. No entanto, como eram inundadas com a água que descia quer da Ribeira dos Paus Brancos quer das várias grotas que proliferavam na Rocha, eram terrenos muito alagadiços, o que fazia com que a erva crescesse de tal modo que, com alguma frequência, era ceifada e acarretada aos molhos para os palheiros sobretudo para alimentação das vacas leiteiras.

Formando uma ampla planície e protegido dos ventos pela Rocha e pelo Pico Agudo que lhe ficava em frente, o lugar dos Paus Brancos, assim como a sua vizinha Alagoinha, era muito fértil e de excelentes pastagens, pese embora se situasse já nos contrafortes da Rocha que, neste lugar era extramente firme, hirta e segura, pois ali não havia derrocadas ou ribanceiras e geralmente não caíam pedras. A Rocha, apesar da água que por ela descia, era tão firme que através dela, havia sido, em tempos idos, construída uma vereda que dava acesso às relvas do mato, nomeadamente às do Rochão do Junco, do Rochão Grande, do Serrado Velho e do Rochão Tamusgo que lhe ficavam sobranceiros.

O lugar dos Paus Brancos a leste fazia fronteira com a Rocha do mesmo nome, a norte com a Alagoinha de Baixo, a oeste com o caminho e com o Pico Agudo e a Sul com a Alagoinha de Cima e com Mateus Pires. O acesso às propriedades fazia-se através de uma canada que se iniciava no enorme largo do Pico Agudo, onde havia um descansadouro.

A origem deste topónimo é de fácil e simples explicação. Decerto que provinha do facto de ali existirem inicialmente muitos paus-brancos que aos poucos terão desaparecido devido ao arroteamento e transformação de algumas terras de mato em pastagens e lagoas e, mais tarde, devido à plantação de criptomérias.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sábado, 28 de maio de 2016

A rádio que liga as nove ilhas há 75 anos

A rádio pública nos Açores, que hoje completa 75 anos, foi o primeiro órgão de comunicação social a fazer cobertura das nove ilhas, tendo contribuído para a divulgação do arquipélago no país e no mundo.

Fundada a 28 de Maio de 1941, a rádio pública nos Açores tem atualmente redações nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial e vários correspondentes nas restantes ilhas. “Somos a única rádio que chega às nove ilhas dos Açores. Temos esta obrigação de tocar todas as ilhas e, sempre que possível, os dezanove concelhos, o que não é tarefa fácil. É cada vez mais difícil, porque somos cada vez menos”, afirmou Paulo Alves, chefe de redação da RDP Antena 1 Açores.

Para o jornalista Pedro Moreira, a importância da rádio pública manifesta-se com preponderância nas situações de emergência, pois “é o meio mais ágil de fazer passar informação” ao nível da Proteção Civil, por exemplo. “É nessas alturas que as pessoas mais se socorrem do rádio, esteja ele no automóvel, na mesa-de-cabeceira, tenha ele grande ou pouca qualidade”, refere uma das vozes que diariamente dão a conhecer as principais notícias do dia nos noticiários da Antena 1 Açores.

Pedro Moreira adiantou que quando as catástrofes ou outros acontecimentos relevantes ocorrem, é obrigação da rádio pública “lá estar a cobrir com rapidez, porque chega às nove ilhas do arquipélago. Temos um público fiel que nos exige notícias regionais, mas também notícias das suas ilhas, porque mais do que no contexto nacional, nos Açores faz sentido chegar a todas as ilhas”, considerou Pedro Moreira, que tem no currículo oito anos de experiência de rádio e 14 anos de televisão.

Apesar das melhorias tecnológicas ao dispor, o chefe de redação da Antena 1 Açores lamentou a diminuição dos recursos humanos, numa casa que tem sido “uma verdadeira escola para os jornalistas na Região. Alguns dos jornalistas de referência no arquipélago formaram-se aqui”, destacou Paulo Alves.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Paulo Rosa recandidata-se a deputado

CDS-PP apresentou Paulo Rosa como cabeça de lista pelo círculo eleitoral da ilha das Flores nas eleições regionais deste ano, tendo o candidato assumido o compromisso de “voltar a pôr a ilha no mapa”.

Na sessão de apresentação da candidatura, Paulo Rosa, professor na Escola Básica e Secundária das Flores, disse que se candidata novamente a deputado por não se rever nos projetos políticos que representam a ilha, eleitos pelo PS e PSD, que “nada acrescentaram à melhoria das condições de vida” dos habitantes das Flores, ilha que tem assistido a “retrocessos graves, nomeadamente no acesso à saúde”.

“Ora, eu não poderia ficar indiferente a isto e com esta adesão da JP, com esta vontade, com esta fonte de inspiração acrescida, obviamente aceitei o convite. Estou aqui com a mesma determinação de sempre”, disse Paulo Rosa, que em 2008 foi eleito deputado regional na qualidade de independente. Em Junho de 2015, Paulo Rosa foi eleito vogal da Comissão Política Regional do partido no IX Congresso Regional do CDS-PP.

Natural da ilha das Flores, o candidato Paulo Rosa disse apresentar-se às eleições regionais de 2016 “com a mesma determinação de sempre, com o objetivo de voltar a por as Flores no mapa”.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Aumento do Parque Marinho dos Açores

A Assembleia Regional aprovou por unanimidade a ampliação do Parque Marinho do arquipélago, que passa a ter 17 áreas marinhas protegidas.

Passam a ser “classificadas quatro novas áreas marinhas protegidas, que formalmente são seis, uma vez que duas delas têm que se dividir em áreas dentro e fora da Zona Económica Exclusiva”, afirmou Fausto Brito e Abreu.

A área marinha do arquipélago submarino do Meteor é uma zona localizada a sul dos Açores, com mais de 120 mil quilómetros quadrados, tendo sido descrita a “presença de recursos minerais com algum potencial. Trata-se de uma área de enorme biodiversidade, geodiversidade, e de grande importância estratégica para os Açores e para Portugal”, defendeu o governante.

Já a área marinha protegida de perímetro de proteção e gestão de recursos localizada a sudoeste dos Açores tem “um elevado potencial para a exploração mineral” e a sua classificação “é uma forma de garantir a conservação da diversidade dos seus habitats e espécies”.

A classificação da área do banco Condor reconhece esta zona “como um local importante para a conservação de recursos pesqueiros” e dos ecossistemas, enquanto a do banco princesa Alice “é uma zona de pesca importante de espécies demersais e de grandes pelágicos, que tem também grande importância para o desenvolvimento de atividades marítimo-turísticas”. Esta última área é visitada regularmente por jamantas, constituindo-se como um dos melhores locais para observar estes animais no Atlântico.

A ampliação do Parque Marinho dos Açores não contempla novas restrições ao desenvolvimento das atividades da pesca e marítimo-turísticas, adiantou o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia. A oposição parlamentar pediu mais e melhor fiscalização das áreas marinhas protegidas.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e rádio 105 FM.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Visita pelo património baleeiro florentino

No próximo domingo (dia 29), o Museu da Fábrica da Baleia do Boqueirão promove uma visita pelo património baleeiro da ilha das Flores. Esta iniciativa pretende valorizar e divulgar as principais infraestruturas associadas à caça e ao processamento do cachalote na ilha das Flores.

Os participantes terão a oportunidade de usufruir de uma visita guiada à antiga Fábrica da Baleia do Boqueirão e de conhecer em primeira mão a exposição de scrimshaw que estará patente em exclusivo nesta atividade. A visita inclui ainda a passagem pelo traiol do Boqueirão, pelas vigias da variante de Santa Cruz e da Fazenda das Lajes, bem como pelo traiol e pela casa dos botes das Lajes.

Por um valor simbólico os participantes têm assegurado o transporte pela Câmara Municipal das Lajes e usufruem do lanche que marcará o fim da visita.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Encontro de escritores na ilha das Flores

A segunda edição do Encontro Pedras Negras acontece de 27 a 29 de Maio na ilha das Flores.

Escritores açorianos de todas as ilhas vão participar no II Encontro Pedras Negras em conversa e partilha na ilha das Flores.

Na sexta-feira (dia 27) no Museu municipal de Santa Cruz, às 21h30, o público é convidado a conhecer escritores açorianos. Num espaço para partilha de histórias e escritas desde São Miguel às Flores, passando pelo Pico, incentiva-se os florentinos a participar no Encontro Pedras Negras e partilhar as suas histórias. Também acontecerá a abertura da exposição "É preciso ter um tempo", onde Francisco Carneiro (FRANCzero) apresenta alguns dos seus desenhos a grafite sobre papel.

Na sábado (dia 28) no Museu municipal das Lajes, às 21h30, o público é convidado a conhecer escritores das várias ilhas dos Açores. Um encontro único onde vários estilos de escrita, ideias inter-ilhas e livros serão partilhados. Toda a família é bem vinda.

O II Encontro Pedras Negras realiza-se no âmbito da organização do Azores Fringe Festival, numa parceria da MiratecArts e o Município de Lajes das Flores.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Censo de Garajaus nas ilhas açorianas

Serviços de Ambiente e Parques Naturais de Ilha promovem a realização do Censo de Garajaus entre 25 de Maio e 10 de Junho.

O arquipélago dos Açores, região da Europa onde nidificam metade dos garajaus-rosados, vai ser palco de um censo dedicado a esta ave marinha, espécie considerada como uma das 30 mais raras deste continente.

O objetivo deste Censo de Garajaus é quantificar as populações das duas principais espécies de garajaus que nidificam nos Açores, nomeadamente o garajau-comum (Sterna hirundo) e o garajau-rosado (Sterna dougali).

Segundo Filipe Porteiro, para o recenseamento desta espécie foram “contratualizadas viagens por mar à volta de todas as ilhas dos Açores e foi adquirido equipamento ótico adequado para observação de aves, nomeadamente binóculos e telescópios”, o que vai permitir que os técnicos dos Parques Naturais de Ilha efetuem “contagens nas colónias mais inacessíveis, em particular nos ilhéus costeiros que são um refúgio para aves marinhas”.

Os investigadores estimam que na Europa cerca de metade dos garajaus-rosados nidifiquem nos Açores, onde existem mais de três dezenas de colónias desta espécie protegida, considerada uma das 30 mais raras no continente europeu. No arquipélago dos Açores, as principais colónias de garajaus rosados concentram-se nas ilhas Graciosa, Flores e Santa Maria. No ilhéu da Praia (na Graciosa) encontra-se a segunda maior colónia de garajaus-rosados da Europa.

A monitorização e a recolha de dados populacionais de aves marinhas com estatuto de proteção regional, comunitária e internacional, como é o caso dos garajaus comum e rosado, constitui uma obrigação legal no âmbito da Diretiva Aves (Rede Natura 2000), da Diretiva Quadro Estratégia Marinha, tendo ainda enquadramento na Convenção OSPAR.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Tribuna das Ilhas».
Saudações florentinas!!

domingo, 22 de maio de 2016

População faz pedidos de variada espécie

Nas suas anuais visitas estatutárias os membros do Governo Regional ouvem pedidos de toda a ordem nos encontros com a população.

Médico de profissão, ao secretário da Saúde não falta "clientela" nos encontros que o Governo Regional promove com a população no âmbito das visitas estatutárias que anualmente está obrigado a fazer: “Pode prescrever [medicamentos]?” é uma pergunta que recorrentemente nesses encontros fazem a Luís Cabral, a quem também levam exames complementares de diagnóstico para que o governante faça a sua interpretação clínica.

O secretário regional da Saúde afirmou que não dá “consultas formais”, mas reconheceu que coloca em prática várias vezes a sua formação, até na área da psicologia, fazendo no fundo “uma consulta médica, mais do que uma consulta de governante”. Segundo Luís Cabral, nalgumas situações com que já se deparou nas visitas, “mais do que uma solução concreta para um problema, as pessoas precisam de algum conforto psicológico”.

Os encontros com a população também “servem para quebrar um pouco a solidão”, acrescentou o responsável pelo Turismo e Transportes. Vítor Fraga relata a este propósito que (desde que esta iniciativa começou em 2013) todos os anos há um cidadão da ilha das Flores que lhe relata a sua história de vida, sobretudo do tempo em que esteve emigrado nos Estados Unidos da América.

Desde sugestões para ajustar horários, frequências e dias das ligações marítimas e aéreas a queixas por cancelamentos destas devido ao mau tempo, de pedidos de pavimentação de acessos a casas ou a sua reparação, o governante destacou o caso de uma idosa que pediu meia dúzia de telhas e a sua colocação. “Embora não seja uma medida política profunda, a sua resolução tem um impacto enorme na melhoria da vida das pessoas”, sustentou Vítor Fraga.

O secretário regional dos Transportes apontou ainda o caso de um homem que “pediu para confirmar uma viagem em que estava em lista de espera. Telefonei para a SATA e transmiti-lhe que ainda faltavam dois meses para a viagem, pelo que o mais provável era ser confirmada”.

Andreia Cardoso, que tutela a Solidariedade Social, explicou ter sido confrontada por um pedido inesperado: “Um idoso da ilha das Flores pretendia que o programa ‘Meus Açores, meus amores’ [de turismo e mobilidade sénior] contemplasse em 2017 a deslocação à ilha Terceira, porque queria ver a campa do filho”.


Notícia: jornal «Observador».
Saudações florentinas!!

sábado, 21 de maio de 2016

Juntas com kits para limpeza de ribeiras

O programa Eco Freguesia, Freguesia Limpa 2016 atribui kits de segurança a algumas Juntas de Freguesia, com objetivo de melhorar a proteção e as condições de trabalho na limpeza das ribeiras.

Este ano no Eco Freguesia, Freguesia Limpa estão a ser disponibilizados 35 kits de manutenção às melhores candidaturas do projeto A Minha Ribeira. Cada um destes kits é composto por uma moto-serra e uma moto-roçadora profissionais e dois equipamentos completos de proteção individual, estando a sua distribuição prevista para o final de Maio.

O projeto A Minha Ribeira é uma das novidades do programa Eco-Freguesia 2016, a que aderiram cerca de uma centena de autarquias locais. Outro projeto lançado este ano é o Costa Limpa, que pretende estimular as autarquias a mobilizarem as populações para a monitorização e limpeza da orla costeira.

O programa Eco Freguesia, Freguesia Limpa tem como principal objetivo reconhecer e distinguir os esforços das autarquias locais e a colaboração das populações na limpeza, remoção e encaminhamento para destino final adequado dos resíduos abandonados em espaços públicos, incluindo as linhas de água e a orla costeira, bem como o desenvolvimento e participação em programas e ações de sensibilização e educação ambiental. Este ano, a iniciativa envolve 155 das 156 freguesias açorianas.


Notícia: rádio Atlântida, jornal «Diário da Lagoa» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Painho-de-monteiro na ilha das Flores

De 3 a 6 de Maio uma equipa da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) deslocou-se à ilha das Flores, montando acampamento na Alagoa onde no ano anterior ouvira o som de painhos-de-monteiro e com esperança de tornar essas suspeitas em realidade.

O primeiro passo foi a prospecção dos ilhéus da Alagoa com o auxílio do kayak, nomeadamente o ilhéu Deitado e outro ilhéu junto a este e também recuperar a unidade de gravação automática presente no ilhéu Sentado desde Junho de 2015 para análise dos dados, uma vez que o mar e o vento sopravam de feição.

Para confirmar a nidificação de painho-de-monteiro na ilha das Flores foram montadas redes no calhau da Alagoa e apesar das vocalizações ouvidas não foi capturado nenhum indivíduo. Apesar das expectativas reduzidas em virtude das tentativas goradas no calhau da Alagoa, a esperança era a última a morrer, uma vez que as vocalizações ouvidas no ano anterior no ilhéu Sentado incentivavam a apostar mais uma vez neste ilhéu. Era essencial testar essa teoria e esperar que a sorte estivesse do nosso lado, o que veio a confirmar-se com a captura de um exemplar de painho-de-monteiro.

Ainda que tenha sido apenas um exemplar, podem agora confirmar-se as suspeitas desde 1996 do doutor Luís Monteiro da existência de nidificação de painhos na ilha das Flores. Ficam ainda por encontrar os seus ninhos na ilha das Flores.

Houve ainda tempo para dar a volta à ilha e prospectar novos ilhéus para procurar o painho-de-monteiro. Este foi um pequeno passo para confirmar que o painho-de-monteiro não está apenas restringido aos ilhéus da ilha Graciosa e tem as Reservas da Biosfera como locais ideais para a sua nidificação.

A equipa da SPEA agradece o apoio do Parque Natural da ilha das Flores, de Carlos Toste (Hotel Ocidental), de Sandra Quaresma e dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores, os quais tÊm contribuído para o sucesso dos trabalhos.


Notícia: blogue da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Porquê os Municípios florentinos não se candidatam ao programa Eco XXI 2016?

Até 15 de Junho os municípios açorianos podem candidatar-se ao programa Eco XXI 2016, promovido pelo Governo Regional em parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa.

Inspirado nos princípios subjacentes à Agenda 21, o projeto Eco XXI procura reconhecer as boas práticas implementadas ao nível dos municípios, valorizando um conjunto de aspetos considerados fundamentais para a construção de um desenvolvimento sustentável.

Para se candidatarem ao programa Eco XXI, os municípios têm que apresentar informação relativa a 21 indicadores, entre os quais a implementação dos programas da Fundação para a Educação Ambiental, a qualidade da água para consumo humano, a valorização de resíduos urbanos e o uso sustentável da energia. Ao aferir a qualidade do desempenho do município, este programa constitui-se ainda como uma ferramenta de gestão interna, apontando caminhos e metas no sentido da sustentabilidade.

Nos Açores, este programa internacional criado na Década de Educação para o Desenvolvimento Sustentável tem vindo a conquistar uma maior adesão nos últimos anos, fruto da estratégia de educação ambiental e promoção para o desenvolvimento sustentável operacionalizada pela Direção Regional do Ambiente. Na edição de 2015 do programa Eco XXI participaram apenas cinco dos dezanove municípios açorianos: Lajes, Madalena e São Roque do Pico, Ribeira Grande e Horta.


Notícia: «Tribuna das Ilhas», «Diário da Lagoa», «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Muito menos deslocações de médicos especialistas às ilhas sem hospital

Houve um corte drástico na deslocação de médicos especialistas às ilhas sem hospital, denuncia o PSD/Açores.

Os deputados regionais do PSD consideram que os doentes das ilhas sem hospital estão a ser prejudicados no acesso a médicos especialistas, tendo criticado o Governo Regional por ter reduzido a deslocação de médicos de especialidade às ilhas sem hospital.

Os deputados do PSD afirmam que as alterações ao regime de deslocação de médicos especialistas efetuadas pelo Governo Regional em 2014, resultaram numa maior dificuldade de acesso dos doentes às consultas desses clínicos de especialidade.

Segundo o deputado João Bruto da Costa, “foi precisamente nas ilhas que têm vindo a perder população que o Governo Regional retirou aos pais a possibilidade dos seus filhos serem vistos por pediatras do Serviço Regional de Saúde. Em Santa Maria, Graciosa e Flores não há uma consulta de pediatria há mais de dois anos”, adiantando que “foi também este Governo Regional que acabou com a deslocação de especialistas, por exemplo, em cirurgia vascular às ilhas das Flores, Pico, Graciosa e Santa Maria e fisiatria e reumatologia em São Jorge”.

De acordo com os deputados regionais do PSD, “por ação do Governo Regional, os açorianos que vivem nas ilhas sem hospital são diariamente confrontados com a impossibilidade de ter acesso a consultas de especialidade no seu Centro de Saúde. Esperam meses e meses por uma deslocação ao hospital, com todos os riscos que essa demora acarreta para a sua saúde”, afirmando ainda que “dezenas de milhares de consultas ficaram por fazer nas ilhas sem hospital e milhares de açorianos viram dificultado o acesso a cuidados de saúde. A sua qualidade de vida foi seriamente prejudicada pelos cortes do Governo Regional no setor da saúde”.


Notícia: jornal «Diário Insular».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Concerto de ArQuinteto... em Santa Cruz

No próximo sábado (dia 21) o agrupamento de sopros ArQuinteto actua às 21h30 no Museu municipal de Santa Cruz das Flores.

O ArQuinteto é um agrupamento de sopros que pretende fazer uma viagem pelas grandes obras da música erudita e chegar até à linguagem mais livre da música do século XX. Aborda repertório de referência, desde os quintetos de Franz Danzi até obras de compositores como Jacques Ibert e Didier Favre.

Este concerto do agrupamento de sopros ArQuinteto integra a Temporada Artística 2016. A entrada é gratuita.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Manuel Pereira, Bruno Belo e Arlinda Nunes aprovaram reforço de 1,7 milhões de euros para as subvenções vitalícias

Maioria alargada aprovou o primeiro Orçamento suplementar da Assembleia Legislativa Regional, que inclui um reforço de 1,7 milhões de euros para pagar as subvenções vitalícias de antigos deputados.

A Caixa Geral de Aposentações informou a Assembleia Regional de que há "mais de 50 antigos deputados açorianos" que têm direito a beneficiar deste subsídio. O valor em causa refere-se não apenas às subvenções a pagar durante o ano de 2016, mas também às subvenções relativas ao ano de 2015 com efeito retroativo, quando muitos beneficiários deste subsídio ficaram privados de os receber no ano passado.

As subvenções dos ex-titulares de cargos políticos eram um direito dos deputados após terminarem a sua atividade política.

O Orçamento suplementar da Assembleia Regional, no valor global de 2,1 milhões de euros, inclui ainda uma verba para a reposição dos cortes salariais dos funcionários do Parlamento.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 15 de maio de 2016

GDF atinge objetivos de manutenção

Findas as épocas desportivas no futsal e no ténis de mesa, as equipas séniores masculinas do Grupo Desportivo Fazendense asseguraram em ambas as modalidades a manutenção na Segunda Divisão.

Na sua segunda prestação na Série Açores de futsal, a equipa do GDF finalizou na quarta posição classificativa na fase de manutenção/despromoção (com apenas menos 2 pontos que o segundo classificado), assim garantindo presença na próxima época. Na Taça de Portugal também os "pretos da Fazenda" tiveram uma boa prestação: foram eliminados apenas na terceira eliminatória.

Na sua terceira prestação na Segunda Divisão de ténis de mesa, a equipa do GDF finalizou na terceira posição classificativa (com apenas menos 2 pontos que o segundo classificado), assim garantindo presença na próxima época.

Saudações florentinas!!

sábado, 14 de maio de 2016

«Brumas e Escarpas» #105

Os pincéis de caiar

Na Fajã Grande, na década de 1950, a maioria das casas de habitação eram caiadas, tanto interiormente como exteriormente. Relatos vários, no entanto, diziam-nos que em tempos idos as casas da freguesia mais ocidental dos Açores não seriam rebocadas nem pintadas e eram cobertas de palha.

Mas as casas com as paredes caiadas com cal, por razões de higiene e saúde e também para não se deteriorarem, necessitavam de ser caiadas de vez em quando, evitando assim o aparecimento e alastramento de humidade, musgos e limos, portadores de bactérias e outros micróbios causadores de doenças epidémicas e mortais. Além disso, sobretudo devido ao aspeto exterior, as casas caiadas ficavam todas brancas, dando um certo embelezamento não só às mesmas mas também à freguesia, pelo que muitas vezes até eram caiadas por altura do casamento de um filho, da chegada de um parente americano ou nas vésperas da festa da Senhora da Saúde.

Geralmente, embora houvesse alguns caiadores especialistas na matéria, muitos dos moradores na freguesia é que caiavam as suas próprias casas, comprando apenas a cal e fazendo eles próprios os pincéis, poupando assim algum dinheiro. A cal era comprada nas lojas, em pedra ao quilo. Colocada num bidão de petróleo cortado ao meio ou até numa pia de água, era-lhe deitada em cima água. A cal começava a ferver e ficava sob a forma de fluido. De seguida era mexida com um pau e, pouco depois, estava pronta para caiar.

Mais difícil, embora mais barato, era conseguir os pincéis. Para tal era necessário ir ao mato apanhar o bracéu de que eram feitos. Na verdade o bracéu apenas nascia e crescia no mato, logo ali por cima da Rocha, fazendo jus do seu nome, pois partilhava-o com o do próprio lugar onde florescia o Lugar do Bracéu. Como as terras onde desabrochava eram grandes e ficavam longe das casas, a sua apanha, corte e acarretamento demorava uma manhã inteira, sendo neste caso retirada uma pequena quantidade para fazer os pincéis quando fossem necessários. Paralelamente, arranjava-se um cabo de madeira, adequado e fios barbante.

Escolhido o melhor bracéu, era feito um rolo grosso, que depois era dobrado a meio e muito bem amarrado. Por sua vez o cabo era enfiado na parte em que o bracéu dobrara, sendo novamente muito bem amarrado e ainda melhor apertado. A extremidade oposta ao cabo, constituída pelas pontas, era muito bem aparada de forma que se aproximasse duma superfície lisa. Estava feito o pincel, que uma vez molhado na cal, caiaria a casa. Mas por vezes as paredes das casas eram altas e as escadas rareavam. Assim o caiador munia-se de um enorme pau ou de uma cana de bambu ou na ausência desta, duma simples cana, fazendo-lhe um buraco numa das extremidades. Enfiado o cabo do pincel neste buraco, ele era amarrado à cana, de tal modo que não se desprendesse, conseguindo-se assim, com arte e engenho chegar e caiar os pontos mais altos das paredes das casas sem recurso à escada e sem a perda de tempo de a subir e descer vezes sem conta, a fim de a ir mudando de sítio.

Como muitos outros utensílios de fabrico artesanal, os pincéis de caiar as casas perderam-se no tempo, sendo hoje, caso existam, uma objeto de museu.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Municípios deixam de pagar iluminação

A ERSE vai pagar a iluminação pública e 7,5% do consumo de baixa tensão nos Açores, num valor avaliado entre 5 a 6 milhões de euros anuais.

A Associação de Municípios dos Açores estima que as dezanove Câmaras do arquipélago passem a receber anualmente 5 a 6 milhões de euros como compensação financeira pelos direitos de passagem da iluminação pública, resultante da solução encontrada no Orçamento do Estado para 2016.

“No atual Orçamento do Estado fica definido a obrigatoriedade da EDA liquidar quadrimestralmente aos municípios açorianos uma componente equivalente a 7,5% do consumo de baixa tensão, mais a iluminação pública”, afirmou Roberto Monteiro. O valor final está a ser avaliado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que posteriormente vai compensar a EDA pelo valor pago aos municípios dos Açores.

“É uma solução excelente na perspetiva regional, não só para as Câmaras Municipais, mas também para o próprio conselho de administração e acionistas da EDA, porque não precisam de desembolsar o valor da compensação”, considerou Roberto Monteiro.

Até agora a EDA beneficiou de um regime de isenção, atribuído pelo Governo Regional aquando da sua constituição, o que permitia à EDA usufruir do espaço público municipal sem quaisquer contrapartidas para as autarquias, situação durante muitos anos considerada inconstitucional e ilegal pelos municípios açorianos.


Notícia: «Açoriano Oriental», «TeleJornal» da RTP Açores, «Correio dos Açores» e «O Baluarte de Santa Maria».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Concerto do Quarteto de Saxofones

No próximo domingo (dia 15) o Quarteto de Saxofones dos Açores actua às 21h30 no Museu municipal das Lajes.

Fundado em 2008, o Quarteto de Saxofones dos Açores interpreta diferentes géneros do repertório da literatura musical de saxofone e de outros ensembles, com base em transcrições de música erudita, embora se dedique também à música ligeira, à contemporânea e ao jazz.

Este concerto do Quarteto de Saxofones dos Açores integra a Temporada Artística 2016. A entrada é gratuita.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Falta financiamento para testes em medicamento para doença do Machado

Ensaio clínico pretende testar a eficácia de anti-depressivo como retardador na progressão da doença Machado-Joseph.

Durante os seus estudos, a investigadora Patrícia Maciel descobriu que a administração de um fármaco antidepressivo a ratinhos com sintomas da doença de Machado-Joseph permitia retardar a progressão da doença. Estes dados animadores levaram a equipa de investigação a desenhar um ensaio clínico que permitirá testar a eficácia deste fármaco nos doentes. Agora procuram financiamento no valor de 300 mil euros para arrancar com o ensaio clínico.

A investigadora explicou ao jornal «Açoriano Oriental» que "recentemente tivemos resultados da aplicação desse fármaco em ratinhos, nos quais se atrasou bastante a progressão da doença e melhorou os sintomas. Agora é preciso confirmar se isto também é válido nos seres humanos". A doença de Machado-Joseph é uma patologia cerebral que provoca a perda de coordenação motora, acabando por confinar os doentes a uma cadeira de rodas e é até ao momento incurável.

Patrícia Maciel adiantou que o ensaio clínico já reuniu o apoio da empresa que vende o fármaco a testar (que o fornece gratuitamente para o ensaio) e conta com a colaboração voluntária dos médicos que nele participarão sem receber compensação financeira. Mas faltam ainda 300 mil euros de financiamento para aspetos organizativos, como seja o transporte de doentes para participar no ensaio clínico.

O ensaio clínico está desenhado para durar dois anos, o que a investigadora justifica pela "lenta progressão" e o número de doentes que necessita de acolher. O objetivo é avaliar se o fármaco poderá atrasar os sinais da doença, sendo que por isso os doentes a participar deveriam estar a manifestar os primeiros sintomas da doença ou pelo menos numa fase muito precoce da doença de Machado-Joseph.

Refira-se que um ensaio clínico que tenha por objetivo a validação da segurança ou do efeito de um fármaco é um estudo de investigação no qual indivíduos voluntários recebem um tratamento cuja acção ainda não está devidamente comprovada em humanos.

A doença de Machado-Joseph tem uma prevalência significativa nos Açores. Segundo dados de 2011, existiam 99 doentes distribuídos maioritariamente por São Miguel (53) e pelas Flores (26), com uma média de idades a rondar os 40 anos. Mas existem também doentes na Terceira, Faial, Graciosa e Pico.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 10 de maio de 2016

Transporte de materiais de construção para a ilha do Corvo está em julgamento por burla ao Fundo Regional de Coesão

As empresas Castanheira & Soares e Ferragens do Boqueirão foram acusadas de criar esquema para evitar o pagamento de 2,3 milhões de euros em transporte de materiais da ilha das Flores para o Corvo.

O Tribunal de Ponta Delgada vai julgar as empresas Castanheira & Soares Limitada e a Sociedade Comercial Ferragens do Boqueirão, juntamente com os seus gerentes Manuel Castanheira e Augusto Pereira Alves, que foram pronunciados pela autoria dos crimes de burla qualificada e falsificação.

A investigação do Ministério Público, confirmada pela pronúncia do juiz de instrução criminal, acusa as duas empresas e os gerentes de criarem um esquema para evitar o pagamento dos custos do transporte de material de construção civil da ilha das Flores para o Corvo. A burla, segundo os dados do processo, atingiu 2 milhões e 324 mil euros que foram indevidamente pagos pelo Fundo Regional da Coesão.

Os arguidos, segundo a pronúncia, "decidiram fazer constar das guias de remessa (e/ou de embarque e respetivas faturas) nomes de pessoas residentes na ilha do Corvo como destinatários de diverso tipo de material de construção civil para aí enviado, mas que na realidade se destinavam às empresas que geriam e para serem aplicados nas obras públicas que lhes haviam sido adjudicadas no Corvo". A investigação realizada pelo Ministério Público pretende agora provar em julgamento que os arguidos deste processo efetuaram uma burla para garantir pagamentos ilegais do Fundo Regional da Coesão no transporte de material de construção.

Este fundo regional foi criado para apoiar financeiramente o abastecimento de bens e fornecimento de serviços de caráter essencial à população das diferentes ilhas. O fundo garantia o pagamento de 81 euros por transporte de uma tonelada de material entre as Flores e o Corvo, mas apenas beneficiam deste apoio as pessoas singulares ou coletivas com residência ou sede na ilha do Corvo.

A tese apresentada pela investigação é que estas empresas, através de ordens emitidas pelos gerentes, enviavam material em nome de residentes na ilha do Corvo, para depois aplicar esse material em obras promovidas pelo Governo Regional, porque o Fundo Regional da Coesão não garante o apoio para o transporte de material a ser usado em obras públicas.

O juiz de instrução criminal pronunciou os arguidos e referiu que os mesmos agiram da forma descrita ao fugirem ao pagamento dos custos de transporte no valor de dois milhões, 324 mil e 358 euros, que acabaram sendo suportados pelo Fundo Regional da Coesão. A acusação refere que ao colocarem nas guias de transporte elementos que "sabiam não corresponder à verdade, geravam nos funcionários do Fundo Regional da Coesão a convicção de que os factos ali descritos tinham correspondência real e que, por essa via, tais despesas de transporte estavam justificadas e deviam ser pagas".


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Adjudicada a "requalificação" das Poças

Obra no porto das Poças contempla a construção de um molhe de proteção da bacia com 302 metros.

Com prazo de execução de 24 meses, a empreitada de requalificação do porto das Poças foi adjudicada por 9,8 milhões de euros.

Fonte da empresa pública Portos dos Açores explicou que a obra de requalificação para aumento da capacidade do transporte de passageiros, além do molhe de 302 metros de comprimento, contempla “a remoção de diversos afloramentos rochosos e a dragagem do canal de acesso ao cais. Com esta obra pretende-se melhorar as operações das embarcações de transporte de passageiros que efetuam as ligações entre as ilhas das Flores e do Corvo, mas vai também optimizar a forma de aproximação ao cais de todas as outras embarcações de pesca e de atividades marítimo-turísticas”.

Segundo a mesma fonte, “a largura mínima do canal de acesso ao porto ficará com 22 metros” e “há melhoria de toda a segurança do cais, com redução da agitação marítima. Este investimento visa garantir a proteção da orla marítima de toda aquela zona”.

Estão a decorrer os trâmites que levarão à assinatura do contrato, o qual ainda será posteriormente submetido a visto do Tribunal de Contas.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 8 de maio de 2016

«Todos ilhéus», por Nuno Costa Santos

Ao me saberem açoriano, diversos continentais perguntam: "Nunca te fez confusão viver numa ilha?". Mesmo muitos dos que se encantam com as paisagens e o acolhimento, contam-me de um ocasional sentimento de claustrofobia, confessam que por vezes se sentem agoniados por estarem rodeados de mar, por não poderem atravessar fronteiras terrestres, fugir para outra banda, dar uma volta de carro até ao país do lado.

Respondo que não. Que nunca tive esse sentimento quando vivia a tempo inteiro na ilha de São Miguel, nem o tenho sempre que regresso a casa e por lá fico, em trabalho ou em férias. Que nunca pensei: "Vivo numa ilha, estou tramado". Revelo até um escândalo: durante o meu crescimento nunca pensei que vivia numa ilha. Nunca reflecti sobre o assunto, muito menos acompanhado de bibliografia.

Nunca passei um minuto a matutar nas questões do "mar por todos os lados", do "isolamento", da "solidão", da "limitação". Estava demasiado preenchido. A ilha era a minha terra, onde tinha vivências contraditórias, umas alegres, outras não, como acontece em qualquer lugar do mundo.

Nem na fase das inquietudes habituais quis levantar voo para território distante. Na adolescência nunca senti o desejo urgente de me ir embora. Viajar para o continente e aí viver era apenas o percurso normal de quem havia terminado o liceu e queria prosseguir os estudos. Não passei tardes no quarto a fantasiar com a vida lisboeta e não fui para cima de uma rocha como um poeta romântico a imaginar os mundos "cosmopolitas" para lá do horizonte. Era feliz onde estava - tanto quanto pode ser feliz um adolescente. Com a sorte de ter uma família, um grupo de amigos, namoradas, uma vida cultural feita de muitos discos, livros e filmes que nos chegavam de fora com a velocidade certa, de beber fininhos bem tirados em cervejarias onde se falava, se debatia e se asneirava. A ilha nunca teve qualquer dramatismo, esse tipo de dramatismo de quem a vê de fora, mesmo quando está dentro.

A ideia de que o ilhéu é um ser prisioneiro entre vagas e de que quer sempre ir mais além do que o espaço que habita é um cliché que convém mais a uma poesia gasta da vivência insular do que à realidade quotidiana. Claro que não me refiro ao sonho emigrante que muitos açorianos tiveram em alturas de dificuldades extremas. Penso naqueles que têm condições materiais mínimas e alcançaram à sua maneira uma posição de conforto e de pertença a uma comunidade com virtudes e naturais defeitos. Muitos deles, claro, associados ao desporto federado de comentar a vida dos outros.

É curioso perceber que muitos dos visitantes que partilham este sentimento repentino de estarem encerrados no meio do Atlântico, quando voltam ao ninho, pouco saem dos seus circuitos habituais. Pouco saem do seu roteiro, seja pessoal ou profissional. Não visitam bairros alheios. Não conhecem os nomes das avenidas, das ruas, das freguesias da sua cidade. Vivem em ilhas ainda mais pequenas que as ilhas onde por instantes se sentiram prisioneiros. Vai-se a ver e somos todos ilhéus. Pensem nisso.


Crónica do escritor Nuno Costa Santos, publicada originalmente na revista «Azorean Spirit - SATA Magazine», número 72.
Saudações florentinas!!

sábado, 7 de maio de 2016

XVI Convívio de Pesca Desportiva

Já vem sendo hábito nos Açores serem realizadas iniciativas no âmbito da pesca. Um grupo de amigos/pescadores de Peniche há alguns anos a esta parte que vem fazendo em diversas ilhas o seu encontro anual de pesca desportiva de mar. Desta feita coube ao grupo Ocidental ser escolhido para tal efeméride.

Entre dia 18 e 26 de Abril, o grupo composto por três dezenas de pessoas dedicou alguns dias a estar em convívio junto das águas cristalinas do Atlântico e, com a paciência e o conhecimento que convém, capturaram várias centenas de quilos de peixe, em mais de um milhar de exemplares de várias espécies.

O convívio, camaradagem, cumplicidade e sobretudo o enorme gosto pela pesca são o prato forte para o sucesso desta “operação” que teve duração de vários dias divididos entre as ilhas das Flores e do Corvo e, como convém, o descanso, o lazer, o desfrutar das belezas destas ilhas, o convívio e muita partilha. De salientar que todo o pescado reverteu para uma instituição social.

Por motivos óbvios não foi possível à Costa Ocidental acompanhar todas as tarefas diárias destes homens do mar, mas não pudemos faltar à cerimónia de encerramento que aconteceu no restaurante Papadiamandis, na freguesia da Fajã Grande, e que constou para além do almoço, da entrega de prémios e música.

Resta agradecer à organização, ao restaurante Papadiamandis (onde foram captadas as imagens), aos intervenientes e a todo o grupo que tudo fizeram para que este trabalho fosse possível. Especial agradecimento à Luísa Silveira pela ajuda na produção, fotografia e algumas imagens em vídeo.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Importância da separação de resíduos

A Câmara Municipal de Santa Cruz organiza sessões de sensibilização para a separação seletiva de resíduos em todas as freguesias do concelho: "Separar é que está a dar" é o mote.

As sessões de sensibilização visam esclarecer a população para a correta separação seletiva de resíduos na ilha das Flores. Vão ocorrer em todas as freguesias do concelho de Santa Cruz, nomeadamente em Ponta Delgada no dia 10 (próxima terça-feira, na Casa do Povo), nos Cedros no dia 11 (na Junta de freguesia), na Caveira a 12 (na Junta de freguesia) e no dia 13 será em Santa Cruz (sexta-feira, no Museu municipal).

Notícia: Parque Natural da ilha das Flores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Município das Lajes aprova suas contas

O Município de Lajes das Flores aprovou recentemente as contas de 2015 por unanimidade na Câmara e na Assembleia Municipal.

As contas apresentadas refletem o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Câmara Municipal das Lajes na redução do endividamento e na correção dos desequilíbrios financeiros encontrados no início do mandato. Nesse sentido, ao longo de 2015 verificou-se uma evolução muito positiva nesses desequilíbrios, nomeadamente no endividamento, nos compromissos por pagar e nos pagamentos em atraso (pela primeira vez o Município das Lajes deixou de ter pagamentos em atraso), apresentando hoje os melhores resultados dos últimos anos nos principais indicadores financeiros.

Desta forma o Município de Lajes das Flores afasta-se da possibilidade de novas penalizações, consegue cumprir os seus compromissos com fornecedores e parceiros, bem como está numa situação mais segura para dar resposta às necessidades dos munícipes, nomeadamente no emprego e no apoio aos principais setores de atividade.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Nosso mar profundo em documentário

No documentário «Life at the Extreme - Deep/Azores», com duração de 52 minutos, podemos ver a apresentadora inglesa Davina McCall a encontrar-se com baleias ou a fazer mergulho até mil metros de profundidade no submarino LULA1000.

O documentário «Life at the Extreme» é uma série de quatro episódios que retratam formas de vida em condições extremas, tendo o episódio 'Deep' sido produzido nas ilhas do Faial e Pico. Estreado a 7 de Março no canal iTV (em Inglaterra), será transmitido em vários canais televisivos do mundo, pretendendo mostrar a diversidade de vida marinha existente nas águas açorianas.

Os Açores têm-se assumido nos últimos anos como destino de eleição para produções de audiovisual sobre temas marinhos e oceânicos, desenvolvidas por profissionais que trabalham para as mais importantes estações de televisão do mundo, nomeadamente a NHK, a National Geographic e a BBC, entre outras, em parceria com empresas e entidades locais.

Este documentário produzido para a iTV britânica é um cartaz turístico único para os amantes do mar e da vida selvagem, no entanto é de salientar que o mergulho com grandes cetáceos na Região apenas é permitido a profissionais de comunicação e de audiovisuais devidamente credenciados.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida, «Correio dos Açores» e o "serviço informativo" do GaCS [Gabinete de apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

terça-feira, 3 de maio de 2016

Apoiar o CDEF na fase final do Nacional

No próximo fim-de-semana, em Esmoriz joga-se a fase final do Campeonato Nacional de juniores masculinos em voleibol. O Clube Desportivo Escolar das Flores (CDEF) lá estará presente nas oito melhores equipas de Portugal naquele escalão etário, em representação da ilha das Flores e dos Açores.

A estreia dos brilhantes campeões regionais açorianos ocorrerá na sexta-feira (dia 6) pelas 19 horas (do Continente), com os jovens do CDEF a defrontarem a Academia José Moreira (equipa espinhense que representa a Associação de Voleibol do Porto). No sábado e domingo o CDEF terá mais outros dois jogos, com adversários e horário ainda por definir (dependendo dos resultados averbados no dia anterior).

Votos de boa sorte para a participação destes jovens florentinos na Final 8 do Nacional de juniores de voleibol, sabendo que estão já a escrever mais uma gloriosa página histórica do desporto da ilha das Flores!

Apela-se aos florentinos a residir (ou estudar) no Continente e demais amigos e amantes da ilha das Flores que vão ao Pavilhão do Esmoriz apoiar o CDEF nestes seus três jogos!

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Fazendense tem manutenção assegurada

Ainda com duas jornadas para realizar, o Grupo Desportivo Fazendense assegurou já a manutenção na Série Açores da Segunda Divisão nacional de futsal.

Com uma expressiva vitória por 4-1 na ilha Terceira defrontando a equipa da Casa do Povo de Porto Judeu, no passado sábado o GDF garantiu a presença na Série Açores para a próxima época.

Na primeira fase o Fazendense posicionou-se na quinta posição da Série Açores (com 6 vitórias e 8 derrotas), sendo que na fase de manutenção/despromoção o GDF encontra-se actualmente na quarta posição (com 2 vitórias e 2 derrotas).

Academia dos Biscoitos, Porto Judeu e Vila Franca do Campo são as três equipas que vão descer desta Série Açores de futsal às suas respectivas competições de ilha. De notar que apenas uma de todas as vitórias até agora averbadas pelo Fazendense não foi com estas equipas despromovidas: a 5 de Dezembro de 2015, vitória por 6-3 frente ao Atalhada, no pavilhão das Lajes.

Saudações florentinas!!

domingo, 1 de maio de 2016

XIV Sopas de Espírito Santo da AAiF

A Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF) promove no próximo domingo (dia 8) a sua décima quarta edição das Sopas de Espírito Santo à moda das Flores, que terá lugar no Salão Paroquial de São José (em Ponta Delgada) pelas 13 horas.

Esta é mais uma atividade de cariz cultural que integra o plano de atividades da AAiF e que vem sendo realizada anualmente desde a criação da associação, enquadrando os seus principais objetivos de promover o bem estar dos naturais das Flores e daqueles com quem vivem, bem como realizar ações que promovam a própria ilha das Flores, contribuindo também para manter estas tradições ancestrais mesmo fora de portas.

Do programa das Sopas de Espírito Santo da AAiF constam os preparativos das Sopas na sexta-feira e no sábado, com a benção da carne, do pão e do vinho, além da Alvorada pelos Foliões de Espírito Santo no final da tarde de sábado. No domingo terá lugar a procissão com as coroas e bandeira de Espírito Santo, acompanhados pelos Foliões, do salão paroquial para a Igreja de São José, onde será celebrada missa às 11 horas.

Pelas 13 horas de domingo serão servidas as tradicionais Sopas de Espírito Santo à moda das Flores, que serão confeccionadas pelos cozinheiros Fátima e António Dias, vindo de Santa Cruz das Flores. Além das Sopas, será também servida carne assada, massa sovada, arroz doce e uma prova de queijo UniFlores. Tempo ainda para as habituais rifas e arrematações, bem como para animação pelos Foliões de Espírito Santo, grupo de florentinos residentes em São Miguel.


Notícia: blogue da Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF).
Saudações florentinas!!