segunda-feira, 30 de março de 2015

Roundup é provavelmente cancerígeno

O glifosato é o ingrediente principal do Roundup (herbicida mais utilizado em Portugal), tendo sido considerado como “provável cancerígeno” por uma agência da Organização Mundial de Saúde.

Dez organizações ambientalistas portuguesas querem que a União Europeia proíba o herbicida glifosato, o mais utilizado em Portugal e agora considerado como suspeito de provocar cancro.

Numa reavaliação de vários pesticidas, a Agência Internacional de Investigação sobre o Cancro concluiu que o glifosato – lançado comercialmente nos anos 1970 sob a marca Roundup – é um “carcinogénico provável para o ser humano”. Isto significa que há provas científicas convincentes de que a substância provoca cancro em animais de laboratório e provas limitadas de que também o faz no ser humano.

A IARC cita a existência de estudos sobre a exposição humana ao glifosato, sobretudo em trabalhadores agrícolas nos Estados Unidos, Canadá e Suécia, que sugerem uma associação entre o glifosato e linfomas não-Hodgkin, um grupo de cancros do sangue. Um “provável carcinogénico” é a classificação mais próxima de um comprovado cancerígeno, na escala da IARC.

A agência da Organização Mundial de Saúde também classificou os insecticidas malatião e diazinão como provavelmente cancerígenos, e o tetrachlorvinphos e o paratião como “possíveis carcinogénicos”. Os dois últimos estão proibidos na União Europeia e nos Estados Unidos. O diazinão é alvo de algumas restrições na UE e o malatião continua a ser utilizado.

Mas foi a classificação do glifosato como “carcinogénico provável para o ser humano” que tem feito correr tinta, não só pela sua larga utilização na agricultura, como por estar associado à polémica sobre os organismos geneticamente modificados.

Em Portugal, apenas é plantada uma variedade de milho transgénico, em quantidades marginais – cerca de 5% da área total de culturas de milho. Mas o uso do glifosato em Portugal aumentou de cerca de 700 toneladas em 2001 para mais de 1100 toneladas em 2012, segundo dados da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.

“A situação em Portugal é particularmente grave”, avalia a Plataforma Transgénicos Fora, que reúne dez organizações não-governamentais portuguesas. O glifosato, segundo a Plataforma, também é utilizado nas plantas domésticas, na limpeza das ruas e passeios e em linhas de água.

O glifosato está na composição de 84 produtos fitofarmacêuticos com venda autorizada em Portugal. A classificação do produto como “provável cancerígeno” fez soar os alarmes entre os ambientalistas. “As implicações desta avaliação são profundas”, refere a Plataforma Transgénicos Fora: “considerando que este ano o glifosato está em processo de reavaliação na União Europeia, impõe-se a coragem de proibir o seu uso antes que as consequências se agravem”.


Notícia: jornal «Público» e portal Green Savers.
Saudações florentinas!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Porque é que antigamente não havia esta doença, a resposta é simples. Antigamente suava-se a camisa para se fazer limpeza dos serrados e dos pastos com cana -roca e silvas com o foicin na mão hoje é só usar produtos para queimar.