domingo, 17 de janeiro de 2016

PCP contesta plano de gestão de resíduos

Aníbal Pires denunciou uma política ambiental mais interessada em queimar lixo para produzir electricidade e em cobrir com terra os problemas ambientais que não quer resolver, do que em atingir metas de redução de resíduos.

O deputado regional do PCP elencou uma série vasta de problemas, que vão desde a falta de discussão pública e participação das associações ambientalistas, às velhas lixeiras que mesmo seladas continuarão a contaminar o subsolo, aquíferos e águas costeiras, ao surgimento de novas lixeiras a que os Serviços de Ambiente fazem "vista grossa", passando também pelos custos, de valor desconhecido mas certamente elevado, do transporte de resíduos para incineração na Terceira e São Miguel, a que se somam os próprios custos da Entidade Reguladora (ERSARA), atrás da qual o Governo Regional se esconde, cujo objectivo de "normalização tarifária" é na prática o de pôr os açorianos a pagarem este caríssimo negócio, sem resolver os problemas ambientais dos Açores.

Notícia: "sítio" da CDU Açores.
Saudações florentinas!!

3 comentários:

Anónimo disse...

Contesta-se mas não se trazem alternativas.
Vamos fazer o quê com o lixo? Metê-lo debaixo da cama?

Anónimo disse...

Por mera incúria, deixaram-se proliferar lixeiras a céu aberto onde tudo cabia. Entulhos de obras, sacos de plástico, garrafas e latas, e, muito pior, pilhas, baterias e óleos queimados das oficinas mecânicas. Um nojo, que devia fazer bater costados na cadeia. Qualquer tentativa de ordenamento esbarrava com a inconsciência de muitos, aparecendo bermas de canadas com lixo, ribeiras a servir de esterqueira e a rocha e o calhau do mar a apararem de tudo. Se as autoridades não tinham juízo a boçalidade de alguns não lhes ficava atrás.

Pela primeira vez aparece um rumo. Aposta-se na reciclagem, criando meios para se fazer a separação. Mas há gente que nem a tiro a faz. Por ignorância, por cabeça dura ou por vontade própria. Misturam e não separam. Caldeiam, refletindo o desordenamento de ideias. Esse lixo está-nos nas mãos e tem de ter destino. O transporte de resíduos entre ilhas ou entre ilhas e continentes não é nada de inédito. Faz-se no Canadá, faz-se na Escócia, faz-se na Dinamarca faz-se na Itália e faz-se na Grécia. Quando o volume é pequeno, não justificando grandes tratamentos, transporta-se. É mais barato e mais eficaz.

A queima de resíduos, produzindo-se electricidade ou aquecendo água, é o pão nosso de cada dia por esse mundo fora. Eliminam-se os resíduos, obtém-se energia e "tenta-se" filtrar os gases eliminando-se os tóxicos.

Sr. Aníbal. Qual a alternativa? Os aterros? Nos aterros libertam-se também gases, só que a prazo. A água dos aterros pode poluir o meio ambiente. Os aterros são criações de ratazanas e pasto de gaivotas. As lixeiras a céu aberto? Compostagens carissimas que exigem muita mão de obra, libertam também gases e produzem adubos que a lavoura não quer?

Existem coisas, e muitas que merecem critica. Esta não. O preço exorbitante da electricidade por exemplo. Um barril de petróleo custava à 3 anos 110€ e hoje anda pelos 28€. Alguém vê o preço da electricidade baixar quando os custos de produção afundam? Quem é que está a ensacar à grande e à francesa, quem é? Alguém tem a coragem de questionar a EDA que tem capitais públicos que são de todos?

Anónimo disse...

A EDA come o que o diabo deixa de comer ....