quarta-feira, 30 de abril de 2014

Alerta para inoperacionalidade dos planos municipais de proteção civil

A Federação dos Bombeiros dos Açores (FBRAA) alertou para a inoperacionalidade dos planos municipais de proteção civil do arquipélago em caso de catástrofe, mas a Associação de Municípios assegura que todos são devidamente atualizados anualmente.

Luís Vasco Cunha, responsável pela associação que representa as dezassete corporações de bombeiros existentes no arquipélago, refere que a situação "deve preocupar toda a população": "Não haverá em praticamente nenhum concelho dos Açores, um plano que em tempo útil possa pôr em marcha a resolução das dificuldades que aconteçam em caso de catástrofe", disse o presidente da FBRAA.

Luís Vasco Cunha questiona a capacidade de "aplicação ativa" dos planos municipais de proteção civil: "Uma coisa é um plano escrito num papel, em que as pessoas fazem uma ligeira ideia do que está ali, e outra coisa é saberem como funciona em termos práticos e, sempre que há uma pequena dificuldade, vemos que os planos não estão ativos", declarou.

O responsável pela federação defende uma "maior "articulação" entre as Câmaras Municipais e as respetivas corporações de bombeiros que, em alguns casos, "estão de costas voltadas": "Tem de haver uma articulação das autarquias com os bombeiros, porque temos conhecimento de autarquias que pura e simplesmente estão de costas voltadas para os bombeiros, não tendo qualquer tipo de ligação e colaboração", referiu.

Em resposta, o presidente da Associação de Municípios dos Açores (AMRAA) disse que "todos" os municípios têm "por imposição legal" e "necessidade própria" os referidos planos, acrescentando que a "atualização dos mesmos" compete às "comissões municipais da qual fazem parte, entre outros, as corporações de bombeiros": "Anualmente todos os municípios estão a fazer as atualizações devidas do plano", referiu Roberto Monteiro, ressalvando que "se alguma entidade que pertence às comissões municipais de proteção civil entende que deve haver outro ajustamento aos planos deverá fazê-lo no âmbito da comissão".

Em relação ao apoio financeiro, o presidente da AMRAA explica que igualmente obrigatório e "cumprido por todos os municípios" é o pagamento do seguro a todos os bombeiros que atuam no concelho e que o apoio autárquico "vai muito para além do que a lei determina": "Larga maioria dos municípios apoia as associações voluntárias de bombeiros muito para além do que a lei determina, nomeadamente com apoios à atividade de exploração e ao investimento", sustentou .

O secretário regional da Saúde reconheceu existir necessidade de revisão de alguns planos municipais de proteção civil na Região e garantiu que há um "trabalho de aproximação" com as autarquias nesse sentido: "Temos feito um trabalho de aproximação com todos os municípios, no sentido da revisão dos planos. Alguns precisam necessariamente de ser revistos, porque os planos devem ser considerados por todos como algo muito dinâmico", afirmou Luís Cabral.

Segundo o secretário regional da Saúde, que tem a tutela da proteção civil no Governo Regional, está a ser "disponibilizado" todo o "conhecimento e serviços" para "auxiliar as autarquias a fazerem os planos", referindo, contudo, que cabe aos municípios a sua elaboração para posterior apresentação e aprovação pelo executivo regional: "Como Proteção Civil, a resposta que temos dado é disponibilizar todo o nosso conhecimento e serviços para auxiliar as autarquias a fazerem os planos, mas não podemos, por via da nossa obrigação de fiscalizar e de aprovar esses planos, ser nós a construí-los, nem devemos substituir-nos ao trabalho das autarquias nesta matéria", afirmou.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Antestreia do filme “À Beira da Europa”

“À Beira da Europa” é um documentário sobre a mais periférica ilha da já de si ultraperiférica Região Autónoma dos Açores. Este filme deixa os florentinos, nativos e adoptados, contarem a sua história (...) dando em pinceladas sinceras a sua versão de ser ilhéu na sua ilha, com tudo o que isso contém.

“À Beira da Europa” é um documentário filmado na ilha das Flores, com realização de Manuel Bernardo Cabral e produção da CineAct.

O documentário terá a sua antestreia na ilha das Flores na próxima sexta-feira (dia 2), no auditório da Escola Secundária das Flores, enquanto que a estreia decorrerá em São Miguel no dia 5 de Maio, no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

A entrada é livre e as sessões estão marcadas para as 21 horas.

Esta iniciativa resulta de uma parceira entre o Governo Regional e a Associação Amigos da ilha das Flores.


Notícia: blogue da Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF).
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Municípios reduzem para as 35 horas

Ambas as autarquias florentinas assinaram acordos colectivos com os sindicatos, assim ficando garantida a redução para as 35 horas semanais de trabalho para os seus funcionários municipais.

No passado dia 11 de Abril, a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores celebrou com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) o acordo coletivo de entidade empregadora pública, visando a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais.

Estiveram presentes na assinatura deste acordo o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, José Carlos Mendes, o vereador Fábio Medina, a delegada sindical Maria José Sousa e Sara Vieira e Paulo Silva, enquanto membros da Direção Nacional e mandatários do STAL.

Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.

A Câmara Municipal de Lajes das Flores assinou o acordo coletivo de entidade empregadora pública com o STAL (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local) no passado dia 11 de Abril. A assinatura deste acordo visa manter a actual jornada de trabalho, uma vez que garante a manutenção das 35 horas semanais de trabalho para os trabalhadores da autarquia.

No dia 24 de Abril também foi negociada com o SINTAP (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública) a assinatura de um acordo semelhante com a autarquia lajense.

Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.

De recordar que os municípios florentinos de Santa Cruz e das Lajes têm recrutado novos trabalhadores ao abrigo do programa Recuperar.

Saudações florentinas!!

domingo, 27 de abril de 2014

Concurso “Faroleiro por um dia"

No âmbito das comemorações do Dia da Marinha, que se realizam a 20 de Maio, encontra-se a decorrer o concurso de artes plásticas “Faroleiro por um dia”.

Este desafio tem por objetivo promover a cultura da segurança marítima, refletir sobre o papel dos faróis na sociedade contemporânea e no contexto da Região Autónoma dos Açores, e também fomentar, reconhecer, premiar e difundir a criatividade.

Este concurso de artes plásticas desafia os participantes a construir (a partir de materiais reciclados) maquetas de faróis, devendo os trabalhos ser submetidos até dia 6 de Maio. A participação é gratuita, podendo ser individual ou coletiva, sendo destinada a todos os alunos que frequentam o terceiro ciclo do ensino básico ou o ensino secundário em escolas dos Açores.

As condições para participar neste concurso podem ser consultadas no portal do Dia da Marinha ou junto do Departamento Marítimo dos Açores.


Notícia: jornal «Açores 9».
Saudações florentinas!!

sábado, 26 de abril de 2014

Governo limita reembolsos na saúde

O Governo Regional pretende impor limites aos pedidos de reembolsos de consultas e exames feitos nos privados, passará a haver um limite anual para os pedidos que cada utente poderá fazer.

O secretário regional da Saúde sublinhou que, ao contrário do que acontece na Madeira e no Continente, os Açores vão continuar a fazer reembolsos de consultas, exames ou tratamentos feitos em clínicas e consultórios privados, mas passará a haver um limite anual para os pedidos que cada utente poderá fazer.

Luís Cabral justificou estas alterações devido às unidades de saúde pública dos Açores terem “uma capacidade de resposta maior” do que aquilo que acontecia há uns anos, quando a legislação atual entrou em vigor. Assim, sublinhou que o recurso aos privados e pedidos de reembolso devem, sobretudo, servir para questões de “rotina” e quando o utente necessita de mais acompanhamento deve ser encaminhado para os hospitais da Região.

As áreas em que é possível pedir reembolsos vão manter-se e incluem, por exemplo, as análises clínicas, a medicina física e de reabilitação ou a compra de óculos. No caso das análises, Luís Cabral especificou que cada utente poderá pedir reembolso duas vezes por ano, “conforme o tipo de análises” e, “havendo necessidade” de mais, o doente deve ser encaminhado para os serviços públicos.

Os Centros de Saúde passam a escolher qual o Hospital para onde encaminham os seus doentes, sendo que os Centros de Saúde das ilhas dos Açores que não têm Hospital vão poder passar a encaminhar os seus doentes para qualquer uma das três unidades hospitalares da Região. A "livre referenciação dos utentes" para qualquer um dos Hospitais da Região permitirá às Unidades de Saúde de ilha escolher, por exemplo, o Hospital com menor lista de espera para uma cirurgia ou consulta, sublinhou Luís Cabral, esclarecendo que o novo sistema estará em vigor no próximo mês de Julho. O secretário regional da Saúde disse acreditar que esta será uma forma de diminuir algumas listas de espera cirúrgicas.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Exposição Testemunhos de Fé

A Câmara Municipal das Lajes, em colaboração com a Ouvidoria das Flores, organiza uma exposição de arte sacra, intitulada "Testemunhos de Fé", que foi inaugurada com toda a pompa e circunstância no passado domingo (dia 20) no Museu municipal das Lajes. Foram dezenas as pessoas que ocorreram a esta cerimónia, bem como para visitarem a exposição.

Não é fácil de calcular o valor das peças de arte sacra expostas em "Testemunhos de Fé", até porque existem peças datadas dos séculos XV a XX, mas sem sombra de dúvida que estes são testemunhos de uma vivência, religião, devoção e arte que ainda hoje, com mais ou menos preservação, transporta consigo memórias e histórias, que por falta de registo a História apagou. Uma coisa que ninguém põe em causa é que estamos na presença de um património material colectivo, e dada a sua natureza diria mesmo que este é também um património cultural imaterial dos florentinos, dos açorianos, dos portugueses, diria mesmo da Humanidade.

Perante as peças/material exposto, era notória, nas expressões faciais e mesmo por palavras, a admiração e surpresa na contemplação desta exposição, aliás a primeira do género na ilha das Flores. O local escolhido foi o Museu municipal das Lajes, obra recente e que tem vindo a ser palco de vários eventos e, segundo as palavras dos responsáveis, mais já estão agendados e muitos outros virão.

A exposição "Testemunhos de Fé" ficará patente ao público no Museu municipal das Lajes todos os dias da semana até finais de Setembro (sendo o sábado dia de encerramento/descanso). Neste acto ficou claro, segundo as palavras dos oradores, a importância e o valor incalculável dos objectos aqui expostos.

Obrigado à Ouvidoria das Flores, à Câmara Municipal das Lajes, a todos que tornaram possível estas imagens e à Luísa Silveira pela ajuda na produção e fotografia.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Municípios querem maior abrangência nos próximos fundos comunitários

A Associação de Municípios dos Açores defende "abertura e abrangência" das áreas a que as autarquias poderão concorrer no âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, dada a sua proximidade com as populações e empresas.

“O que nós pretendemos é que haja uma abertura e abrangência das áreas a que os municípios possam concorrer e apresentar candidaturas, que não seja tão limitativo quanto foi nos quadros comunitários anteriores”, afirmou Roberto Monteiro, presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA).

A AMRRA entregou no início da semana o seu parecer ao presidente da comissão do Programa Operacional dos Açores 2014-2020, depois de ter recolhido o contributo do trabalho feito pelas 19 autarquias dos Açores. Roberto Monteiro referiu que apesar “das realidades distintas” dos 19 municípios açorianos, “as autarquias são entidades conhecedoras e têm a percepção pela proximidade daquilo que efetivamente será estruturante para cada concelho”.

“É verdade que todos nós temos à partida a meta da criação de emprego sustentável, reforço da atividade económica, reabilitação urbana, que permita a fixação de jovens e ocupação das urbes. São elementos comuns independentemente do concelho”, disse Roberto Monteiro, acrescentando ser necessário que “os eixos vocacionados para as autarquias não as impeçam de promover investimentos estruturantes para a sua realidade específica”.

O Programa Operacional dos Açores 2014-2020 é composto por 11 eixos prioritários e 39 objetivos específicos, concordantes com o Acordo de Parceria Portugal 2020, decorrente da política regional europeia definida para o mesmo período.

Segundo Roberto Monteiro, os concelhos mais urbanos do arquipélago atribuem “uma prioridade fundamental” às áreas da reabilitação urbana, “que eram áreas no atual e anteriores quadros que estavam vedadas aos municípios, tirando pequenos restauros em edifícios classificados”, mas também a uma “dinâmica económica de infraestruturas potenciadoras de investimento e emprego”.

O presidente da AMRAA adiantou, ainda, que o documento entregue revela a necessidade de as Câmaras Municipais açorianas continuarem a investir na componente ambiental, muito em particular no abastecimento de água quer na vertente quantitativa, quer na qualitativa, em novos métodos e modelos de valorização energética de resíduos e recolha de resíduos sólidos.

O Programa Operacional dos Açores 2014-2020 beneficiará de uma dotação superior a 1,1 mil milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Fundo Social Europeu.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Governo da República prometeu fechar metade das Repartições de Finanças

O Governo da República comprometeu-se com o FMI a encerrar metade das repartições de finanças até ao final do próximo mês de Maio, devendo a lista das unidades a fechar ter sido concluída até ao final do primeiro trimestre deste ano.

De acordo com o memorando de políticas económicas e financeiras que acompanha o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a décima primeira avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro [vulgo, as condições para o empréstimo da Troika], o Governo da República escreve que pretende "estabelecer até ao final de 2014 um departamento dedicado aos serviços do contribuinte", para "unificar a maioria dos serviços e melhorar a relação [dos contribuintes] com a administração fiscal".

"Como parte desta reorganização, metade das repartições locais de finanças vão ser encerradas até ao final de Maio de 2014", lê-se no mesmo documento.


Notícia: jornal «Público», «Açoriano Oriental» e rádio Renascença.
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terça-feira, 22 de abril de 2014

Planeamento para paisagens protegidas

A Associação ecológica Amigos dos Açores defende a necessidade de um maior planeamento e estratégias de longo prazo para as reservas naturais e paisagens protegidas do arquipélago, para assim se evitarem "intervenções sem estratégia".

“Nas áreas maiores, nomeadamente reservas naturais e paisagens protegidas, pensamos que deveria ser necessário haver um planeamento diferente, porque em projeto as áreas protegidas teriam um plano de ordenamento e plano de gestão próprio que chegou a estar legislado, mas acabou por nunca ser executado”, afirmou o ambientalista e presidente da Associação ecológica Amigos dos Açores, Diogo Caetano.

Apesar de considerar que nos Açores o património geológico “está, em geral, bem tratado”, Diogo Caetano considera que “se houvesse maior planeamento de longo prazo, à semelhança dos Planos Diretores Municipais que vinculam o uso do território a determinados contextos durante longos períodos de anos, seria possível ter outros resultados”.

“Algumas áreas protegidas acabam por não ter essa política de planeamento e acabam por não ter uma gestão reprodutiva e ter uma intervenção sem estratégia tão bem definida”, referiu o ambientalista.

Para Diogo Caetano, de um modo geral os locais classificados como monumentos naturais, como por exemplo a Gruta do Carvão (Ponta Delgada) ou a Caldeira Velha (Ribeira Grande), ambos na ilha de São Miguel, apresentam “uma gestão adequada, o que não acontece tanto a nível das áreas protegidas maiores”, como a Lagoa do Fogo, a Lagoa das Furnas ou a Lagoa das Sete Cidades, “que poderiam ter melhorias de gestão significativas”.

Hoje (22 de Abril) comemora-se o Dia Mundial da Terra e do Património Geológico, tendo este ano como tema principal as questões energéticas.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário dos Açores» e jornal «i».
O Dia Mundial da Terra serve como mote para um protocolo entre os municípios de Vouzela e Murtosa com a associação ambientalista Quercus, numa parceria de preservação e conservação da natureza. Aquelas duas autarquias são as primeiras no país a aderir ao projecto Parcerias pela Biodiversidade, pretendendo captar mais receitas e investimento na área do ambiente e biodiversidade.

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Há tráfico de influências nos Açores

A bastonária da Ordem dos Advogados esteve em Ponta Delgada onde deu posse ao Conselho Distrital dos Açores, que passa a ser presidido por Paulo Elias Pereira, que sucede a Eduardo Vieira. “Nos últimos anos, nos vários Governos que se seguiram e de cores partidárias diferentes, temos assistido a um selvático ataque à advocacia portuguesa. E sempre que se ataca a advocacia, ataca-se o cidadão”, declarou Elina Fraga.

A bastonária considera que “todas as reformas que têm sido empreendidas pelos sucessivos Governos são no sentido de afastar o cidadão dos tribunais, num ímpeto que mais parece que hoje é possível fazer justiça em todo lado, excepto nos tribunais”.

Elina Fraga disse deixar a Região “com nota de algumas preocupações que são específicas dos Açores, outras nem tanto, como algum tráfico de influências, que existe no Continente quanto baste, mas também instalado nos Açores. É preciso terminar com isso, com os compadrios e com os ajustes directos, com o favorecimento desta ou daquela sociedade de advogados em detrimento dos demais advogados. Que haja transparência na contratação”, defendeu Elina Fraga.

Na sequência da audiência que manteve com Vasco Cordeiro, a bastonária da Ordem dos Advogados manifestou-se disponível para, em parceria com o Governo Regional, “travar todos os combates” contra o encerramento de tribunais nos Açores e a sobrelotação dos estabelecimentos prisionais na Região.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

domingo, 20 de abril de 2014

Peça de teatro infantil pel' A Jangada

No próximo sábado (dia 26) será estreada mais uma peça de teatro infantil pel' A Jangada - Grupo de Teatro, às 21 horas no auditório da Escola Secundária das Flores, em Santa Cruz. Seguem-se várias sessões na ilha do Faial e depois novamente na ilha das Flores.

Quando o terrível vilão Megabyte resolve fazer mais uma das suas maldades raptando a ingénua Ritinha Dedo Rápido, então Dom Rodrigo, o Valentão, ajudado pelo seu fiel e medroso dragão Papa-Moscas e pela intrépida e desastrada Sargenta Pista Falsa, tudo fará para libertar a bela menina e castigar o famoso bandido cibernético que utiliza a internet para levar a cabo as suas patifarias. Nesta grande aventura, recheada de muita música, alegria e diversão, as crianças aprenderão a usar de forma responsável a internet e a navegar com segurança no maravilhoso mundo da fantasia.

«Dom Rodrigo, o Valentão» é a nova peça infantil levada a palco pelo Grupo de Teatro A Jangada. Esta é mais uma história da autoria de Fernando Oliveira, com encenação de Joaquim Salvador e música de Fernando Manuel dos Santos. O elenco conta com as actuações de António Lopes, Cristina Carvalho, Cristina Ribeiro, Domingos Fontoura, Lília Silva e Nídia Mendonça.

Saudações florentinas!!

sábado, 19 de abril de 2014

Trilhos pedestres: um produto turístico

Os trilhos dos Açores constituem uma rede de percursos pedestres classificados, com garantia de segurança e tranquilidade dos pedestrianistas durante as suas caminhadas a pé nas ilhas do arquipélago.

O perfume europeu no meio do Atlântico solta nove fragrâncias distintas. O manto verde reveste-se de criptoméria, incenso, faia, vinha. Cones vulcânicos espreguiçam-se em direcção ao céu. Grutas contam segredos da origem das ilhas. Lagoas repousam em vulcões adormecidos. Erguemos o olhar e vemos aves migratórias, na única paragem europeia que conhecem. Os trilhos serpenteiam todo o arquipélago, revelando mistérios guardados para os caminhantes. Há falésias de cortar a respiração, fajãs à beira-mar que aconchegam, quedas de água para refrescar a alma. Não é um sonho: são os trilhos dos Açores.
Durante séculos, nos Açores a maneira mais fácil de viajar entre localidades na mesma ilha era por mar: na realidade os caminhos eram escassos e poucos possibilitavam passagem a carruagens ou carros de bois. Na sua maioria eram caminhos de pé posto, por onde passavam as gentes na sua labuta diária, acompanhadas, claro, por cavalos, burros e mulas. Também por aí passava o gado nas idas e vindas das pastagens. Por esses caminhos se deslocavam as populações para as festas vizinhas, se passavam os produtos agrícolas, o peixe, o carvão e outras mercadorias para a troca. Tudo o que era maior, seguia por mar.

É essa rede de caminhos pedestres e trilhos que tem vindo a ser reabilitada e posta à disposição de todos para usufruto da belíssima paisagem. Na realidade, cada um desses trilhos passa em zonas de beleza excepcional, ligando quase todos os recantos de cada uma das ilhas, tanto junto ao mar, como em altitude.


Informação disponível no sítio oficial do turismo: Trilhos dos Açores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 18 de abril de 2014

XIV edição das Corridas da Páscoa

No próximo domingo (dia 20) pelas 14h30, o Estádio municipal das Lajes recebe a décima quarta edição das Corridas da Páscoa.

Este evento organizado pela Câmara Municipal das Lajes tem como objetivo promover o convívio familiar, naquele que é o Domingo de Páscoa, onde pequenos e graúdos podem participar. Além das tradicionais corridas terá lugar a terceira edição da Gincana da Páscoa, em que as equipas (compostas por 4 elementos de qualquer idade e sexo) para serem bem sucedidas deverão jogar com estratégia, organização e em colectivo.

Em 2013 este evento contou com cerca de 50 participantes nas provas de atletismo e dez equipas nas provas de gincana, sendo objetivo superar este número de participantes na edição de 2014.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

«Brumas e Escarpas» #73

A Semana Santa na década de 1950

Em todas as freguesias e localidades açorianas, na década de cinquenta, a Semana Santa era considerada uma semana diferente, um tempo de grande e profunda religiosidade, verificando-se, durante a mesma, importantes e significativas alterações, não apenas na forma de celebrar a fé cristã mas também na vida e nos costumes quotidianos, inclusive na própria alimentação.

Na Fajã Grande, as celebrações litúrgicas desta semana iniciavam-se no Domingo de Ramos, com a bênção dos ramos realizada na Casa de Espírito Santo de Cima. O pároco transportava uma palma, assim como uma ou outra pessoa que possuísse palmeira nos seus campos, o que era raro. A generalidade das pessoas transportava pequenos ramos de salgueiro, de alecrim ou de cedro. Acreditava-se que os ramos deviam ser guardados, a fim de serem queimados na Quarta-Feira de Cinzas do ano seguinte. Terminada a bênção seguia-se uma procissão com destino à igreja, numa atmosfera mística e de oração que envolvia toda a freguesia. Na igreja era celebrada a missa, nesse domingo muito demorada, uma vez que ao evangelho era feita em latim (língua então utilizada em todas as celebrações litúrgicas) a leitura da paixão de Jesus Cristo, segundo São Mateus. Nessa altura, os paramentos utilizados, assim como o frontal do altar-mor e o véu de cobertura do sacrário eram de cor roxa. Desde o domingo anterior, chamado na altura Domingo da Paixão, todas as imagens de santos existentes na igreja eram cobertas com panos roxos ou pretos ou, no caso das mais pequenas, guardadas na sacristia e as flores eram retiradas dos altares, assim como as sanefas e as cortinas das janelas. A partir desse domingo os sinos não repicavam, apenas dobravam ou davam badaladas espaçadas umas das outras. Nas segunda, terça e quarta-feira realizava-se a Via Sacra. A partir da quarta-feira da Semana Santa, o sino deixava de tocar, sendo as trindades, o toque do meio-dia e outros anunciados pela matraca, um instrumento construído em madeira, formado por três tábuas pregadas umas nas outras e com um suporte manual na parte superior, como se de uma pequena caixa se tratasse. Na parte exterior das tábuas estavam cravadas várias argolas de ferro que se soltavam batendo em conjunto e de forma violenta e agressiva na madeira, logo que a dita cuja fosse abanada com alguma força e agilidade, produzindo assim um som barulhento, matracado, estranho e esquisito.

Na quinta-feira à noite, a igreja voltava a ser enfeitada e os altares eram revestidos de branco, sendo celebrada a missa da Ceia do Senhor, durante a qual tinha lugar a cerimónia do lava-pés, para a qual eram convidados doze homens, dos mais influentes e importantes na freguesia. No coro tentava-se adivinhar qual deles seria o Judas... E os candidatos eram vários... Terminada a missa eram retiradas as toalhas do altar e exposto o Santíssimo que assim ficava durante toda a noite até à madrugada seguinte, velado em turnos de uma hora.

Na sexta-feira a comemoração da morte de Jesus era celebrada às três da tarde, através das chamadas “endoenças” mas realizadas na igreja Matriz da freguesia vizinha, a Fajãzinha, às quais no entanto assistiam muitas pessoas da Fajã, que para aquela freguesia se deslocavam com tal intuito. As cerimónias das “endoenças”, na Fajãzinha, eram muito concorridas, a elas vinha muita gente de outras freguesias e exigiam, para além de três padres, alfaias litúrgicas adequadas e paramentos pretos e roxos, incluindo dalmáticas que a igreja da Fajã não possuía. À noite, porém, realizava-se na Fajã a procissão do Senhor Morto. No altar da Senhora do Rosário havia um grande crucifixo, com um Cristo amovível. Era retirado da cruz e colocado num andor em forma de esquife e seguia na procissão juntamente com a cruz da qual se pendurava um pano e com a imagem da Senhora da Soledade, a única existente na Fajã que vestia roupas e que, por isso, estava interdita de estar na igreja durante o ano. Homens com opas, transportando lanternas, a cruz e o pálio debaixo do qual seguia o pároco levando o Santo Lenho. O povo incorporava-se atrás e apenas o batucar da matraca se alternava com o silêncio da noite.

No sábado, às oito horas era celebrada a missa da Vigília Pascal, mas muito simplificada, como se de uma missa normal se tratasse, apenas com a bênção do lume e do círio pascal, os sinos voltavam a tocar, os santos eram descobertos e a igreja enfeitadas. No domingo apenas a missa, onde a palavra aleluia se ouvia com muita frequência.

Durante a Semana Santa devia-se jejuar e não comer carne, sacrifícios nada difíceis pois isso fazia parte do quotidiano. Na Sexta-feira Santa ao almoço devia comer-se sopa de funcho. Nesse dia o funcho era mais doce, pois Nossa Senhora também o comera, quando carregando sofrimento e dor subia o caminho do Calvário. No sábado coziam-se os folares recheados com ovos e linguiça para se comerem no domingo e nos dias seguintes.

Durante a Semana Santa não se devia namorar, cantar, dançar, assobiar ou gozar outros pequenos prazeres, por serem sinais de alegria e gozo uma vez que Nosso Senhor passara toda a semana sofrendo.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Despedimentos na Fábrica de laticínios

Na ilha das Flores a Cooperativa Ocidental não paga aos produtores de leite há seis meses. A fábrica de laticínios já dispensou metade dos trabalhadores e actualmente só labora três dias por semana.

Desde Setembro do ano passado que a Cooperativa Ocidental, que detém a fábrica de laticínios nas Flores, não paga aos produtores de leite; já somam seis meses de atraso. A regularização do pagamento do preço do leite está dependente de um empréstimo pedido à banca pela Cooperativa Ocidental, que segundo o presidente da Cooperativa já estará aprovado mas ainda não está disponibilizado; depende das garantias exigidas pelo banco para conceder o empréstimo: uma delas é o imóvel da Cooperativa, a própria fábrica de latícinios; para além de uma carta de conforto que foi pedida ao Governo Regional, como garantia de que não vai deixar de apoiar a Cooperativa, conforme confirmou à reportagem da RTP Açores o presidente da Cooperativa Ocidental. Além disso, e segundo os produtores, há novas regras impostas pelo banco, que exige a assinatura de todos os sócios para conceder o empréstimo. O presidente da Cooperativa prefere não falar sobre o assunto, dizendo apenas que não confirma nem desmente. Vitorino Azevedo também não revela o montante em dívida com os produtores de leite e muito menos o montante do empréstimo pedido à banca, que segundo os produtores é de cerca de 313 mil euros.

Segundo o presidente da Cooperativa Ocidental, a Fábrica de laticínios das Flores já despediu metade dos trabalhadores, neste momento tem seis funcionários e labora apenas três dias por semana. Produz queijo, manteiga e iogurtes para o consumo da ilha e chegou a exportar para o Continente; neste momento não tem produtos para vender. O leite é escasso, em 2013 a fábrica de laticínios das Flores laborou cerca de 700 mil litros de leite e precisava de laborar 2 milhões de litros de leite para ser viável. Nos últimos cinco anos a produção de leite na ilha das Flores tem vindo a cair 300 a 400 mil litros por ano.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Domingo de Ramos celebrado nas Lajes

Domingo de Ramos é uma festa móvel cristã celebrada no domingo anterior à Páscoa. A festa comemora a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, um evento da vida de Jesus mencionado nos evangelhos canónicos. Em muitas denominações cristãs, o Domingo de Ramos é conhecido pela distribuição de folhas de palmeiras para os fiéis reunidos na igreja. Em certas regiões onde é difícil consegui-las por causa do clima e outros motivos, são distribuídos ramos de diversas outras árvores.

Nos relatos evangélicos, a entrada triunfal de Jesus Cristo ocorre por volta de uma semana antes da sua ressurreição. Assim sendo, Jesus chegou montado num jumento a Jerusalém e o povo, festivo, lançou os seus mantos à sua frente, assim como pequenos ramos de árvores.

Por cá, a efeméride foi celebrada um pouco por toda a ilha. Costa Ocidental esteve presente na celebração na vila das Lajes das Flores, onde algumas dezenas de pessoas não quiseram deixar passar este dia em vão. O tempo esteve de feição e as cerimónias decorreram dentro da normalidade e como o previsto.

Agradecimento à Matriz das Lajes e ao padre Rúben Sousa, bem como todos os que, de uma forma ou de outra, contribuíram para que este trabalho fosse possível.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

"Novo fôlego" para o Museu das Flores

O diretor do Museu da ilha das Flores afirmou que a instituição vai ganhar em 2014 "novo fôlego" com a reabertura das exposições permanentes no Convento de São Boaventura e na Fábrica do Boqueirão.

“Quer a Fábrica, quer o Convento terão este ano de 2014 o ano de reabertura”, afirmou Luís Filipe Vieira, acrescentando que a atividade do Museu das Flores tem sido nos últimos dois a três anos “muito limitada”, uma vez que “a coleção de longa duração está a ser alvo de uma intervenção de requalificação”.

O Museu das Flores, atualmente sediado no Convento de São Boaventura (no concelho de Santa Cruz das Flores) teve a sua origem na Casa Pimentel de Mesquita, em 1977, tendo aberto ao público em 1986, após obras de restauro do imóvel seiscentista.

O acervo deste museu, dividido em dois núcleos e composto por uma equipa de sete elementos, é maioritariamente de cariz etnográfico, contendo várias peças ligadas à agricultura, pesca, navegação, cerâmica, entre outras: “As peças foram sempre tratadas e mantidas. Não tinham era a parte da museografia feita. Não tinham expositores, estrados e não havia materiais explicativos. É todo esse trabalho que temos estado a fazer”, explicou Luís Vieira, acrescentando que na ilha “já estão todos os materiais”, faltando apenas a chegada dos elementos da empresa continental que vêm fazer a montagem final.

Sem se comprometer com uma data concreta para as reaberturas, o diretor do Museu das Flores acredita que ainda este ano os florentinos e os turistas vão poder “ver as peças expostas de outras formas, com outros elementos adicionais explicativos e interpretativos, que não tinham antes”, o que permitirá mais facilmente perceber o passado “de uma comunidade instalada nesta ilha há mais de meio milénio”.

Presentemente, o Museu das Flores, que em 2013 recebeu cerca de mil visitantes, tem apenas ativa uma exposição temporária na Igreja do Convento de São Boaventura, um edifício datado do final do século XVII que foi restaurado entre 1990 e 1993 para receber a coleção etnográfica e de arte religiosa da instituição.

Depois de substituído o telhado, em 2010, e concluída a primeira fase da obra de conservação e restauro do teto da capela-mor da Igreja do Convento de São Boaventura, em 2012 seguiram-se outros trabalhos para que o imóvel recuperasse todo o seu esplendor, mas segundo Luís Filipe Vieira, “as próximas fases ainda não estão calendarizadas” pelo Governo Regional: “Seria eventualmente o levante do repinte, que foi feito nos anos 1950-1960 com tinta de pintar portas. Seria o levantamento dessa camada pictórica para ver o que está por baixo. Sabemos que houve pintura original por baixo dessa parte e depois, também, uma intervenção ao nível dos retábulos cujos douramentos já estão a ter destacamentos nalgumas zonas”, indicou.

Quanto à Fábrica da Baleia do Boqueirão, inaugurada em 2009 após obras de recuperação, Luís Filipe Vieira garantiu que estão em fase de conclusão os painéis explicativos e bilingues que permitirão aos visitantes compreender melhor a importância da atividade baleeira para a economia local. A Fábrica do Boqueirão, que entrou em atividade em 1944 para produzir óleo de baleia, está classificada como imóvel de interesse regional.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
De lembrar que (aquando da visita estatutária do Governo Regional à ilha das Flores) a tutela afirmou que “a Fábrica da Baleia do Boqueirão vai ser aberta ao público em breve”, estávamos em Maio de 2013.

Saudações florentinas!!

domingo, 13 de abril de 2014

Concerto de Páscoa na Igreja Matriz

A Filarmónica União Operária e Cultural Nossa Senhora dos Remédios, com sede na freguesia da Fajãzinha, já nos habituou à sua presença nas festas da ilha das Flores, em especial as religiosas. A altíssima qualidade apresentada faz desta banda uma excelência no panorama musical filarmónico dos Açores.

Numa ilha com 3.792 habitantes, esta é a única filarmónica presentemente existente e muito graça a boas vontades, esforços mútuos, dedicação e amor a esta causa. Actualmente composta por 30 elementos com idades que variam entre os 10 e os 70 anos, a Filarmónica Nossa Senhora dos Remédios deu um memorável concerto na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz no passado domingo (dia 6).

No dia dedicado à celebração do Triunfo do Senhor, o local escolhido esteve quase cheio e a plateia atentamente esperou até aos últimos acordes para saborear integralmente as músicas escolhidas pelo maestro José Gabriel, que iam desde composições de Michel Van Delft a Jacob De Haan, entre outros. A noite lá fora era de uma serenidade imensa a completar a satisfação que os rostos apresentavam ao abandonar o local do concerto.

Muito obrigado à Igreja Matriz (onde foi gravado este trabalho), ao padre Davide Barcelos, ao maestro José Gabriel Eduardo, a Diana Henriques, bem como a todos os que tornaram possíveis estas imagens. Obrigado especial à Luísa Silveira pela imprescindível ajuda à produção e captação de imagem.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

sábado, 12 de abril de 2014

Ecoturismo no Sítio da Assumada

É um dos mais recentes investimentos de ecoturismo açoriano, inspirando-se na exuberante natureza da ilha das Flores para oferecer conforto.

Cinco vivendas, construídas em madeira com certificação ambiental e material reciclado, explicam parte do conceito ecoturístico do Sítio da Assumada. A luxuriante paisagem e os recursos naturais da ilha das Flores esclarecem o restante.

"Esta é a tendência do turismo mundial: locais isolados, repletos de natureza e equipados com todo o conforto" - diz, reforçando a mesma ideia, Ricardo Mendes, gerente da nova unidade de turismo em espaço rural.

Aqui, a localização é a chave do êxito. Sendo, já, toda a ilha Reserva da Biosfera da UNESCO, a implantação destes cómodos e práticos apartamentos faz-se na Fajã Grande, zona de alguns dos mais belos trechos do litoral açoriano e das famosas quedas de água que tornam a ilha conhecida.

As habitações - dois T1 e três T2 - relevam simplicidade de linhas e decoração, privilegiando não só o redor verdejante florentino como também os jardins de plantas endémicas. Recantos de lazer e deleite para o olhar que, brevemente, também serão dotados com horta comunitária, estufa e pomar, tudo ao serviço dos hóspedes.

Inaugurado em Agosto de 2013 e distribuído numa extensão de cinco mil metros quadrados, o Sítio da Assumada funciona com recurso a painéis solares, sistema de reaproveitamento de águas e energia eólica. No futuro, o projecto deverá duplicar o número de apartamentos.

O ecoempreendimento orienta a sua vocação para o turismo familiar e sénior, sobretudo de longa duração. Uma forma de minorar a sazonalidade naquele que é o ponto mais ocidental dos Açores e da Europa e de melhor apreciar o exotismo cénico da ilha das Flores.


Notícia: revista «Azorean Spirit - SATA Magazine», número 59.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Procissão e missa do Triunfo do Senhor

O calendário religioso católico dedica esta época do ano à Quaresma. Ao longo dos tempos foram criadas efemérides alusivas. Muitas dessas tradições esvaíram-se com o tempo e outras perduraram até hoje, sendo ainda por muitos e em muitos lugares comemoradas. Assim sendo na ilha das Flores, na vila de Santa Cruz e mais concretamente na Igreja Matriz cujo oráculo é Nossa Senhora da Conceição, é mantida uma tradição, única nos Açores, que é a procissão do Triunfo do Senhor.

Segundo consta, esta é uma tradição/devoção franciscana, que por estas paragens teve o Convento de São Boaventura como seu representante. A tradição refere que o religioso erigiu a igreja e o convento em cumprimento a um voto que formulara pelo triunfo das armas de Portugal sobre as de Espanha, à época da Restauração da Independência.

Esta procissão foi precedida de uma missa solene concelebrada pelo padre Davide Barcelos. Esta procissão tem algumas particularidades, entre as quais o facto de as imagens terem o tamanho real e serem muitas as que entram na procissão, sendo todas pertença da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Muitas pessoas procuraram este evento para marcarem presença, só elas sabem por qual motivo. O tempo esteve excepcional e o decorrer do programa foi pautado pela serenidade e a comunhão de momentos de interiorização e reflexão.

Muito obrigado à Igreja Matriz, bem como ao padre Davide, restantes padres e diácono envolvidos nas cerimónias religiosas, bem como a todos os que tornaram possíveis estas imagens. Obrigado especial à Luísa Silveira pela fotografia e ajuda à produção.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Regional de voleibol joga-se nas Flores

Neste fim-de-semana será disputado no Pavilhão da Escola Básica e Secundária das Flores, em Santa Cruz, a série 2 do Campeonato regional de voleibol no escalão de iniciados masculinos.

A equipa do Clube Desportivo Escolar (CDEF) irá representar a ilha das Flores nesta competição, sendo treinada por João Almeida. A competição terá início amanhã (sexta-feira) às 20 horas, com o CDEF a defrontar o Ribeirense (do Pico). No sábado e domingo decorrem outros cinco jogos, sendo de salientar aqueles em que participa a equipa do CDEF: sábado às 10h30 enfrentando a Fonte do Bastardo (ilha Terceira) e às 20 horas voltando a defrontar o Ribeirense; no domingo às 16 horas a equipa do CDEF volta a enfrentar a Fonte do Bastardo.

A equipa que sair vencedora neste fim-de-semana fica apurada para disputar a fase final de apuramento do campeão regional.

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

AAiF organiza 8º Encontro Cultural

“A Saúde na ilha das Flores: retrospetiva histórica e desafios futuros” é a temática em debate no Oitavo Encontro Cultural que a Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF) promove no próximo sábado (dia 12), na sua sede social em Ponta Delgada (São Miguel).

O objetivo do oitavo Encontro Cultural da AAiF é efectuar um ‘raio x’ ao estado da saúde na ilha das Flores, aos investimentos que têm sido feitos no Centro de Saúde, à importância da telemedicina que não funciona apesar de já haver fibra óptica, à deslocação de médicos especialistas ou à falta deles, ao papel da Força Aérea na evacuação de doentes, entre outros aspectos, sem esquecer de recordar os tempos em que se nascia na ilha das Flores, os investimentos feitos pela Base Francesa nos anos 1960 ou a fundação do Hospital no século XIX.

Por outro lado, também o projeto social que é desenvolvido pela AAiF desde 2005 ao abrigo de protocolo de cooperação com as autarquias florentinas, mediante o qual acolhe pessoas carenciadas que se deslocam da ilha das Flores a São Miguel por motivos de saúde e que podem ficar hospedadas gratuitamente na sua sede que tem capacidade para 12 pessoas.

Após o debate seguir-se-á um concurso de sobremesas com fins solidários, cujas receitas reverterão para uma entidade ou instituição a designar, além da entrega de prémios, quer do concurso de sobremesas quer do torneio de cartas (sueca e king) que está a decorrer desde 7 de Março.

Esta é a oitava edição do Encontro Cultural que se enquadra no plano de atividades da AAiF e vai de encontro aos seus objetivos de desenvolver atividades que promovam o bem estar dos naturais das Flores e daqueles com quem vivem, incrementando o intercâmbio com a ilha das Flores, realizando ações culturais, sociais ou desportivas e promovendo a própria ilha na globalidade do seu contexto regional, nacional e ultraperiférico da União Europeia. Nas edições anteriores do Encontro Cultural foram debatidos temas tão diversificados como a História da ilha e a dupla ultraperificidade, a economia e o futuro da ilha, a sustentabilidade energética da ilha das Flores, marinheiros do extremo ocidental da Europa e o património baleeiro, florentinos que se distinguiram ou a experiência associativa e migrante dentro do próprio arquipélago dos Açores.


Notícia: blogue da Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF).
Saudações florentinas!!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Assim foi o Festival do Mosteiro 2014

A ilha das Flores durante muitos anos, aliás até há poucos anos, carenciava de iniciativas, quer públicas, colectivas ou privadas. Ocorrida uma evolução considerável na última década, actualmente um pouco por toda a ilha a realização de eventos vai surgindo nas mais diversas áreas e de iniciativa privada ou associativa. Desta feita, uma vez mais a freguesia do Mosteiro foi palco de mais um evento sociocultural.

Assim, a iniciativa de um particular em colaboração com a Junta de Freguesia do Mosteiro realizou um serão e noite de comes e bebes, música ao vivo com José Agostinho Serpa e música de baile e música de discoteca lá mais para o amadurecimento da noite pelo DJ Tigue.

Foram muitos os que acorreram ao local, tanto para satisfazer a vontade do estômago, bem como para disfrutar da música e satisfazer a vontade dos pés e pernas com uns passos de dança.

Obrigado à Nélia Tavares e à Junta de Freguesia do Mosteiro, na pessoa da sua presidente Isabel Tenente. Bem-haja a todos e parabéns pela iniciativa.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Joel Vieira: o apelo da perfeição

É um jovem florentino que arrisca para aprender com os melhores. Seja nos Açores, no Continente português, na China ou, agora, nos Estados Unidos da América, Joel Vieira busca a perfeição para a sua paixão: cozinhar.

Estudou mecânica em Lisboa, quase completou economia na Universidade dos Açores, mas foi na Escola de Formação Turística e Hoteleira (EFTH) que encontrou caminho, vocação e paixão: ser cozinheiro profissional. Um caminho que tem feito Joel Vieira, de 27 anos, natural da ilha das Flores, partir à procura de aprendizagem e experiência. A viagem já o levou, em formação e em trabalho, a cozinhas próximas de casa, nas ilhas de São Miguel e Terceira, ao Norte de Portugal, e também já o embarcou até à remota China, a Hong Kong.

Agora atravessou o Atlântico para aperfeiçoar talento num hotel de luxo no centro de Boston, nos EUA. É na cozinha do The Langham Hotel, um imóvel histórico de sofisticada e imponente arquitetura, outrora banco da Reserva Federal da cidade de Boston, que o açoriano apura técnicas e aguça saberes.

Um estágio de meio ano - fruto de uma parceria encetada pela EFTH e que conta com o apoio da SATA - onde tudo se resume "à qualidade do serviço e perfeição", sublinha. Uma exigência que tem de chegar à mesa do Café Fleuri, do Bond Restaurant & Lounge e do The Reserve - os três amplos espaços de restauração desta unidade hoteleira de cinco estrelas com mais de trezentos quartos e suites.

O florentino integra uma equipa de trinta elementos com currículos na restauração de topo há 15, 20 ou 25 anos e que mantêm alta a fasquia da ementa contemporânea com os sabores da Nova Inglaterra: "O chef aposta num menu sazonal com produtos frescos, sempre com identidade histórica, no qual não podem faltar o peixe e o marisco".

Enquanto prepara uma salada verde com molho de rábano que vai fazer acompanhar com salmão levado ao forno, Joel Vieira diz gostar do repto: "Estamos sempre a inovar. É um desafio diário. Quero aprender um pouco de tudo". Por isso, reparte-se pelas várias secções, desde a requintada pastelaria dos pequenos-almoços até às delicadas comidas frias e refeições ligeiras, mas, também, pelos banquetes e eventos festivos, como casamentos ou reuniões de negócios. São oportunidades de aperfeiçoamento.

Ri-se, orgulhoso, quando fala no multipremiado brunch do The Langham Hotel: "Há quem diga que é o melhor de Boston. Já servimos, das 11 às 15 horas, mais de 300 pessoas"; ou do chocolate-bar que ao sábado confeciona 250 sobremesas diferentes.

Quando terminar a formação, em Fevereiro de 2014, espera-o nos Açores um contrato de um ano num grupo económico com investimentos na área do turismo: "Vou dar o meu melhor". Até lá, sente-se privilegiado: "Não sou só eu que estou aqui. É um bocadinho da escola hoteleira, da minha família, dos meus ex-chefs. Sei que posso ajudar a criar mais ligações, outros estágios, e a levar mais e melhor saber fazer para a minha terra".

Por onde passa, Joel Vieira faz questão de se mostrar açoriano: "É uma demanda pessoal dar a conhecer as ilhas, explicar onde ficam, dizer que são enormes em beleza".

O peixe assume as preferências do jovem cozinheiro, que não hesita em mapear a geografia da melhor matéria-prima vinda do mar: "Nada me tira da cabeça que nos Açores temos o melhor peixe do Mundo". Para o confecionar, adverte, é preciso uma maior "sensibilidade" e harmonia na "conjugação de sabores".

Adora arte, mas conta que "feliz ou infelizmente" não tem jeito para o desenho, nem para a música: "A maneira como me expresso, como penso ou vejo as coisas acaba por ser através da cozinha". Para Joel Vieira, a culinária "representa um apelo constante dos sentidos".


Notícia: revista «Azorean Spirit - SATA Magazine», número 59.
Saudações florentinas!!

domingo, 6 de abril de 2014

MúsiCalmas no Museu das Lajes

A ilha das Flores, bem como um pouco por todas as ilhas dos Açores e mesmo a Europa, vai sendo palco do fenómeno da emigração e imigração. A este fenómeno estão associados outros, nomeadamente a cultura, usos e costumes que são levados até às mais longínquas paragens.

Na ilha das Flores já são muitas as pessoas/famílias que escolheram este torrão no meio do mar como morada efectiva. Uma dessas pessoas é a Nina, de origem francesa, mas uma mulher do Mundo... escolheu esta terra para residir há cerca de quatro anos. Com ela trouxe os seus saberes, usos e costumes, em especial a sua música.

Neste sentido a Nina agendou e levou a cabo um concerto de música universal (a que deu o nome de MúsiCalmas), onde um passeio por vários continentes nos trouxe uma ementa variada, onde não faltaram sons de lugares como Índia, Austrália, América do Sul, entre outros.

Muitos foram (e de várias nacionalidades) os que acorreram ao auditório do Museu das Lajes para desfrutar de um estilo de música inexistente por estas paragens até a Nina chegar e manifestar-se musicalmente. Música calma, de uma serenidade brilhante onde o estilo zen predominante não deixou indiferente aqueles que ali se deslocaram.

O ser enquanto espírito teve um momento de glória e de (re)encontro com o astral. O ser enquanto encarnado teve um momento relaxante e uma grande oportunidade para meditação.

Obrigado Nina. Obrigado especial à Luísa Silveira pela fotografia e ajuda à produção. Obrigado a todos os que, de uma forma ou de outra, tornaram possíveis estas imagens.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

sábado, 5 de abril de 2014

Resíduos deveriam condicionar acesso dos lavradores aos fundo$ europ€u$

O professor da Universidade dos Açores, João Barcelos defende que o acesso da lavoura a apoios comunitários através do programa ProRural deve ser condicionado a uma boa gestão de resíduos. O universitário lamenta que as medidas ambientais previstas no ProRural não incluam a gestão de resíduos produzidos pela lavoura e acrescenta que os Açores podiam dar o exemplo.

A atividade da lavoura leva à produção de lixos, que vão desde sacas de ração abandonadas até seringas e a outros materiais prejudiciais ao ambiente.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Recentemente a directora regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural afirmou que a qualidade dos produtos agrícolas está cada vez mais relacionada com parâmetros ecológicos e de preservação.

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Desinvestimento nos emissores de rádio

A provedora do ouvinte da RTP, Paula Cordeiro afirmou que tem havido "um grande desinvestimento" nos emissores de rádio e defendeu as emissões nas Regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Paula Cordeiro falou na Comissão parlamentar para a Ética, Cidadania e Comunicação, no âmbito das alterações às leis da rádio e da televisão e os novos estatutos da RTP. Na sua audição, a provedora do ouvinte disse que "tem havido um grande desinvestimento nos emissores de rádio" da RTP, uma situação sobre a qual manifestou preocupação.

Adiantou que a direção técnica da rádio pública deixou de existir no novo organigrama da empresa, o que lamentou, já que "é fundamental que a RTP continue a emitir com qualidade".


Notícia: jornal «Correio da Manhã», revista «Visão» e RTP.Notícias.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Lapas continuam em risco de extinção

A actual exploração contínua e exagerada de lapas poderá levar à sua extinção, concluiu um grupo de investigadores da Universidade dos Açores.

Sinais de excessiva exploração de lapas estão presentes em todas as ilhas do arquipélago, por isso não há uma ilha específica onde a sobre-exploração é mais visível ou onde o risco de extinção é maior. Em entrevista ao jornal «Diário dos Açores», a investigadora responsável pelo projecto PatelGene considera que “a principal salvaguarda deste recurso está na sensibilização da população açoriana”.

Ana Neto desenvolveu um projecto dedicado à ecologia e genética populacional de lapas na Região, denominado “PatelGene - estrutura genética das lapas no arquipélago dos Açores: implicações para a conservação e designação de áreas marinhas protegidas”. Após cerca de dois anos de trabalho, os resultados foram apresentados no seminário final do projecto na Universidade dos Açores, tendo a investigadora salientado que se verifica um excesso de exploração deste recurso no arquipélago e que a diversidade genética de Patella aspera (lapa-brava) na Região é reduzida. Além disso, verifica-se “elevada consanguinidade”, o que sugere a existência de uma população reprodutora “relativamente reduzida” - por via da sobre-exploração.

Embora as lapas estejam protegidas por lei, que define épocas de defeso e tamanhos mínimos de captura, a sobre-exploração preocupa os investigadores, pois as lapas não são organismos isolados. Ou seja, as lapas existem num ecossistema costeiro que tem outros organismos. Quando se explora desmedidamente este recurso, as algas crescem e depois de instaladas não deixam espaço disponível para as lapas jovens se fixarem. Por esse motivo, a população de lapas fica comprometida.

Do estudo foi possível apurar que a exploração excessiva das lapas pode causar, efectivamente, a extinção deste recurso económico, pois, segundo a investigadora, a lapa-brava no arquipélago apresenta um “comportamento aparentemente bastante resiliente em termos do seu ciclo de vida”, pelo que a “extinção local pode acontecer se a exploração for excessiva e descontrolada”, destacando no entanto que “é pouco provável que esta ocorra a uma escala regional”. A sobre-exploração das lapas é “mais notória nas ilhas com maior rácio de habitats por perímetro de costa”, refere.

Com vista a atenuar a apanha exagerada de lapas, Ana Neto aponta várias coisas que podem ser feitas, nomeadamente “assegurar que as medidas existentes (áreas de protecção, épocas de defeso, tamanhos mínimos de captura, etc.) funcionem”. Para a investigadora, é igualmente possível estabelecer e testar “vários cenários de conservação tendo em conta taxas de migração entre ilhas e níveis de exploração”, realçando contudo que “a principal salvaguarda deste recurso está na sensibilização da população açoriana para a sua fragilidade, complementada com uma fiscalização eficiente que, de facto, puna os prevaricadores”.

Neste sentido, os investigadores queixam-se da falta de fiscalização por parte das entidades competentes nas áreas onde há maior exploração comercial de lapas. “Como investigadores habituados a ‘patrulhar’ as zonas costeiras nos Açores, são inúmeras as vezes que encontramos apanhadores de lapas em zonas de protecção, dentro e fora das épocas de defeso, e sem respeitar os tamanhos mínimos legais para a sua captura”, denuncia, acrescentando que “a fiscalização é importante, mas a componente educativa é fundamental. Os açorianos têm de perceber que a remoção intensiva de lapas leva a um estado de desequilíbrio não natural no ecossistema marinho costeiro”.

A equipa de investigação liderada por Ana Neto foi composta por seis investigadores que se debruçaram sobre um projecto que teve como principal objectivo obter “informação teórica e prática fundamentada que sirva de base à elaboração de estratégias de conservação que levem a uma exploração sustentável” das lapas nos Açores.


Notícia: jornal «Diário dos Açores».
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Concerto de Nina: Cantos do Mundo

O auditório do Museu municipal das Lajes será palco do concerto de Cantos do Mundo, protagonizado pela cantora francesa Nina Soulimant, residente na ilha das Flores.

O concerto MúsicAlmas irá abordar temas que procuram "tocar a alma de quem as ouve", fazendo desta apresentação um momento de relaxamento. Será na próxima sexta-feira (dia 4) pelas 20h30, sendo que a população está convidada a aparecer e contribuir com donativos que vão reverter a favor da Cáritas Paroquial Nossa Senhora do Rosário e da organização do Azores Fringe Festival no Valzinho das Flores.

O concerto MúsicAlmas será um momento meditativo em que o nosso ser essencial se deixa conduzir pela voz melodiosa e pelos instrumentos de Nina Soulimant. Iremos juntos numa viagem ao longo dos caminhos da alma, voando entre as canções da América do Sul, mantras da Índia, composições pessoais e cânticos que circulam desde tempos imemoriais.

Num estado de espírito meditativo e introspectivo, no MúsicAlmas viajaremos juntos ao som da voz balsâmica da Nina, da guitarra, do berimbau de boca, da sânsula, por um tempo, fora do tempo. Músicas universais para a alma. A música ajuda-nos a contactar com a nossa essência e a viajar além do planeta, dentro de nós. O importante é ouvir com todo o nosso ser. O improviso, num ambiente intimista que nos convida a criar, participando na viagem sonora.

De referir o relevante papel que tem vindo a ser desempenhado pela Cáritas Paroquial Nossa Senhora do Rosário no apoio às famílias mais carenciadas do concelho das Lajes, pelo que se reveste da maior importância o apoio a esta instituição.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Vão acabar as lixeiras na ilha das Flores

O concurso público para a empreitada de selagem das duas lixeiras municipais a céu aberto na ilha das Flores, com valor-base de 1,1 milhões de euros e prazo de execução de 120 dias a partir da data de consignação, foi hoje publicado em Diário da República.

O Plano Estratégico de Gestão de Resíduos dos Açores considera a gestão de resíduos como um dos eixos fundamentais em que se baseia a estratégia de desenvolvimento sustentável para a Região, contribuindo para a valorização dos recursos naturais, a proteção da qualidade dos ecossistemas e a salvaguarda da saúde pública.

Nesse sentido foi construído e concessionada a exploração do Centro de Processamento de Resíduos e Centro de Valorização Orgânica por Compostagem da ilha das Flores. A entrada em funcionamento pleno deste Centro tornou imprescindível a selagem das lixeiras existentes na ilha, de forma a eliminar esses locais não apropriados para destino final dos resíduos e promover a qualidade ambiental e a saúde pública.

A autorização para a abertura do concurso público por parte da Secretaria dos Recursos Naturais para a selagem de duas lixeiras na ilha das Flores consta de resolução aprovada pelo Conselho do Governo Regional na sua reunião de 21 de Fevereiro.


Notícia: rádio Atlântida, «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!