terça-feira, 30 de abril de 2013

PS renova candidaturas às Câmaras

PS Açores revelou ontem os nomes dos dezanove candidatos às Câmaras Municipais açorianas nas autárquicas deste ano, tendo optado por não recandidatar seis dos presidentes em exercício que haviam ganho anteriores eleições para os socialistas.

Assim, nos concelhos de Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Vila do Corvo, Horta (Faial), Santa Cruz das Flores, Velas (São Jorge) e Vila Franca do Campo (São Miguel), os candidatos ontem revelados pelo PS/Açores são diferentes dos presidentes actualmente em exercício, não havendo qualquer caso de impedimento de recandidatura por acumulação de mandatos.

Na única autarquia do Corvo o candidato do PS é José Manuel Silva, 41 anos, coordenador de aeródromo; em Santa Cruz das Flores apresenta-se José Carlos Mendes, 56 anos, bancário; na única autarquia ocidental açoriana nas mãos do PSD, Lajes das Flores, o candidato socialista será (pela terceira vez consecutiva) Luís Maciel, 37 anos, médico veterinário.

O líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, considerou que “estas eleições autárquicas são fundamentais porque exigem uma atenção muito especial aos problemas com que hoje os cidadãos estão confrontados", alertando que "as prioridades" devem ser "a criação de emprego e o apoio social" de forma a que, "também ao nível das autarquias locais, os candidatos socialistas assegurem a preocupação de não deixar ninguém para trás”.

"São candidaturas fortes, que conjugam juventude com experiência e que demonstram uma grande vontade de trabalhar para cada um dos municípios, bem como a ambição de fazer das Câmaras Municipais parceiros activos e empenhados no desenvolvimento da nossa terra”, assegurou Vasco Cordeiro.


Notícia: RTP Açores e jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Acabar com os sacos de plástico

Daniel Gonçalves, professor, ecologista e habitante na ilha de Santa Maria, quer erradicar os sacos de plástico nos Açores e levou [na passada terça-feira, dia 23] a proposta ao secretário regional dos Recursos Naturais, aproveitando uma visita do Governo Regional àquela ilha.

Este professor de Português foi um dos habitantes de Santa Maria que aproveitou a visita estatutária para ser recebido por um membro do executivo regional. Tal como fez nas anteriores deslocações estatutárias, a São Jorge e à Graciosa, o Governo Regional enviou a todos os habitantes da ilha de Santa Maria uma carta informando que os membros do executivo receberiam quem se dirigisse à Escola básica e secundária de Vila do Porto a partir das 18 horas e manifestasse essa vontade.

Daniel Gonçalves, que faz parte do conselho nacional do Partido Ecologista Os Verdes, mas foi falar com o secretário regional Luís Neto Viveiros como cidadão e fora de qualquer iniciativa partidária, quer erradicar os sacos de plástico dos Açores, começando pelas ilhas mais pequenas.

O professor sublinha que os sacos de plástico ainda são gratuitos nas lojas e supermercados dos Açores e defende que se devia começar por legislar proibindo a distribuição gratuita nos estabelecimentos comerciais. Por ser um arquipélago de nove ilhas, algumas pequenas, Daniel Gonçalves diz que é “bem possível” acabar com os sacos plásticos: “Temos a grande oportunidade de sermos uma das primeiras regiões do Mundo livre de sacos de plástico”, afirmou.

Daniel Gonçalves levou a Luís Neto Viveiros uma petição, que pretende promover, em defesa do fim dos sacos de plástico nos Açores, e pediu-lhe ajuda nesta iniciativa dizendo aos jornalistas que gostava que o secretário regional com a tutela do Ambiente fosse um dos primeiros subscritores.

Tal como aconteceu em São Jorge e na Graciosa, à porta das salas de aula da Escola de Vila do Porto transformadas em gabinetes dos secretários, foram desfilando habitantes de Santa Maria com problemas pessoais, mas também alguns assuntos relacionados com caminhos e equipamentos comunitários.

De novo, a iniciativa do Governo Regional de receber a população nestas visitas às ilhas, previstas no Estatuto Político-Administrativo dos Açores, é visto com bons olhos por quem aproveita a oportunidade para se queixar, dar sugestões ou pedir alguma ajuda directamente aos membros do Governo, que, dizem, está muitas vezes afastado da "realidade" do terreno e "tem a cabeça feita" por directores regionais ou assessores.

Mas a par do elogio, aparece sempre também a desconfiança em relação aos resultados. Ou, nas palavras de um céptico que hoje passou pela Escola de Vila do Porto: "São novos e quando chegam querem fazer sempre muitas coisas, mas depois..."


Notícia: secção «Ecosfera» do jornal «Público» e RTP Açores.
Saudações florentinas!!

domingo, 28 de abril de 2013

«Damos um passo em frente e logo a seguir damos dois passos atrás»

Há 25 anos atrás, cansado da vida previsível num país sobrepovoado como a Holanda, decidi pegar na mochila a procurar um lugar afastado da confusão. Como tinha estado a trabalhar numa quinta de agricultura biológica de um amigo meu a 20 quilómetros de Amesterdão, tentei comprar uma pequena propriedade o mais afastada possível dos grandes centros metropolitanos da Europa.

Clique aqui para ler na íntegra este artigo de opinião...
Por milagre, consegui realizar este sonho impossível, já que a minha carteira continha apenas algumas dezenas de contos. Acabei por ser proprietário de uma casinha minúscula perto de Arganil, no centro de Portugal e, com ajuda da população local envelhecida, construí uma vida praticamente autossuficiente, baseada na simplicidade extrema. Após quatro anos, problemas com fogos florestais e plantações de eucaliptos fizerem-me decidir atravessar o Oceano Atlântico e procurar a sorte nos Açores.

A minha primeira filha, na altura com um ano de idade, inspirou-me na altura para me dedicar ao artesanato, em particular ao fabrico de brinquedos em madeira. Quando mudei para a ilha do Pico, consegui sobreviver juntando diversas actividades como a pesca, o artesanato, a apicultura e a agricultura biológica.

Depois de seis anos a viver na fantástica freguesia da Piedade, tomei rumo em direção à ilha de São Miguel, pensando em oferecer um melhor futuro para os meus entretanto dois filhos. Também senti a vontade de aproveitar os conhecimentos adquiridos na área da agricultura biológica para tentar constituir uma empresa economicamente viável vendendo produtos biológicos que, na altura, não estavam disponíveis no mercado.

Mesmo conseguindo comprar a Quinta do Milhafre, pôr uma coleção vasta de produtos biológicos certificados no mercado, os problemas no processo de comercialização e um público ainda não preparado não facilitou a minha tentativa de encontrar uma forma de sobrevivência económica.

Durante um dia de visita aberta à Quinta do Milhafre, no início deste século, recebi também a visita do secretário regional da Economia da altura e o mesmo, impressionado com o trabalho que desenvolvi na quinta, convidou-me para criar uma rede de percursos pedestres na Região. Não pensei muito e decidi agarrar esta oportunidade de conhecer melhor as outras ilhas e de criar uma coisa de raiz que fazia muita falta numa região onde o turismo vindo do exterior estava apenas a nascer.

Obviamente a mudança no ambiente de trabalho era enorme. A grande diferença cultural entre a Holanda e os Açores não se tinha manifestado muito porque eu tinha trabalhado de forma mais independente sendo pastor de cabras, pescador, artesão e agricultor.

Ao criar uma coisa completamente nova dentro de uma estrutura pouco eficiente como a função pública, surgiram inevitáveis conflitos entre um holandês habituado a realizar os desejos com uma atitude transparente e teimosa, por um lado, e um conjunto de instituições constituídas por pessoas habituadas a navegar de forma despercebida.

Só nesta altura as diferenças culturais começaram a manifestar-se de forma mais intensiva, pois não é habitual ter um estrangeiro a trabalhar num mundo exclusivamente açoriano. Nem sempre fui recebido da melhor maneira, mas tentei não ligar demasiado às reações menos corretas e concentrei-me mais na realização das tarefas e nas forças positivas.

O ritmo de avanço era bem diferente do que na altura em que trabalhava independentemente e até hoje tenho a sensação de que cada passo para a frente é seguido por dois passos no sentido contrário. Já me adaptei em muitas situações à cultura local, mas certas atitudes simplesmente não encaixam na minha educação cultural. A observação de comportamentos inaceitáveis por parte daqueles que estão no poder provoca sempre uma certa rebeldia dentro de mim.

Custa-me ver como a grande parte dos portugueses vive em condições mínimas inaceitáveis enquanto uma pequena fatia da população apanha os frutos do abuso de poder. Noto diariamente que a democracia em Portugal é recente e tem um longo caminho para andar no processo de maturação. Esta situação só pode mudar quando as pessoas se livrarem dos restos da ditadura relativamente recente e perderem o medo de se manifestarem.

Não acredito que um estrangeiro possa, ou até deva, tentar mudar um país, criticando o lugar onde foi bem recebido pela maioria das pessoas, mas acredito que possa ajudar neste processo de libertação mostrando exemplos positivos que já tenha vivido de outra forma no seu país de origem.

A principal razão que me fez mudar para os Açores foi sem dúvida a sua riqueza natural. Tal como muitos países do Norte da Europa, a Holanda sofreu consequências graves para o seu património natural durante a revolução industrial. Vimos nascer o betão por cima das florestas e pântanos durante muitos anos. Os lençóis de água ficaram gravemente poluídos com o excesso de resíduos resultantes de uma indústria pecuária demasiado intensiva. A água dos grandes rios chegou à Holanda de tal maneira poluída que o fornecimento para consumo humano estava em perigo.

Actualmente estamos a ver uma recuperação da Natureza lenta e cara. Percebemos tarde de mais que estragar é muito mais fácil do que recuperar. Custa-me muito ver como nos Açores se está a estragar o seu património natural, numa velocidade assustadora. A riqueza natural é o único recurso que o arquipélago tem. Se não for o turismo de natureza, não estou a ver outra fonte de rendimento para o futuro. A indústria pecuária só sobrevive com injeções financeiras a partir do exterior, enquanto o turismo é um produto de exportação.

A posição geográfica dos Açores entre os dois continentes é normalmente vista como uma barreira que dificulta o seu desenvolvimento. Mas em vez de chorar inteiramente sobre este facto, podemos também procurar as vantagens da situação.

Depois de 12 anos a trabalhar para o Governo Regional na área do turismo de natureza, decidi o ano passado avançar com a minha própria empresa especializada em observação de aves. A localização do arquipélago tornou-o num destino de excelência para encontrar aves raras do continente americano. Tenho feito uma campanha para o exterior sobre este valor acrescido da Região e os resultados estão à vista. Talvez seja mais fácil encontrar estas mais-valias para alguém que nasceu fora da Região.

Lembro-me há anos atrás quando vivia na ilha do Pico, um cidadão estrangeiro descobriu os Açores como destino para observar cetáceos. Na altura era considerado uma ideia maluca e quem olha hoje em dia para esta actividade pode ver os benefícios que este actividade trouxe para o desenvolvimento económico. Houve um aumento explosivo de empresas e até existe urgentemente a necessidade de pôr um travão para evitar consequências nefastas para os animais, o que por sua vez acabaria com a própria actividade.

A observação de aves felizmente nunca vai ter esta dimensão mas é assustador como os poucos habitats de aves são destruídos ou perturbados em projectos de “requalificação” à velocidade da luz. Estamos a direcionar-nos para uma situação em que os turistas são encaminhados para Centros de Interpretação de betão onde podem ver fotografias de paisagens que existiam antes das intervenções e que já nada têm a ver com a paisagem açoriana.

Ainda existe muita Natureza nos Açores, mas estamos a matar a galinha dos ovos de ouro. A iniciativa de acabar com estas barbaridades tem de partir dos açorianos, tenham eles nascido em Rabo de Peixe, Madalena do Pico, Ponta Delgada ou, até, em Amesterdão.


Artigo de opinião de Gerbrand Michielsen (guia de observação de aves), na edição de 26 de Abril do semanário «Mundo Açoriano».
Saudações florentinas!!

sábado, 27 de abril de 2013

Era uma vez... o Sindicato Agrícola

Programa da RTP Açores que conta pequenas histórias da História dos Açores, com apresentação de Susana Goulart Costa. O episódio 39 desta série versou sobre o sindicato agrícola fundado no Lajedo, o primeiro na ilha das Flores.

Vídeo: programa «Era Uma Vez Açores».
Anteriormente já haviam sido mostrados, neste programa da RTP Açores, um episódio sobre o poeta florentino Roberto de Mesquita e outro episódio sobre a Fábrica da Baleia do Boqueirão (em Santa Cruz).

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Como vão as obras no miradouro e zona de lazer da Muralha, no porto das Lajes

Começou a ser feita a calçada no largo por cima da Muralha (no porto comercial das Lajes), com moldes que vão possibilitar o desenho de uma baleia e da rosa dos ventos... em mármore.

Notícia: "sítio" da Câmara Municipal das Lajes das Flores.
Ainda sobre outras obras a cargo da autarquia lajense, merecem especial referência as asfaltagens da estrada da britadeira da Fajã Grande, da estrada dos Curralinhos (na Fajã Grande) e da estrada do Monte Trigo e, ainda, a reabilitação da zona da antiga Corretora.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Versão de «Traz outro Amigo também»


Abril... mês da Revolução... e de muitas memórias... algumas com o tempo esvaem-se, outras com o tempo vão sendo reveladas.
Este tema «Traz outro Amigo também», original do malogrado José Afonso, é uma simbiose de que é próprio de um dos maiores compositores portugueses, em especial em subtilezas... sim, porque na sua altura de actividade musical/poética a censura tudo penteava. Esta é uma pequena mas sentida/honesta homenagem ao José Afonso e ao 25 de Abril. Bem-haja a todos os que ainda preservam essas memórias e as manifestam publicamente, quer em escrita, média ou teatro, aliás como se pôde presenciar na ilha das Flores com um mega-espectáculo/encenação de Joaquim Salvador e o Grupo de Teatro "A Jangada".

Assim a ilha e a Natureza ficam a ganhar com todas as iniciativas em que a paz e a harmonia reúnem e sejam transmitidas para a posteridade. Obrigado à Luísa por toda a ajuda e colaboração para que muitos destes trabalhos sejam concretizados.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Bancos travam inv€$timentos na Região

O director regional do Apoio ao Investimento e Competitividade, Ricardo Medeiros, diz que a banca deixou de investir na economia açoriana 600 milhões de euros anuais, como acontecia, por exemplo, em 2007.

"Desde 2008 que temos sentido alguma dificuldade por parte da banca em injetar dinheiro na economia açoriana. Por exemplo em 2007 a banca introduzia (tendo em conta a diferença entre depósitos captados e crédito concedido) 600 milhões de euros na economia. Neste momento já não o faz, havendo anos em que este valor foi negativo", afirmou Ricardo Medeiros.

Este montante, acrescentou o director regional do Apoio ao Investimento, faz com as empresas passem por um "período de dificuldade" e tenham "menor facilidade" em cumprir com projectos que foram candidatados ao SIDeR (Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento dos Açores), criado em 2007 para um período que termina no final deste ano, tendo o Governo Regional anunciado recentemente que criará uma "segunda geração" de incentivos para estar em vigor a partir de 2014.

Ricardo Medeiros ressalvou, no entanto, que na sequência das reuniões que tem mantido com as instituições bancárias se verifica um "retorno" e "abertura" da banca ao investimento na Região: "começam a regressar as operações de crédito e penso que nos próximos anos a situação se irá com certeza inverter. Mesmo aqueles empresários que neste momento continuam a apresentar as suas candidaturas ao SIDeR, quando assinarem os contratos e chegar a altura de realizar esse investimento já terão melhores condições para o fazer", frisou.


Notícia: «Açoriano Oriental», jornal «i» e «Dinheiro Vivo».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Plano Municipal de Acção de Resíduos

José Carlos Pimentel Mendes, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, torna público que, por deliberação da Câmara Municipal tomada em reunião ordinária do dia 15 de Novembro de 2012, foi aprovado o Plano Municipal de Acção de Resíduos Urbanos de Santa Cruz das Flores, que se encontra em consulta pública pelo período de 30 dias úteis a contar da data do presente edital [do dia 15 de Abril].

Assim, o referido Plano encontra-se disponível nos serviços administrativos da Câmara Municipal para consulta pública, de segunda a sexta-feira no horário normal de expediente ou na página da internet da Câmara Municipal de Santa Cruz.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Portos com rampas para carga rodada

Todas as ilhas dos Açores, com excepção do Corvo, a partir de Maio vão ter portos capacitados para transporte de carga rodada, esperando-se que estas infra-estruturas potenciem o mercado interno.

Ficou recentemente concluída a construção de “rampas ro-ro” em todos os portos da Região. Estas infra-estruturas vão permitir o transporte de "carga rodada", ou seja, as mercadorias entram e saem nos portos dentro dos camiões, sem necessidade de serem descarregadas. Assim, todos os portos dos Açores ficam dotados “com condições de segurança e de operacionalidade, de comodidade no transporte marítimo de passageiros e de carga rodada”, anunciou Vítor Fraga.

As “rampas ro-ro” deverão estar operacionais a partir de 2 de Maio, quando arranca a operação deste ano de transporte marítimo entre ilhas, assegurada pela empresa pública AtlânticoLine.

Os benefícios destas rampas para a população são a “comodidade” e o “transporte de carga rodada com pesos superiores àqueles que estavam anteriormente possibilitados”. “Vai permitir também que, no futuro, quando tivermos obrigações de serviço público ao nível de tráfego marítimo de passageiros e de carga rodada, se possa ter um conjunto de serviços e de mobilidade inter-ilhas distinto, potenciando aqui claramente o desenvolvimento do mercado interno”, acrescentou o secretário regional do Turismo e Transportes.

Na semana passada, Vítor Fraga afirmou que o processo de elaboração das obrigações de serviço público do transporte marítimo no arquipélago vai estar concluído até final do ano.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Entretanto, na passada sexta-feira (dia 19), o navio de passageiros «Island Sky» visitou brevemente as ilhas das Flores e Corvo.

Saudações florentinas!!

domingo, 21 de abril de 2013

Ligar as ilhas dos Açores em windsurf

Cinco amigos querem ligar São Miguel e Santa Maria no final de Abril recorrendo ao windsurf, numa nova etapa de um projecto iniciado em 2012 que visa unir todas as ilhas açorianas e promover o arquipélago.

“O nosso desafio foi: sonhamos o impossível, empenhamo-nos com trabalho, dedicação e espírito de sacrifício e fizemos acontecer”, afirmou Fernando Braz de Oliveira, coordenador do projecto “Sharing Azores, Connecting the World”.

Este projecto, iniciado em 2012, foi inspirado no Triatlo Peter´s Café e associa profissionais de áreas distintas mas todos amantes do mar dos Açores, constituindo um novo desafio, nunca antes tentado: “Já foi feita uma primeira fase em 2012, que uniu as ilhas do grupo central. Este ano, se as condições meteorológicas forem boas, temos o período de 22 a 28 de Abril para efectuar a travessia entre São Miguel e Santa Maria”, referiu o coordenador do projecto, que conta com apoio de entidades públicas e privadas.

Unir as nove ilhas é o grande objectivo do projecto “Sharing Azores, Connecting the World”, algo que deverá ser concluido em 2014, altura em que está previsto acontecer a terceira etapa deste sonho, com a ligação marítima das ilhas das Flores e do Corvo recorrendo novamente apenas às pranchas e às velas.

“Os Açores são um excelente local para praticar todas as actividades ao ar livre, quer seja em terra, com caminhadas, bicicletas, quer seja no mar, através de toda a variante de desportos náuticos”, disse Fernando Braz de Oliveira, revelando que o projecto este ano “já começou a dar frutos”, uma vez que o National Channel se quis associar ao evento.


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Correio dos Açores».
Saudações florentinas!!

sábado, 20 de abril de 2013

«Brumas e Escarpas» #57

O Jogo do Lenço

Um dos jogos colectivos mais praticados pela criançada, na Fajã Grande nos anos 1950, era o Jogo do Lenço. No entanto, uma vez que exigia um bom número de participantes - cerca de uma dúzia – este jogo era realizado geralmente nas festas, sobretudo por altura das do Espírito Santo, neste caso não apenas no dia da festa mas também durante a semana que a antecedia, antes e depois do cantar das “Alvoradas” e da “Folia”, e até nos domingos que mediavam entre a Páscoa e o Pentecostes, enquanto se aguardava o acompanhamento da coroa do Espírito Santo, que durante todos esses domingos era levada em cortejo solene para a igreja paroquial na hora da missa. No entanto, sempre que houvesse disponível um espaço amplo e, sobretudo, se a garotada disponível perfizesse o número de jogadores exigível, o jogo do lenço imperava.

Para além do espaço, o único material necessário era apenas um simples lenço de mão, que, preferencialmente, estivesse limpo, ao qual era dado um nó, para que este assentasse no chão, no lugar pretendido, quando fosse atirado pelo jogador que o transportava. Todos os jogadores, excepto um, formavam uma grande roda, dando as mãos uns aos outros, com o rosto obrigatoriamente voltado para o interior do círculo. O jogador que ficava de fora, que não fazia parte da roda, pegava no lenço e correndo por fora da roda, circulava ao redor mesma, numa marcha acelerada. Quando bem quisesse e entendesse, deixava cair o lenço atrás de um dos jogadores, por ele escolhido, e que fazia parte da roda. Havia, no entanto, que ter em conta uma importante estratégia, a fim de que o objectivo do jogo fosse mais eficientemente atingido: convinha que o lenço fosse deixado cair atrás daquele jogador que lhe parecesse estar mais distraído. É que assim, eventualmente, conseguiria alongar o tempo entre o cair do lenço e o conhecimento desse facto por parte do jogador em causa. Os outros não o podiam avisar de que o lenço estava caído atrás dele. Quando este jogador, atrás de quem era deixado o lenço, se apercebia de tal facto, então largava as mãos dos vizinhos, abandonava a roda e corria atrás do jogador que lhe deixara o lenço, até o apanhar. Se o conseguisse, entregava-lhe o lenço, sendo o jogador apanhado obrigado a continuar a sua tarefa, enquanto o outro, triunfante, regressava ao seu lugar na roda. Caso contrário, isto é se o jogador demorasse na apanha do lenço ou não corresse o suficiente para atingir o objectivo do jogo – agarrar o que lhe deitara o lenço - este jogador iria ocupar o seu lugar na roda, enquanto ele, o derrotado, ficava como que condenado a um suplício ou castigo, isto é, teria que ser ele, agora, a circular ao redor da roda, a deixar cair o lenço atrás de quem quisesse e corresse até não ser apanhado por um terceiro, quarto ou outro jogador, atrás de quem ia deixando cair o lenço.

Ufanavam-se de vitória, aqueles jogadores que ao terminar o jogo não tinham sido “obrigados” a circular ao redor da roda com o lenço, pois sempre que o lenço lhe tivesse sido colocado atrás apanhavam todos os que ali os haviam deixado.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Muito difícil situação dos media locais

Representantes dos órgãos de comunicação social regionais e locais traçam o diagnóstico de um sector que presta serviço público, defendendo que em muitos casos é a sobrevivência que está ameaçada.

O presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, João Palmeiro, apontou que um dos problemas da sobrevivência dos media locais e regionais foi a diminuição do investimento publicitário no sector, que só entre 2008 e 2012 foi de 46% devido ao fim da publicidade obrigatória do Estado, o que arrastou consigo outros anunciantes.

O professor universitário João Paulo Faustino juntou outros factores, como a escassez de recursos humanos qualificados e os elevados custos de edição e distribuição.

Outros intervenientes – como o presidente da Associação Portuguesa de Radiodifusão, José Faustino – mencionaram igualmente o afastamento dos grandes centros de decisão, a concorrência de outras plataformas e, inevitavelmente, a crise económica, que está a provocar uma retração do mercado, e, ainda, a questão da (in)dependência do poder local.

Outro dos problemas referidos foi a dificuldade de acesso às fontes de informação nacionais e internacionais. Em resposta, o presidente do conselho de administração da Agência Lusa, Afonso Camões, indicou estar disponível para negociar com os representantes dos media regionais e locais uma forma de receberem o serviço da agência de notícias nacional.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, perguntou pelo “pacote de 25 medidas que o Governo [da República] teria em preparação [sobre esta matéria] mas que está suspenso” e deixou como sugestões para o reforço do sector: “apoios do Estado à assinatura de publicações periódicas pelas escolas”, “iniciativas fiscais em sede de IRC como investimento em publicidade nos media locais” e “a contratação de jornalistas seniores, com preferência para desempregados, para rentabilizar o grande capital de conhecimento, experiência e memória”.

O director do jornal «A Comarca», Henrique Pires Teixeira, acusou o Estado de deslealdade nos apoios concedidos aos media regionais e locais, argumentando: “O país está a ficar povoado de silêncio, porque as regiões deixam de ter a sua voz, o seu posto de escrutínio, de opiniões... Estamos sempre na véspera da solução e a solução nunca amanhece”.


Notícia: jornal «Público».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Lançamento de livro na AAiF

O lançamento do livro “A Renúncia”, de José Garcia Costa, irá ter lugar no próximo sábado (dia 20), pelas 20 horas na sede da Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF), com apresentação a cargo do jornalista Herberto Gomes.

José Garcia Costa nasceu a 20 de Dezembro de 1959, na cidade da Horta. Por razões familiares, com nove meses de idade passa a residir no Mosteiro, pequena freguesia rural na ilha das Flores, onde a mãe professora primária lhe ensina as primeiras letras, com cinco anos já lê e frequenta a biblioteca itinerante Calouste Gulbenkian.

José Costa colabora, desde a sua fundação, com uma crónica quinzenal no semanário «Jornal do Pico» e passou por uma pequena experiência editorial com um conto “Mero A Caso” que publicou em 1981. “A Renúncia” é o seu primeiro romance.


Notícia: rádio Atlântida.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Detetadas 196 infrações ambientais

A Inspeção Regional do Ambiente instruiu no último ano menos 58 processos de contra-ordenação do que em 2011, sendo que 50% das infrações ambientais cometidas em 2012 ocorreram em São Miguel.

Dos autos de notícia registados, 53% foram provenientes do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR, 28% da PSP, 10% dos Vigilantes da Natureza afetos aos Serviços de Ambiente de ilha e ainda da Polícia Marítima (4%) e Direção Regional dos Recursos Florestais (2%).

O inspetor regional do Ambiente, Francisco Vaz de Medeiros revelou que dos 196 autos de notícia registados no ano passado, 57 deram origem a processos de contra-ordenação ambiental, 43 foram alvo de notificação para regularizar a situação em infração, 21 receberam uma advertência, 20 foram arquivados e os restantes 55 não tiveram despacho de seguimento.

O abandono e descarga de resíduos em local não licenciado, queima de resíduos, não encaminhamento de veículos em fim de vida e construção/intervenção em áreas protegidas são algumas das infrações ambientais mais comuns no arquipélago.

De acordo com as estatísticas da Inspeção Regional do Ambiente, também ocorrem infrações no âmbito do domínio público hídrico, no qual se incluem construções e outro tipo de intervenções em leitos e margens de linhas de água e zonas costeiras, descargas de águas residuais, captação de água e outras utilizações sem licença.

Além de São Miguel, que reúne 50% das infrações ambientais cometidas no arquipélago, Francisco Vaz de Medeiros referiu que as ilhas do Pico (22%), Faial (8%) e Terceira (7%) foram das mais incumpridoras da lei, sendo que no Corvo, a mais pequena ilha dos Açores, não foi registado nenhum auto em 2012.

A Inspeção Regional do Ambiente conta com seis inspetores apenas presentes nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e RTP Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Chumbado aumento do salário mínimo

As bancadas do PS e do PSD na Assembleia Regional chumbaram hoje um aumento ao complemento dado ao salário mínimo nos Açores, argumentando que isso retiraria competitividade às empresas do arquipélago.

A proposta do PCP visava passar de 5% para 7,5% o acréscimo que é dado nos Açores ao salário mínimo nacional, tendo o deputado comunista Aníbal Pires argumentado que “é uma medida essencial” para “relançar a economia regional, aliviar os sacrifícios impostos aos açorianos e melhorar o rendimento das famílias”.

“De igual maneira, se o Governo Regional tem sucessivamente ampliado e aumentado os apoios e incentivos às empresas, é mais do que tempo de ampliar também o apoio aos trabalhadores”, insistiu Aníbal Pires, quando defendeu a proposta perante o plenário da Assembleia Regional.

No debate que se seguiu no Parlamento, Governo Regional e as bancadas de PS, PSD, CDS/PP e PPM rejeitaram a proposta comunista. Os três deputados regionais do CDS/PP e o deputado do PPM, Paulo Estêvão, abstiveram-se na votação.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Na Assembleia da República [em Janeiro] o PSD e CDS/PP haviam chumbado propostas do Bloco de Esquerda e PCP para aumento do salário mínimo nacional, com o PS a abster-se nessa votação.

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Candidatos do PS às Câmaras vão ser conhecidos até final do mês de Abril

O PS Açores divulgará os seus candidatos autárquicos até ao final do presente mês, devendo apresentar caras novas em pelo menos três autarquias actualmente nas mãos dos socialistas: Horta, Santa Cruz das Flores e Vila Franca do Campo.

No caso de Vila Franca do Campo, o candidato socialista será Ricardo Rodrigues, actual deputado na Assembleia da República, como o próprio anunciou na semana passada.

Também em Santa Cruz das Flores e Horta (Faial), os actuais presidentes de Câmara não se recandidatarão, segundo fonte do PS Açores. O secretariado regional do PS reuniu-se [no passado sábado, dia 13] para analisar o processo das candidaturas às eleições autárquicas de Outubro.

O líder do PS Açores disse aos jornalistas, à margem da reunião, que o processo está “concluído” e os nomes dos candidatos serão todos “publicitados” até ao final do mês. Vasco Cordeiro disse ainda que “no geral” se recandidatarão os actuais autarcas socialistas que tenham “condições” para o fazer, escusando-se a dar mais detalhes.

O objectivo do PS Açores nas eleições autárquicas de Outubro, afirmou Vasco Cordeiro, é ter “mais votos e mais mandatos” do que os partidos “adversários”. Doze das dezanove Câmaras Municipais açorianas têm executivos socialistas, sendo as restantes sete do PSD.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

domingo, 14 de abril de 2013

Espetáculo «Abril mês da Revolução», ontem pelo Grupo de Teatro A Jangada


Este foi o mote e o nome escolhido pel' A Jangada - Grupo de Teatro, para levar à cena, neste caso à rua na vila de Santa Cruz das Flores, mais uma actividade teatral de alta qualidade.

Uma encenação brilhante do Joaquim Salvador, para um não menos brilhante desempenho dos actores e participantes nesta mega-operação teatral, inédita na ilha das Flores e provavelmente em Portugal. Este evento contou com a participação de pessoas de toda a ilha, de várias áreas e ideologias... num total de cerca de 200 pessoas.

Relembrar/reviver alguns dos momentos mais marcantes do 25 de Abril, bem como o que deu origem... à Liberdade. O povo saiu à rua em massa e nem mesmo a chuva os fez demover, raramente se juntam tantas pessoas como as vistas ontem à noite.


Vídeo: YouTube de José Agostinho Serpa.
Saudações florentinas!!

sábado, 13 de abril de 2013

Câmara de Santa Cruz foi à BTL 2013

De 28 de Fevereiro a 3 de Março decorreu em Lisboa mais uma edição da BTL (Feira Internacional de Turismo). A Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores esteve representada a exemplo de anos anteriores, divulgando a nossa ilha a todos os visitantes. Neste evento tão importante foram distribuídos folhetos para melhor conhecimento a todos da nossa realidade e das belezas que podem ser observadas, bem como toda a logística para umas férias bem passadas na ilha das Flores.

Notícia: "sítio" da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Energias renováveis vão crescer mais

A taxa de penetração das renováveis na energia elétrica dos Açores vai passar dos actuais 30% para 57 por cento em 2017, revelou o director do planeamento e investimento da Eletricidade dos Açores (EDA).

Parque Eólico da ilha das FloresAntónio Furtado explicou que esta meta será materializada através do reforço da capacidade instalada do projecto geotérmico de São Miguel, no Pico Vermelho, e da central-piloto geotérmica que vai surgir na Terceira.

Para além da geotermia, a EDA explora energias alternativas como a eólica e hídrica, não havendo “nesta fase” margem para crescimento da energia eólica, de acordo com David Estrela, responsável pela EEG, empresa do grupo EDA. O plano de investimentos da energia eólica, que teve início em 2012, vai ficar concretizado ainda este ano, ficando os parques existentes no “limite” da sua capacidade de utilização, afirmou.

David Estrela revelou que o projecto de criação de uma central hídrica reversível na lagoa das Furnas, em São Miguel, cujo estudo de impacto ambiental deverá arrancar em breve, poderá gerar outros investimentos idênticos em outras ilhas dos Açores.

Em termos de produção, em 2012 a energia hídrica representava 4% do total dos Açores e a eólica 8%, enquanto a geotermia assumia 17%. De acordo com o "sítio" www.eurelectric.org, no conjunto das regiões ultraperiféricas europeias, os Açores e a ilha de Reunião tinham em 2011 as maiores taxas de penetração de energias renováveis, à frente da Madeira, Canárias, Guadalupe e Martinica.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e «Dinheiro Vivo».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

PCP propõe reforço de meios das Juntas na prevenção de cheias e derrocadas

A representação parlamentar comunista propôs o reforço de meios financeiros das Juntas de freguesia para prevenção de cheias e deslizamentos, alegando que "é mais barato prevenir do que remediar".

“O que temos vindo a assistir é a uma diminuição de verbas dos protocolos que o Governo Regional realiza com as Juntas de freguesia. Pensamos que esta diminuição acarreta custos para as populações”, afirmou o deputado comunista no Parlamento açoriano, Aníbal Pires.

No projecto de resolução, com carácter de urgência, que a representação parlamentar comunista entregou [no passado dia 4 de Março], propõe também a elaboração de um Plano Integrado para prevenir situações de catástrofe no próximo Inverno, que abranja toda a Região. “É mais barato prevenir do que remediar”, sustentou Aníbal Pires, que recordou os estragos causados pelo mau tempo que assolou o arquipélago.

Destacando o “trabalho meritório” feito pelas Juntas de freguesia, Aníbal Pires revelou que em 2012 os cortes de verbas foram da ordem dos 35%, o que limitou a capacidade destes órgãos de poder local de actuar e prevenir riscos: “É importante que haja uma boa articulação entre o Governo Regional e o poder local, pelo conhecimento profundo dos seus territórios e pelo trabalho eficaz que fazem”, sustentou.

Em 2012 o PCP tinha proposto, em sede de discussão do Plano e Orçamento para o mesmo ano, um reforço de verbas destinadas à monitorização de cheias e deslizamentos, mas a maioria socialista acabou por chumbar a iniciativa. Aníbal Pires recuperou este ano a iniciativa, voltando a apresentar durante a discussão do Plano e Orçamento para 2013 a mesma proposta para reforço de verbas para acções de prevenção e limpeza de ribeiras.

“Se o Governo Regional e se a maioria socialista não der a devida atenção à questão, daí resulta insensibilidade e visão redutora”, disse Aníbal Pires, acrescentando que a contenção de despesas “não pode ser feita à custa da segurança das populações”.


Notícia: «Açoriano Oriental», rádio Atlântida e jornal «O Baluarte».
O Partido Comunista já havia afirmado que os estragos do mau tempo [em Outubro de 2012] poderiam ter sido evitados. Entretanto, o secretário regional dos Recursos Naturais salientou que o transbordo de ribeiras [que danificou estradas e moradias na Região] não se deveu à "falta de limpeza" das ribeiras.

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

«Brumas e Escarpas» #56

O cambulhão

O ano fora forte em milhos. Chuvas gratificantes em Agosto e um Setembro soalheiro haviam transformado o cerrado do Picanço, no Areal, numa safra de bonança. A apanha do milho, iniciada alta madrugada, prolongou-se por toda a manhã, terminando apenas ao meio dia. Carros e carros de bois, estacados à porta do Picanço, a abarrotar-lhe a cozinha de maçarocas graúdas, recheadas de grãos suculentos. Uma riqueza! Um pecúlio como há muito não havia memória!

De tarde era a hora de encambulhar. Sentados em pequenos bancos ou sobre cestos virados com o fundo para cima, formaram círculo ao redor daquela espécie de pirâmide de maçarocas, o Picanço, a mulher, os filhos, uns parentes mais próximos, alguns amigos e um ou outro vizinho. A Engrácia, a filha do Mendonça, é que também não quis faltar, aparecendo de surpresa. Vinha oferecer os seus fracos e míseros préstimos. Mas até era muito bem-vinda. Por parte do velho Picanço que via nela mais uma ajuda benfazeja e primorosa, por parte do filho mais novo, o Chico, que desde há muito à sorrelfa lhe andava a catrapiscar o olho.

Mal entrou Engrácia, levantou-se o Chico, muito solícito e mais apaixonado do que interessado na ajuda que a moça consubstanciava. Trouxe-lhe um banquinho e sentou-a a seu lado, partilhando não apenas os baraços de espadana com que se haviam de amarrar os cambulhões, mas também atirando-lhe olhares comprometedores, sussurrando-lhe disfarçados galanteios e até, provocando, propositadamente, um ou outro roçar de joelhos, camuflado pelo permanente arrepanhar das cascas das maçarocas. Não era bonita a Engrácia, mas era bela e encantadora. Não era linda, mas era fascinante e atraente. O rosto salpicado, junto aos olhos, por aglomerados de sardas que se iam dispersando e diluindo ao longo das faces, não era angélico mas revelava-se encantador e, delirantemente, sublime, por quanto, estampado numa espécie de esquelética agressividade, consubstanciava um encanto impar e uma fascinação invulgar. E ele, com o cabelo levemente acastanhado a sombrear-lhe a profundeza do olhar, impunha-se com uma rigidez cativante, atlética e com uma magnanimidade inebriantemente sedutora. Amavam-se sem, no entanto, o confessarem.

A safra do encambulho não parava e o monte, inicialmente desenhado pirâmide, transformara-se a meio da tarde numa espécie de mastaba e esta, algum tempo depois, em eira. Se os fios de espadana rareavam, o Chico, na mira de aumentar o pecúlio dos atilhos, levantava-se e a moça não tirava os olhos dele. Voltava a sentar-se e, ao puxar do monte uma maçaroca, descambava sobre os ombros da moçoila, já inclinada, como que a adivinhar-lhe o enlevo. Apenas a Josefina – uma alcoviteira assumida, que não tirava o olho deles – impedia que olhares, toques e gracejos desandassem e se transformassem em requebros mais íntimos e comprometedores.

A tarde chegava ao fim e o monte das maçarocas era agora um eirado, derramado sobre o velho e carcomido soalho da cozinha. O velho Picanço, apercebendo-se que se aproximava o princípio do fim de tão farta azáfama, deu ordens. Era o Chico que havia de ir pendurar os cambulhões no estaleiro. Mas que o fizesse com cuidado: maçarocas bem apinhadas e com a casca mais grossa bem veadinha para fora. Era necessário proteger os grãos indefesos da chuva e do gorgulho. Aos mais novos e afoitos competia ajudar no carrego e transporte dos cambulhões para junto do estaleiro. Alguém havia de os “alcançar” ao Chico, quando encavalitado nas ripas do estaleiro ou pendurado numa escada anexa.

Engrácia, vermelha que nem um pero, ofereceu-se, de imediato. Se era o Chico a pendurar os cambulhões havia de ser ela a ajudá-lo. E ao aproximar-se do estaleiro, já ao lusco-fusco, ao alcançar-lhe o primeiro cambulhão, despendeu-o das mãos, simuladamente desajeitadas, deixando que o dito cujo se estatelasse no chão. Sempre solícito e adivinhando-lhe o intento, o Chico baixou-se para ajudá-la. Ao erguerem-se, fizeram-no tão ajeitadamente, que os seus rostos emparelhados se colaram num sufoco terno e emocionante, selando uma indelével paixão.

Entre choros e soluços, meses depois, era o Chico a partir para a América e a Engrácia, aflita e conturbada, com o coração despedaçado. No primeiro ano não havia vapor que não trouxesse carta do Chico e não havia carta que não viesse carregada de promessas e juras de amor. No segundo ano, as cartas rareavam e as promessas e juras esquecidas e, ao fim de três anos, o Chico já nem lhe escrevia. A Engrácia, no entanto, só e amortalhada, retinha dele um enorme e indelével amor, consubstanciado na memória permanente daquele cambulhão, caído propositadamente do estaleiro do velho Picanço, no escuro da noite daquele dia em que fora ajudar a encambulhar o milho do Picanço.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

terça-feira, 9 de abril de 2013

MareOcidental perto do encerramento

A MareOcidental, empresa de transporte marítimo que fazia a ligação entre as ilhas das Flores e do Corvo, vai encerrar. A entrada de um novo operador de transporte marítimo de mercadorias não deixa outra alternativa à empresa florentina, diz Mauro Lopes, sócio-gerente da MareOcidental. O encerramento da empresa coloca 11 funcionários no desemprego.

Notícia: RDP Antena 1 Açores [com entrevista radiofónica].
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Qual é o país com menos canais TDT?

Portugal tem a menor oferta de canais na TDT entre 34 países europeus: a televisão digital terrestre portuguesa oferece apenas cinco canais, enquanto o Reino Unido, por exemplo, tem 71 canais gratuitos à disposição da população.

Último lugar – é essa a posição de Portugal entre os 34 países europeus analisados pelo Observatório Europeu do Audiovisual (OEA) sobre a oferta de canais no serviço de Televisão Digital Terrestre (TDT).

No extremo oposto a Portugal, que oferece apenas cinco canais na TDT, está a Itália, país onde a oferta nas redes de TDT chega aos 118 canais, contabiliza o Observatório Europeu. No topo da lista dos países com mais canais estão também a Letónia (85) e o Reino Unido (79).

Em Portugal o OEA contabiliza apenas quatro canais quando na verdade são já cinco, uma vez que o canal Parlamento está disponível na oferta da TDT. Mas ainda assim, Portugal continua na última posição, uma vez que o país seguinte, a Eslováquia, tem sete canais nessa plataforma.

Os países que só têm TDT de acesso gratuito, como Portugal, são aqueles que oferecem um menor número de canais. Há, porém, países que contrariam essa tendência: dos 79 canais de TDT no Reino Unido, 71 são gratuitos; em Itália essa relação é de 51 pagos para 67 grátis; em França de nove pagos e 32 grátis; na Alemanha são dois pagos e 33 abertos.

De acordo com o Observatório, actualmente já 22 dos 27 Estados-membros da União Europeia fizeram a transferência do sinal de televisão analógico para o sinal digital, em linha com as recomendações da Comissão Europeia. A Comissão definira Junho de 2015 como prazo limite para a transição para o digital.

Durante 2013 a Grécia, Polónia e Bulgária farão também o chamado switch-off (desligamento) do sinal analógico. A Hungria e a antiga República jugoslava da Macedónia contam fazê-lo entre este ano e 2014, e a Bósnia aponta para o próximo ano. Para o último ano do prazo deixaram-se ficar outros países europeus como a Albânia, Roménia, Rússia, Montenegro e Turquia.

Quanto a lançamentos de novos projectos, foram lançadas plataformas de TDT paga em 21 países. Talvez devido à crise económica, o Observatório registou, pela primeira vez, uma diminuição do número de subscrições na TDT paga, de cerca de 13%. A situação mais significativa foi a de Itália, onde um milhão de subscritores anulou o seu contrato.

Ao mesmo tempo, acrescenta o Observatório Europeu do Audiovisual, alguns serviços de TDT paga em Espanha e Portugal acabaram por não se materializar. Em Portugal estavam previstos dois serviços: o base, gratuito, que teria seis canais – os actuais quatro generalistas, o quinto canal cujo processo de atribuição se encontra em tribunal, e um sexto em alta definição – e ainda um outro multiplexer, que seria pago e acabaria por concorrer com as ofertas de TV paga como o Meo (que pertence à PT, que ganhou o concurso para a TDT) e a Zon.


Notícia: jornal «Público» e rádio Renascença.
Ainda: Pais do Amaral (patrão da Media Capital) detecta “conflito de interesses” na TDT em Portugal, a Deco recebeu mais de oito mil queixas no ano passado relativas à TDT e a Segurança Social pretende ajudar os mais necessitados a ver televisão.

Saudações florentinas!!

domingo, 7 de abril de 2013

Nova operação de transporte marítimo de mercadorias para o Corvo já começou

O navio Lusitânia, da Empresa de Barcos do Pico de Amaral, Felicianos & Faria Lda, atracou hoje no Porto da Casa, concretizando assim a primeira viagem ao abrigo do novo contrato de concessão deste serviço. O Fundo Regional da Coesão, na sequência do procedimento por concurso público, adjudicou no início de Janeiro o contrato de prestação de serviços relativo ao transporte marítimo regular de mercadorias entre as ilhas das Flores e do Corvo, pelo montante global de 1.062.600 euros. O contrato foi visado pelo Tribunal de Contas a 19 de Março, entrando de imediato em vigor.

A Empresa de Barcos do Pico vai, a partir de agora, assegurar duas ligações semanais à mais pequena ilha dos Açores, com a excepção dos meses de Julho e Agosto, em que serão asseguradas três ligações semanais. O serviço de transporte será assegurado pelo navio Lusitânia, com uma capacidade de carga de 125 toneladas, e, em caso de impedimento deste, pelo navio Cecília A, com capacidade para 350 toneladas de carga. Esta nova operação vai permitir um aumento da capacidade média semanal de carga transportada de cerca de 60 toneladas, podendo ser transportadas para o Corvo, em média e por semana, mais de 277 toneladas. Com a entrada em vigor do novo contrato, o anterior quadro que regulamentava o transporte marítimo de mercadorias entre as Flores e o Corvo deixa de vigorar, bem como os direitos e obrigações previstos.


Notícia: jornal «Açores 9», rádio Atlântida, «Jornal Diário» e o inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional].
O secretário regional do Turismo e Transportes revelou [na Comissão parlamentar de Economia] que o processo de elaboração das obrigações de serviço público do transporte marítimo de passageiros e carga rodada vai estar concluído no final do ano.

Saudações florentinas!!

sábado, 6 de abril de 2013

Espetáculo "Abril, mês da Revolução"

Organizada pelo Grupo de Teatro A Jangada, esta iniciativa visa comemorar o dia 25 de Abril realçando a importância e magnitude que este acontecimento representa na História contemporânea portuguesa.

A Jangada soube envolver neste projecto muitas das entidades locais que persistem em manter viva a cultura florentina, daí que se espera um espetáculo diferente dos demais que costumam ocorrer por cá.

O evento realiza-se pelas 21h30 do dia 13 de Abril [próximo sábado], na Praça Marquês de Pombal, em Santa Cruz das Flores, contando com a participação das seguintes entidades: Associação de Jovens da ilha das Flores, Grupo Folclórico de Ponta Delgada, Grupo Folclórico e Etnográfico da Associação Cultural Lajense, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores, Escola Básica e Integrada das Flores e Agrupamento de Escuteiros da ilha das Flores.

Participam os grupos musicais K7 Pirata, Full 'K'ords e a Filarmónica Nossa Senhora dos Remédios; os cantores Armanda Banha e Armando Meireles. O espectáculo conta ainda com a participação especial de Sónia Lapa. A encenação e direção artística está a cargo de Joaquim Salvador.


Notícia: "sítio" da Câmara Municipal das Lajes das Flores.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

AAiF organiza 7º Encontro Cultural

“Porque a paixão que nos une é maior que o mar que nos separa” é o tema do sétimo Encontro Cultural da ilha das Flores que a Associação Amigos da ilha das Flores (AAiF) promove em Ponta Delgada no próximo dia 13 de Abril [sábado], com a participação da Associação de Marienses e Amigos da ilha de Santa Maria e da Casa do Triângulo.

O encontro está marcado para as 16 horas e terá lugar na sede social da AAiF, reunindo pela primeira vez as três associações para falarem da sua experiência associativa e migrante dentro do arquipélago dos Açores, assim refletindo à volta desta temática e partilhando vivências, sentimentos e preocupações.

O programa do 7º Encontro Cultural é composto por dois painéis, ficando o primeiro a cargo de Gilberta Rocha, coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores, com uma intervenção intitulada “Giros das gentes açorianas: o estrangeiro, o país, a Região”.

Do segundo painel consta a intervenção de António Teixeira, da Associação de Marienses e Amigos da ilha de Santa Maria, subordinada ao tema “A ilha de Santa Maria no contexto da migração interna”, seguindo-se Francisco Pinto, da Casa do Triângulo, com o tema “Casa do Triângulo – origem, objetivos e problemáticas” e por último António Nascimento, da anfitriã Associação Amigos da ilha das Flores, que fará uma intervenção sobre a própria temática do encontro: “Porque a paixão que nos une é maior que o mar que nos separa”.

Seguir-se-á um período de debate e pelas 18 horas terá lugar a entrega dos prémios do Torneio dos 10 anos da AAiF, que decorreu nos últimos dois meses integrado nas comemorações do décimo aniversário da associação e do qual fizeram parte jogos de sueca, king e dominó, que contaram com a participação de duas dezenas de associados e amigos.


Notícia: jornal «Açores 9».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Era uma vez... a Fábrica da Baleia

Programa da RTP Açores que conta pequenas histórias da História dos Açores, com apresentação da historiadora Susana Goulart Costa. O episódio 23 desta série versou sobre a Fábrica da Baleia do Boqueirão (em Santa Cruz).

Vídeo: programa «Era Uma Vez Açores».
Anteriormente já havia sido mostrado, neste programa da RTP Açores, um episódio sobre o poeta florentino Roberto de Mesquita.

Saudações florentinas!!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Maior propagação de alforrecas deve-se à pesca excessiva de pequenos peixes

A pesca de arrasto de espécies de peixes pequenos leva à proliferação de alforrecas, segundo uma investigação feita por biólogos marinhos.

Os cientistas monitorizaram os ecossistemas em duas zonas dos oceanos separadas por 600 milhas, o que corresponde a milhares de quilómetros. Uma das zonas foi junto à Namíbia, onde a pesca não é regulamentada, e a outra ao largo da África do Sul, onde a pesca de sardinhas ou arenques é controlada de acordo com os stocks disponíveis.

"Nos anos 1960 das águas da Namíbia saiu uma produção de 10 milhões de toneladas de sardinhas por ano. Isto foi substituído por 12 milhões de toneladas de alforrecas", afirmou Philippe Cury, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento francês. Segundo o investigador, houve uma má gestão dos stocks de sardinhas e anchovas, que foram sobre-exploradas e já quase desapareceram.

Já na África do Sul, a gestão foi muito cuidadosa e não houve qualquer surto de alforrecas ou medusas, segundo o estudo divulgado pelo jornal «Bulletin of Marine Science», da Universidade de Miami.

Peritos de todo o Mundo têm debatido o aumento das populações de alforrecas em muitas zonas dos oceanos, colocando a hipótese de se dever à eliminação dos peixes predadores que mantêm as medusas controladas ou ao aquecimento global. Segundo o autor do estudo agora divulgado, a investigação aponta para que, ao eliminar o peixe pequeno, as alforrecas fiquem sem concorrência para se alimentarem de plâncton e, assim, proliferam de forma descontrolada.


Notícia: RTP.Notícias.pt e SIC Notícias.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Mais 30 novas espécies de moluscos

O investigador António Frias Martins descobriu cerca de trinta novas espécies de moluscos em várias ilhas do arquipélago dos Açores, que serão agora descritas para serem validadas cientificamente, um trabalho "interessante, mas difícil".

“O facto de estarem descobertas não quer dizer que estejam acessíveis para estudo. Só depois de estarem descritas é que ficam acessíveis para a ciência. É-lhes dado um nome e feita uma descrição (morfológica e anatómica)”, disse António Frias Martins, que se dedica há 30 anos ao estudo e investigação da malacologia, um ramo da biologia que estuda os moluscos.

Presentemente os Açores têm identificadas e devidamente descritas 102 espécies de moluscos terrestres (caracóis), sendo que cerca de metade (47) são endémicas, o que faz do arquipélago um autêntico "laboratório natural": “Quando dizemos que os Açores são um laboratório natural, isto não é uma figura de estilo. É uma realidade”, afirmou António Frias Martins, recordando que desde sempre os arquipélagos oceânicos foram lugares onde se estudam a evolução das espécies “por estarem longe do continente mãe”, tal como fez Darwin nas Galápagos.

Frias Martins precisou que das cerca de 30 novas espécies que descobriu, oito estão na ilha de Santa Maria, quatro na ilha das Flores e duas na mais pequena ilha dos Açores, sendo que pela primeira vez o Corvo “passará também a ter espécies endémicas”.

Cada ilha é como um tubo de ensaio da evolução e tem características próprias que as identificam como espécies diferentes”, referiu o investigador, alegando que o trabalho de descrição é “muito interessante, mas muito difícil, porque morfologicamente as espécies apresentam muitas variedades, embora existam padrões que se podem reconhecer”.

Frias Martins revelou que dentro de dois a três meses espera ter pronto o trabalho de descrição das espécies identificadas nas duas ilhas do Grupo Ocidental, e que neste momento já tem dissecados e medidos 100 exemplares de moluscos do Corvo e das Flores, sendo que para cada exemplar é preciso analisar 20 parâmetros.

Recentemente foi publicado na revista «Zootaxa» uma nova espécie de caracol endémico (caracol verde) em Santa Maria, uma ilha com 14 espécies exclusivas de entre as 20 endémicas já registadas. “Foi descoberta numa expedição feita em 1993, mas já se conhecia as conchas desta espécie, que foram recolhidas em 1857”, adiantou Frias Martins.

Nos Açores, além dos moluscos terrestres como caracóis e lesmas, também é possível observar moluscos marinhos "com grande interesse científico", entre os quais lulas, ameijoas e búzios. Em todo o Mundo, estão actualmente identificadas cerca de 50 mil espécies de moluscos.


Notícia: jornal «Açoriano Oriental» e «Diário de Notícias».
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

PT goza com @s florentinos e corvinos


[clique na imagem para melhor ler a carta]

Faça-se uma comparação (simples e rápida) com os tarifários da PT para zonas não cobertas pela ADSL da Sapo: