quarta-feira, 31 de outubro de 2012

José da Costa apresenta seu novo livro

O escritor José Garcia da Costa apresentou o seu mais recente livro, o romance «A Renúncia».

A obra ficcional de 483 páginas está dividida em 54 capítulos. A história desenvolve-se em torno de um padre açoriano a trabalhar no Continente e que descobre "um sentimento desconhecido que poderá levá-lo a trair as promessas feitas na sua ordenação como sacerdote".

O livro, editado pela Chiado Editora, será ainda apresentado no dia 3 de Novembro [próximo sábado] na Casa de Espírito Santo da freguesia do Mosteiro, na ilha das Flores.


Notícia: «TeleJornal» da RTP Açores.
Saudações florentinas!!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Parlamento toma posse em Novembro

O novo Parlamento açoriano, saído das eleições de 14 de Outubro, toma posse a 5 de Novembro [próxima segunda-feira]. Nesse mesmo dia é eleito o presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

Os resultados eleitorais já foram publicados no Diário da República.

Nesta semana o representante da República para os Açores, Pedro Catarino, recebe os partidos e deverá convidar Vasco Cordeiro, do partido mais votado (PS), a formar Governo.

O novo executivo regional toma possa perante a Assembleia, o que pode acontecer a 6 de Novembro [próxima terça-feira].


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mau tempo encerra escolas amanhã

A Secretaria Regional da Educação e Formação determinou, por precaução, o encerramento das escolas em todas as ilhas dos Grupos Ocidental e Central, na terça-feira (amanhã).

Esta medida foi hoje anunciada pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e deve-se à previsão de mau tempo do Instituto de Meteorologia para os Grupos Ocidental e Central. Nesse sentido, estarão encerradas amanhã todas as escolas das ilhas do Corvo, Flores, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial.

Recorde-se que os grupos ocidental e central do arquipélago dos Açores estão sob aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de quatro, devido à chuva, informou o Instituto de Meteorologia.

A previsão meteorológica indica que se espera chuva forte e vento nos Açores, devido à aproximação de uma “superfície frontal oclusa com forte actividade”, segundo o Instituto de Meteorologia. Nas ilhas das Flores e do Corvo, o vento será forte, com rajadas que podem chegar a 100 quilómetros por hora, até às 20 horas de terça-feira, esperando-se ainda chuva temporariamente forte até às 11 horas de terça-feira.


Notícia: «Açoriano Oriental», RTP Açores e jornal «Público».
Saudações florentinas!!

domingo, 28 de outubro de 2012

Composição do novo Governo Regional vai ser conhecida na próxima 4ª-feira

A composição do próximo Governo Regional dos Açores, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, vai ser conhecida ao final da tarde de quarta-feira [dia 31], quando os seus membros forem nomeados pelo Representante da República, Pedro Catarino.

O Representante da República para os Açores, segundo anunciou o seu gabinete, vai iniciar na segunda-feira [amanhã] a audição dos partidos políticos com representação parlamentar, tendo em vista a nomeação do próximo presidente do Governo Regional.

Na quarta-feira [dia 31], o Representante da República recebe [por fim] o PS às 11 horas e, no final da audiência, indigitará o futuro presidente do Governo Regional, que depois lhe apresentará a restante constituição do executivo. Ainda neste dia, às 17h30, Pedro Catarino nomeia, por decreto, o presidente e os restantes membros do novo Governo Regional dos Açores.


Notícia: «Açoriano Oriental» e jornal «Público».
Saudações florentinas!!

sábado, 27 de outubro de 2012

Inverno quase a chegar aos relógios

Os relógios vão atrasar uma hora na madrugada de amanhã, domingo. Nos Açores deverão ser atrasados da 1 hora para as 0 (zero) horas, oficializando a passagem para o horário de Inverno.

A passagem para o horário de Inverno acontece sempre no último domingo de Outubro e a passagem para o horário de Verão no último domingo de Março.

A decisão de semestralmente alterar a hora tem raízes históricas que remontam à Primeira Guerra Mundial. Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa, recordou que a mudança da hora começou por ser, nessa altura, uma necessidade para permitir reajustar os horários de trabalho de forma a poupar combustível, fortemente racionado no período de guerra.

Mas foi a percepção que a alteração trazia mais benefícios para a sociedade que uma eventual poupança energética que levou a que se prolongasse até aos dias de hoje. Segundo adiantou Rui Agostinho, “nos dias de hoje, os estudos que existem feitos pela União Europeia mostram que não há um impacto económico que seja um factor decisivo para tomar esta decisão. O que há é um impacto sobre a actividade diária das pessoas, sentem-se bem por trabalharem num período em que há mais Sol, por se movimentarem ainda com a luz do dia”.

Este bem-estar “depois também tem impactos na forma como [as pessoas] conduzem e nos acidentes que existem, na boa disposição das pessoas, que se reflete no consumo de medicamentos. Não se consegue justificar este horário por razões puramente de poupança económica”, disse o director do Observatório Astronómico de Lisboa, acrescentando que os horários escolares e as rotinas dos mais novos têm também um grande peso para a manutenção deste padrão horário.

Rui Agostinho recordou que sempre que o país experimentou não implementar o horário de Inverno, acabou sempre por recuar na decisão, por se comprovarem os impactos negativos de um desfasamento em relação à hora solar: “O horário que vamos implementar agora é a hora que nos coloca mais próximos do meio-dia solar, e no Inverno faz diferença”.


Notícia: RTP Açores, «Açoriano Oriental», «Sol» e «Público».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Eventuais desclassificações da UNESCO

O presidente do Centro Nacional de Cultura, Guilherme d’Oliveira Martins, afirmou que «as classificações da UNESCO devem ser factores que facilitem as acções de preservação» e alertou para eventuais desclassificações do património.

No tocante às classificações como Património da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura), Oliveira Martins sublinhou: «Ao classificarmos estamos a proteger», alertando, todavia, para a existência de património classificado que corre o risco de perder a distinção.

O responsável não adiantou pormenores, mas garantiu que «Portugal não corre esse risco». «O problema maior é do património em risco de eventuais desclassificações que, por razões várias, os diversos Estados não assumiram as suas responsabilidades relativamente aos bens classificados». O conceito de património engloba o construído, o natural e o imaterial.

Portugal, afirmou Oliveira Martins, tem sido exemplo de boas práticas, mas referiu que o projecto da barragem do Tua, na paisagem classificada do Douro, suscitou as preocupações da UNESCO, do Conselho da Europa e da União Europeia.

«O património não pode ser inimigo do desenvolvimento e do progresso, mas há actos que não podem deixar de ser considerados por aquilo que [têm de] irreversível [e que afectam o que] não deve ser destruído», advertiu. Oliveira Martins adiantou que «o Centro Nacional de Cultura está a trabalhar com a UNESCO para verificar a melhor maneira de proteger este bem patrimonial [a paisagem do Douro]».


Notícia: semanário «Sol».
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Castanheira poderá vir a despedir mais

A empresa de construção civil da ilha das Flores, Castanheira & Soares, admite despedir metade dos trabalhadores até ao final do ano. No próximo mês de Novembro vão ser dispensados 10 funcionários, adiantou Manuel Castanheira, proprietário da empresa.

A falta de obras e atrasos nos pagamentos de trabalhos já concluídos ou em curso estão a dificultar o plano de recuperação da Castanheira & Soares, precisou o responsável.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

SATA não consegue voar para Ocidente

O mau tempo está a condicionar as ligações aéreas com a ilha das Flores, no grupo Ocidental dos Açores, para onde a transportadora aérea SATA não consegue voar desde segunda-feira [anteontem], revelou o porta-voz da empresa açoriana.

A SATA, que já tinha cancelado na segunda-feira as ligações aéreas com as Flores, voltou esta terça-feira, segundo José Gamboa, a não conseguir voar para esta ilha. O porta-voz da transportadora aérea açoriana revelou que foram ontem [terça-feira] canceladas as ligações aéreas com a ilha das Flores, afectando 171 passageiros.

O mau tempo que se faz sentir no arquipélago impediu também a SATA de voar na segunda-feira para o Corvo, admitindo José Gamboa que essa ligação poderá ser feita na quarta-feira [hoje].


Notícia: «Açoriano Oriental» e «Diário Económico».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Petição pela rejeição da proposta de Orçamento do Estado para 2013

Exmo. Senhor Presidente da República
Exmos. Senhores Deputados da Assembleia da República

Os signatários apelam à vossa responsabilidade política e institucional perante o país e perante todos os cidadãos, para que seja rejeitada a proposta de Orçamento do Estado para 2013 apresentada pelo Governo. A sua aprovação constituiria certamente um mal maior para o país e os portugueses comparativamente com as consequências da sua rejeição.

Esta proposta de Orçamento do Estado, já contestada pela opinião pública e pela grande maioria dos especialistas, significa o prosseguimento e agravamento do caminho para uma austeridade ainda mais recessiva, com mais desemprego, mais destruição da economia, mais empobrecimento, mais desigualdade social e menos justiça fiscal. Em nome dos credores, rouba o futuro e a esperança ao país e aos portugueses. Ofende princípios constitucionais relevantes, designadamente o princípio da confiança (dimensão importante do princípio democrático), os direitos do trabalho, os direitos sociais e a progressividade e equidade fiscais.

Aos Deputados, apelamos para que rejeitem esta proposta governamental de Orçamento do Estado, assumindo plenamente a vossa condição de representantes eleitos do povo e de todo o País, que é superior a quaisquer outras fidelidades ou compromissos;

Ao Presidente da República, na qualidade de supremo representante da República, garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições democráticas, obrigado a respeitar e a fazer cumprir a Constituição da República, apelamos a que exerça o seu direito de veto sobre este Orçamento do Estado, no caso de ele ter aprovação parlamentar ou, no mínimo, que o submeta, no exercício das suas competências, à fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional.

Lisboa, 22 de Outubro de 2012


Esta Petição pela rejeição da proposta de Orçamento do Estado para 2013 pode ser lida e subscrita em http://www.congressoalternativas.org/p/peticao-oe-2013.html.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nossas lamas vulcânicas e pedra-pomes deverão ser comercializadas em breve

O Inova (Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores) está a desenvolver um projecto que envolve quatro produtos de beleza que utilizam as lamas vulcânicas e a pedra-pomes, abundante na ilha de São Miguel.

O projecto, apelidado de TERMAZ, está numa fase bastante avançada, pois já há empresas interessadas em fabricar e comercializar os produtos. Os promotores pensam ter os produtos em algumas perfumarias até ao fim deste ano ou princípio do próximo ano. Os produtos vão ter preço relativamente elevado, sendo dirigidos a um nicho de mercado alto.


Notícia: RTP Notícias.
Saudações florentinas!!

domingo, 21 de outubro de 2012

Não se sabe quem vê a RTP Açores...

Não há dados oficiais de audiências que permitam saber quantas pessoas vêem a RTP Açores e a RTP Madeira. Num momento em que se debate o futuro dos canais regionais, não há forma de perceber que impacto têm as 6 horas de emissão diárias nos habitantes das ilhas.

Fonte oficial da MediaMonitor Marktest explica que «a medição de audiências é efectuada em Portugal Continental; as ilhas estão excluídas». Contactada pelo semanário «Sol», a RTP também não avança dados sobre quem vê o quê na Madeira e nos Açores.

"Poucos açorianos se dariam conta, no próprio dia, se Lisboa simplesmente mandasse fechar a RTP Açores amanhã", admite o jornalista Joel Neto. Natural da ilha Terceira, o colunista do «Diário de Notícias» defende, no entanto, que manter um canal regional é essencial: "Quanto mais avança a globalização, mais sentido faz a televisão de proximidade".

Joel Neto também não poupa críticas à programação da RTP Açores: "Nos últimos anos, sob a direcção de Pedro Bicudo, houve dezenas e dezenas de horas em horário nobre ocupadas com a retransmissão de concertos dos anos 80 e 90". Por isso, o jornalista acredita que é preciso reforçar o investimento com "mais meios técnicos e humanos", para voltar à época em que a RTP Açores tinha "um papel essencial na consolidação da autonomia".

Apesar de todos os cortes feitos pela [anterior] administração de Guilherme Costa – que limitou a emissão regional a 6 horas diárias –, o serviço público da RTP Açores custa 8 milhões de euros por ano e emprega 149 funcionários nas suas nove ilhas – que custam 5,5 milhões.

A distribuição da emissão da RTP 1 nas ilhas faz com que os dois arquipélagos sejam os únicos locais do país onde a população tem acesso a cinco canais gratuitos. Apesar disso, a Zon revela que «as taxas de penetração entre o Continente e as Regiões Autónomas são comparáveis». De resto, a televisão por cabo começou por ser implementada como projecto-piloto nas ilhas. No entanto, nem a Zon nem a Meo revelam quantos clientes têm nos Açores e na Madeira.


Notícia: semanário «Sol».
Saudações florentinas!!

sábado, 20 de outubro de 2012

À mercê dos caprichos do nevoeiro

Esta mania de tirar férias no Outono tinha de trazer, um dia, os seus dissabores. A ilha das Flores, a apenas uma hora de avião de São Miguel, acabou por permanecer, teimosa, a quatro dias de distância. Mau tempo oblige, há que reaprender esta subjugação do homem pelos deuses do vento e, principalmente, do nevoeiro - se os açorianos ainda não lhe deram um nome profano, já o deviam ter feito. Chegámos a sobrevoar a ilha e voltar para trás dois segundos antes de o piloto se fazer à pista, por "brusca alteração das condições atmosféricas". É então compreensível a sensação de triunfo que nos abria os sorrisos quando finalmente desembarcámos - e que se manteve apesar de a nossa anfitriã nos perguntar, assim que ficámos ao alcance da sua voz: "Mas porque é que decidiram vir cá em Outubro?".

É verdade, éramos poucos, a juntar aos já de si poucos habitantes da ilha: que tivéssemos reparado, apenas nós e uma solitária alemã de meia-idade, adepta de longos passeios. Este é um daqueles locais únicos no planeta, onde nos sentimos realmente longe de tudo, e a base das operações é muito importante - principalmente quando a tal instabilidade climatérica pode obrigar a alguns períodos de recolhimento. Foi assim que rumámos à Aldeia da Cuada, uma povoação abandonada pelo êxodo migratório para os Estados Unidos e totalmente recuperada, sem mudar uma pedra à sua configuração original, para turismo rural.

É difícil descrever a localização destas casas, uma das zonas mais bonitas da ilha. Tentemos. A aldeia fica na costa oeste da ilha das Flores, num pequeno planalto sobranceiro à foz da ribeira Grande, entre a Fajã Grande e a Fajãzinha. De um lado, o oceano a perder de vista, varrido por focos de luz vindos do céu; do outro, uma falésia imponente que só às vezes se revelava - a si e às cascatas que a percorriam, quedas de água que no Verão são só uma mas se desmultiplicam nos dias mais generosos em chuva de Outubro.

Começávamos assim a responder à pergunta primordial da nossa anfitriã. O vento que assobiava entre as frestas da janela à noite, fazendo-nos sentir numa jangada de pedra no meio do oceano, poderia ser outra resposta. Uma aldeia inteira só para nós e dois patuscos burros, capazes de reciclar caroços de maçã, bonés e o que quer que lhes aparecesse à frente em jeito de oferenda, são outro argumento possível. Tal como a descoberta, após horas de luta com o omnipresente nevoeiro, da cascata do Poço do Bacalhau, que liberta as suas águas de uma altura de 90 metros, pulverizando-se no ar antes de formar uma deliciosa lagoa natural onde se pode tomar banho. OK, nós não pudemos, mas não nos importámos muito.

Nenhuma ilha dos Açores tem como esta, em apenas 143 quilómetros quadrados, tantas cascatas e cursos de água a serpentear pelas encostas e falésias. No seu planalto central, a ilha das Flores ostenta vaidosa nada mais nada menos do que sete lagoas, nascidas de crateras vulcânicas. Só no último dia conseguimos vê-las, com as nuvens a afastarem-se finalmente como se de um ritual de despedida, um prémio de persistência, se tratasse. Cada uma é parte de um caleidoscópio de cores: a lagoa Funda ou Verde, com margens revestidas de hortênsias; a Branca, a Seca, a Comprida, a Rasa, a evocar paragens escocesas; a Lomba e a Funda das Lajes - a maior de todas.

Há que transigir: não vimos no seu esplendor as flores que baptizaram a ilha. Por pouco não conseguíamos pisar a ilha do Corvo, à distância de duas horas de barco: acabámos por ter lugar no único que conseguiu fazer a travessia naquele mês, carregado de gasolina, vacas e outros mantimentos mortos e vivos. E o Caldeirão não revelou o seu lago de sete ilhotas, representação estranha e pictórica de parte do arquipélago. Mas voltámos com a certeza de ter vivido algo único, o que nos dias que correm é muito mais que muito.


Artigo de opinião da jornalista Maria José Margarido, publicado na secção Boa Vida do «Diário de Notícias» em 12 de Agosto de 2006.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Esta Reserva da Biosfera não é para turfeiras, denuncia núcleo da Quercus

O tapete de sphagnum spp, vulgo musgão, que se encontrava num talude da estrada dos Ferros Velhos, luta pela vida após ter sido violentamente atacado pelos Serviços Florestais da ilha das Flores que é Reserva da Biosfera.

Motivo? Aparentemente estavam a mais depois de tantos anos de existência. Os Serviços Florestais da ilha das Flores decidiram "limpar" as turfeiras, apesar da lei que proíbe a sua extração. Temos pena. Haverá os que concordam conosco. E haverá os que discordam. Haverá, ainda, os que se estão perfeitamente nas tintas porque preocupações são coisas do povo e eles não são nada disso.

Poderão comprovar pelo vídeo e pelas fotos (as antigas e as actuais) a destruição de uma grande área do tapete de musgão ao longo do talude. Vão ver que é um prazer ver tal obra cénica.



[No canto superior esquerdo pode ver-se que o tapete de musgão estava ao nível da valeta; nas fotos seguintes mostram algumas das áreas que foram destruídas; a foto do canto inferior direito mostra o lado oposto da estrada onde foi depositado o musgão arrancado.]

Aos 25 segundos do vídeo poderão observar pendurada uma das espécies que também foi vítima de maus tratos. Trata-se da angelica lignescens. Uma espécie “extremamente rara” e “protegida pela directiva Habitats”, pelo que vem mencionado no Guia do Parque Natural da ilha das Flores (p. 93).

Lições para a Administração Regional

- Na vossa equipa irão encontrar quem vê a excepção como uma excepção, e quem vê a excepção como um precedente. Um destes grupos não sabe jogar em equipa.

- Se quereis preservar o ecossistema deixai as turfeiras em paz. Se quereis preservar o ecossistema e ao mesmo tempo arrancar turfeiras, tendes um problema de coerência. Se quereis preservar o ecossistema e ao mesmo tempo arrancar turfeiras e, se fordes capaz de aceitar a coerência, cuidado com as coimas. Poderá ser surpreendente para alguns, mas elas existem.


Alerta da Quercus

Claro que seria muita pretensão da nossa parte achar que esta denúncia poderá provocar alguma alfinetada na consciência de quem permitiu que o impensável acontecesse.

E agora o que fazer? Pobres turfeiras e coitadas das pessoas responsáveis... Quem não sabe o que faz expressa-se como pode. Agora está feito e mais uma vez, parece que nos teremos que resignar.

Então o que é mais importante? Uma maioria que não se importa ou uma minoria que quer preservar o ambiente da sua ilha?

O que prevalece? A impunidade e o silêncio por parte dos colegas da Administração Regional ou a lei?

Resta-nos porém registar a nossa indignação e dizer que as entidades competentes têm obrigação de fazer melhor. Assim, iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para denunciar esta e outras situações de crimes ambientais na Região Autónoma dos Açores.

Desculpa-se mais dificilmente o erro a quem deveria ter o conhecimento e a competência para não cometer infrações e negligências desta ordem. O erro da petulância de quem acha de que a ilha é sua. Um Serviço que tem por missão “zelar por uma utilização racional dos recursos florestais e naturais da Região” não pode nem deve ter a arrogância de não ter cuidado com o que faz.

Uma última questão: para que querem uma Reserva da Biosfera para a tratarem desta maneira?


Denúncia publicada no blogue do núcleo regional da Quercus.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Região e República disputam os lucros da riqueza do fundo do mar dos Açores

Depois do Governo Regional dos Açores ter lançado um concurso para a prospeção de depósitos minerais nos mares do arquipélago, a República fez o mesmo.

Lisboa entende que o poder de decidir sobre os recursos marinhos da zona económica exclusiva dos Açores é uma competência nacional, enquanto a Região Autónoma - escudando-se num decreto legislativo regional - acredita tratar-se duma competência sua.

O representante da República para os Açores pediu a fiscalização da lei regional ao Tribunal Constitucional, que ainda não se pronunciou. Assim sendo, a lei regional permanece em vigor.

Em causa, nas consultas públicas abertas quase em simultâneo pelos Governos Regional e da República, está um pedido da empresa Nautilus Minerals para proceder a explorações em montes submarinos nos mares dos Açores.

A exploração do fundo do mar açoriano, onde se poderá encontrar magnésio, chumbo, ouro, prata, cobalto e, até, petróleo, pode vir a render 60 mil milhões de euros por ano.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Em 2013 eletricidade vai voltar a subir

No próximo ano, o preço da eletricidade vai aumentar 2,8 por cento para os consumidores domésticos.

A proposta da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) prevê uma subida de 1 euro e 24 cêntimos numa fatura média mensal de 47 euros.
No que à tarifa social social diz respeito o aumento previsto é de 1,3 por cento. A fatura dos consumidores considerados economicamente mais vulneráveis vai sofrer um agravamento de 30 cêntimos num consumo médio mensal de 23 euros.

O aumento é para todo o país, mas o preço será revisto trimestralmente no Continente devido ao processo de liberalização do sector energético. Nos Açores e Madeira a tarifa não está sujeita a revisão trimestral, o preço é fixo por um ano.

Açores não são abrangidos pelo processo de liberalização do sector energético e continuam com tarifas reguladas por ser considerada região ultraperiférica no espaço europeu.

Segundo a ERSE, os principais factores que provocaram um aumento das tarifas para 2013 estão relacionados com o agravamento do custo de produção da energia eléctrica, sendo que já estão "parcialmente incorporados" os custos anuais de interesse económico geral, os chamados custos políticos.

O regulador refere que os custos de produção através das barragens, centrais térmicas, eólicas e co-geração agravaram-se, particularmente aqueles que se referem à produção em regime especial (eólicas e co-geração): "Este tipo de produção tem vindo a impor a subida de preço de energia elétrica devido (...), em termos médios, o custo de produção ser superior ao das tecnologias convencionais".


Notícia: RDP Antena 1 Açores e «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Farmácias "pequenas" podem encerrar

As farmácias localizadas nas ilhas mais pequenas atravessam um período financeiramente difícil. Situação que poderá conduzir ao seu encerramento, receiam os proprietários.

Em ilhas como a Graciosa, Flores ou Corvo existe uma única farmácia. Os seus proprietários afirmam que o actual estado das coisas é insustentável. Queixam-se que as margens de lucro são cada vez menores, mas para evitar a ruptura são obrigados a manter em stock maior quantidade de medicamentos.


Notícia: RDP Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

4 "florentinos" eleitos como deputados

Foram ontem eleitos pelo círculo eleitoral da ilha das Flores para cumprirem mandato como deputados na Assembleia Legislativa Regional: Manuel Pereira e Luís Maciel (pelo PS) e Bruno Belo (pelo PSD). Ainda foi eleita como deputada pelo círculo regional de compensação, Arlinda Nunes (pelo PS).
Saudações florentinas!!

domingo, 14 de outubro de 2012

«As ilhas serenas», de Fernanda Câncio

Não é só a paisagem poética, as brumas misturadas com Sol que pintam quadros de William Turner a toda a hora. Na linguagem política desgrenhada e cada vez mais insultuosa que faz o quotidiano do Continente (da Madeira nem falar), os Açores são uma surpresa. Estar numa campanha em que nunca se ouve, de nenhum dos contendores, uma acusação feia, um "mentiroso" ou "aldrabão", e na qual se percebe, de todos os partidos, disponibilidade para o diálogo (Berta Cabral chegou a admitir uma coligação com o PS, com o qual a CDU admite acordos parlamentares e o CDS praticamente se oferece em namoro) é algo de notável. E tanto mais o é quanto se trata, para PS e PSD, de uma disputa renhida. Que culmina na semana em que Passos Coelho - o mesmíssimo que anda há um ano e meio a acusar o PS de ter arruinado o país - interpelou o PCP no parlamento por usar a expressão "ladrão", considerando que se trata de "um apelo à violência".

Na verdade, se palavras duras houve nesta campanha, foram as dirigidas por Berta Cabral e o seu convidado especial Marcelo Rebelo de Sousa contra o Governo da República (como aqui é conhecido). Orelhas a arder nas regionais açorianas, só as de Passos. Mas sempre com contenção - aqui, o habitualmente picante Marcelo e o ainda mais truculento Marques Mendes não puseram o pé em ramo verde.

O motivo disto, que de resto o director da campanha socialista frisou ao «Diário de Notícias» - "Aqui quem faz ataques feios perde votos, as pessoas não gostam" - é um mistério a investigar. O mesmo país, dois sistemas: o do insulto, da calúnia e das campanhas negras, banalizado por Alberto João Jardim na Madeira e nos últimos anos pelo PSD continental, e o destas nove ilhas. Deviam exportar isto - pena é que talvez ninguém no país queira comprar.


Artigo de opinião da jornalista Fernanda Câncio, publicado (originalmente) no «Diário de Notícias» de ontem, dia 13 de Outubro.
Saudações florentinas!!

Para seguir os resultados eleitorais...

Saudações florentinas!!

Apenas um totobola florentino...

sábado, 13 de outubro de 2012

«Brumas e Escarpas» #49

A antiga Ermida de São José da Fajã Grande

Benzida em 4 de Maio de 1757, a primitiva ermida de São José da Fajã Grande terá muito provavelmente sido construída no início da década de 50 do século XVIII, ou seja, cerca de duzentos anos depois dos primeiros povoadores terem ocupado e iniciado o povoamento do actual território da Fajã Grande e um século depois de ser estruturado como povoado, tornando-se, provavelmente, num dos lugares mais prósperos da zona oeste da ilha das Flores. Essa foi talvez a razão por que em 1676, por provisão do bispo de Angra, D. Frei Lourenço de Castro, o lugar da Fajã Grande foi desanexado da paróquia das Lajes, à qual pertencia, apesar da grande distância e maus caminhos, sendo, então, integrado na paróquia de Nossa Senhora dos Remédios das Fajãs, criada nessa altura, com sede na igreja daquela localidade, mas com jurisdição que abrangia toda a costa oeste da ilha, desde a Ponta da Fajã até ao Mosteiro, englobando assim os lugares de Ponta, Fajã Grande, Caldeira e Mosteiro.

A hipótese de ter havido uma outra ermida antes desta é bastante improvável, pois sabe-se que antes da construção desta capela era costume os fiéis da Fajã irem à missa à Fajãzinha e quando o não podiam fazer, impedidos de passar o torrentoso caudal da Ribeira Grande, ficavam no alto da Eira da Cuada, donde viam a igreja da Fajãzinha e ouviam os sinos durante toda a missa, como que se estivessem presentes em espírito no próprio templo. Ainda hoje existe nesse local um enorme calhau, conhecido como a “Pedra da Missa”, precisamente no sítio onde os fiéis se reuniam e rezavam, enquanto lá longe viam a igreja onde se celebrava a missa. Por outro lado, o caminho que liga a Assomada à ladeira do Biscoito, sempre se chamou “Caminho da Missa”, por nele transitarem os fiéis quando iam à missa à Fajãzinha, por não a haver na Fajã. Acredita-se inclusivamente, que no regresso viriam carregados com pedras para a construção da sua futura ermida.

Assim a primeira capela ou ermida existente na Fajã Grande terá sido esta, naturalmente construída em pedra e coberta de colmo como eram as casas da Fajã nessa altura. Nas Courelas existe uma casa velha, ao lado do antigo palheiro de António Joaquim, que tem inscrições religiosas, abreviadas e em latim, nas vergas de duas portas e a data de 1757. Acredita-se que estas vergas teriam pertencido às portas desta ermida. Numa das inscrições pode ler-se “INRI”, que são as letras iniciais das seguintes palavras latinas “Iesus Nazarenus, Rex Iudeorum”, que quer dizer “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus” e na outra inscrição pode ler-se “IHS”, símbolo de Jesus Cristo presente na hóstia consagrada. A terem pertencido à ermida, fica demonstrado que esta era inevitavelmente construída em pedra.

O primeiro padre nomeado como administrador desta ermida, sem no entanto ser pároco pois a Fajã Grande ainda não era paróquia, foi o padre Francisco de Freitas Henriques, natural da Fajã, filho do capitão Gaspar Henriques e sua mulher Francisca Rodrigues e irmão do capitão Freitas Henriques, que, mais tarde, se tornou uma espécie de “senhor feudal” da Fajã Grande. Crê-se que este casal e os próprios filhos viveriam numa casa apalaçada, que ainda hoje existe, do lado norte da igreja e que estaria inclusivamente ligada à ermida através de uma ponte.

Também é provável que a imagem de São José exposta aos fiéis na igreja da Fajã, até aos anos 50 do século passado, fosse a mesma que existiu nesta primitiva ermida. Essa imagem, bastante antiga e com notável interesse histórico, apesar de muito cobiçada por colecionadores de arte religiosa, resistiu a todas as tentativas de retirá-la da Fajã e ainda hoje se encontra guardada na sacristia da actual igreja. A outra imagem existente na capela primitiva era a de São Miguel Arcanjo. Porém, esta, nos anos 50 e anteriores, não estava exposta aos fiéis, mas sim escondida numas arrecadações que existiam atrás do altar-mor, a que se relacionavam alguns medos e temores, pois o arcanjo tinha na mão uma balança com que havia de pesar o bem e o mal dos que iam morrendo, condenando-os ou salvando-os. Esta mítica imagem inspirou o poeta fajãgrandense Pedro da Silveira a dedicar-lhe um poema. No entanto, nunca se percebeu a razão por que o São Miguel, assim como a Senhora da Soledade não estavam na igreja à veneração dos fiéis.

Sabe-se também que o primeiro enterro realizado na Fajã e no interior da ermida, como era costume na altura, se realizou um ano após a sua inauguração, sendo a primeira pessoa ali sepultada Isabel de Freitas, de 22 anos, casada com Gervásio Rodrigues, naturais e residentes no lugar da Ponta e que haviam casado na igreja da Fajãzinha em 10 de Julho de 1752.

Ainda hoje por decifrar é o facto de se chamar ao local onde se construiu esta ermida e, mais tarde, a igreja actual, o “serrado do Lincate”. Não parece que “Lincate” fosse nome de um lugar, pelo que seria sim nome ou antes o apelido do dono do terreno onde se construiu a ermida, embora fosse mais lógico citar-se o seu nome completo de um benemérito do que o seu apelido. Daí que continue a ser um pormenor ainda hoje indecifrável.


Carlos Fagundes

Este artigo foi (originalmente) publicado no «Pico da Vigia».

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Pequenas lembranças eleitorais... (V)

Não é apenas mais IRS. É mais tudo. Tudo o que mexe e tudo o que é inanimado. O que se tem e o que se perde. Quando rasteja e quando voa. Paulo Portas acaba a mandar tributar o pai, a mãe, o avô, a avó, o gato e o periquito.

O aumento do IRS é avassalador, não apenas por causa da sobretaxa, mas através da redução do número de escalões do imposto. Essa redução [dos escalões de IRS], na prática, é apenas uma forma encapotada de aumentar o imposto.

Mas não são só as taxas. São as deduções específicas, as deduções à colecta, os benefícios fiscais. É o regime simplificado dos recibos verdes. É, nos outros impostos, taxas liberatórias nas rendas. O tabaco. O IMI, apesar do recuo na cláusula de salvaguarda. Este será o Orçamento mais extensivo de sempre, tributa quase à peça. É como se, além de tributar um sapato, tributasse a sola, a meia-sola, o salto, o couro e cada atacador.

O risco de tudo isto está mais do que diagnosticado: o aumento da economia paralela; e a espiral recessiva, em que se aumenta cada vez mais os impostos para uma receita cada vez menor numa economia progressivamente recessiva e repleta de desempregados.

Pedro Santos Guerreiro, editorial do «Negócios»

Os aumentos de impostos anunciados para o Orçamento do Estado para 2013 representam “napalm fiscal”, ou um sismo fiscal de magnitude oito, com efeitos devastadores sobre a economia, segundo Bagão Félix, conselheiro de Estado e antigo ministro da coligação PSD+CDS [de 2002 a 2005].

“A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador”, disse o antigo ministro das Finanças e da Segurança Social, ontem à noite na SIC Notícias.

Bagão Félix considerou, ainda, que "o ministro das Finanças não foi correcto" ao dizer que ia devolver um dos subsídios cortados aos funcionários públicos e pensionistas, porque com as alterações no IRS e a sobretaxa "não chegam a recebê-lo".

“O que nós estamos em presença é de um terramoto fiscal. A única dúvida é, na escala de Richter, se é 7, que é destruidor; se é 8, que é devastador. Porque isto dá cabo da economia”, disse Bagão Félix.


Notícia: jornal «Público».

Pequenas lembranças eleitorais... (IV)

Quando Manuel Pereira (PS), Bruno Belo (PSD) ou Paulo Rosa (CDS/PP) lhe pedirem o seu voto... certifique-se que eles assumem um público compromisso de honra em como (se forem eleitos deputados) não deixarão extinguir a sua freguesia contra a vontade popular e sem que as pessoas sejam ouvidas sobre o futuro da freguesia!

A Região Autónoma dos Açores poderá vir a perder mais de metade das suas freguesias: é esta a redução do número de autarquias que está prevista no Documento Verde da reforma da administração local [do Governo da República: PSD+CDS/PP]. Na ilha das Flores, o concelho das Lajes de 7 freguesias passaria a ter apenas duas freguesias e o concelho de Santa Cruz das actuais 4 freguesias ficaria só com a sede de concelho.

“Só o Parlamento dos Açores é que pode extinguir freguesias, criar freguesias ou modificar a sua área territorial. Esta é uma competência que a Constituição da República Portuguesa atribui aos Açores e nesta medida [só] a Assembleia Regional terá que decidir [...] a última palavra sobre as freguesias açorianas cabe à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pequenas lembranças eleitorais... (III)

Quem tenha salário a rondar 550 euros mensais, peça a Paulo Rosa (CDS/PP) e Bruno Belo (PSD) que lhe pague o super-IRS que terá para o ano!

Até agora eram oito os escalões de IRS, que variavam entre 11,5% e 46,5%. Vão passar a ser apenas cinco escalões de IRS.

Rendimentos anuais entre 4.898 euros e 7.410 euros, tiveram em 2012 uma taxa de IRS no valor de 14%. Em 2013 quem tenha rendimentos acima de 7 mil euros (ou seja, 550 euros mensais) irá ter de pagar uma taxa de IRS no valor de... 28,5%; uma subida para mais do dobro!

Para além disso, será ainda aplicada [mensalmente em retenção na fonte] uma sobretaxa de 4% sobre os rendimentos de 2013 sujeitos a IRS, fazendo com que a taxa efectiva de imposto cobrado suba mais uma vez... para pagar o "buraco" do BPN.

Também as pensões de reforma acima de 1.350 euros levam um corte entre 3,5% e 10%, penalização maior do que o corte que deverá ser aplicado aos salários dos funcionários públicos.

Açoreanos a deixarem a sua terra...

A emigração é um tema que não tem passado pela campanha eleitoral nos Açores. Não existem números oficiais, mas sabe-se que há cada vez mais açorianos a deixar o arquipélago.

Notícia: «TeleJornal» da RTP1 (com vídeo).
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Passos Coelho é o único líder ausente da campanha eleitoral nos Açores

O presidente do CDS/PP, Paulo Portas confirmou hoje a presença quinta-feira [amanhã] nos Açores, tornando Passos Coelho (PSD) no único líder nacional dos principais partidos que não participa na campanha das eleições legislativas regionais de 14 de Outubro.

Nas duas semanas antes das eleições açorianas, também António José Seguro (PS), Francisco Louçã (BE) e Jerónimo de Sousa (PCP) participaram em acções de campanha eleitoral nos Açores dos seus respectivos partidos.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Correio da Manhã» e «Público».
Saudações florentinas!!

Pequenas lembranças eleitorais... (II)

Quando Berta Cabral e Bruno Belo (PSD) ou Artur Lima e Paulo Rosa (CDS/PP) lhe pedem o seu voto... lembre-se de quem afinal lhe anda a roubar no vosso salário ou na vossa pensão de reforma!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Rendimentos de Manuel Pereira (PS)

MANUEL ALBERTO PEREIRA é o primeiro candidato na lista do Partido Socialista (PS) pelo círculo eleitoral da ilha das Flores nas eleições legislativas regionais 2012; é presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores desde 2001.

Em Fevereiro de 2002, Manuel Alberto Pereira [no início de funções como autarca] declarou ao Tribunal Constitucional (TC):

Rendimentos de trabalho dependente21.612,91 euros, mais 1.217 euros de trabalho independente (a grafia aposta pelo declarante está algo imperceptível, por isso o valor deverá ficar sujeito a confirmação).

Património imobiliário – uma casa de moradia na Fajã de Baixo (concelho de Ponta Delgada; no valor declarado de 11.312,74 euros), uma casa de moradia em Fão (concelho de Esposende; no valor declarado de 1.218,54 euros), uma terra de lavradio na Fajã Grande (concelho de Lajes das Flores; neste momento encontrava-se em fase final de construção uma casa de moradia neste prédio) e 10 prédios rústicos sitos nos concelhos de Esposende e Vila Nova de Cerveira.

Débitos que oneram o património do declarante – casa de moradia na Fajã de Baixo adquirida em 1994 com recurso ao crédito à habitação do Banco Comercial dos Açores, no montante de 34.143,06 euros; casa de moradia (em construção) na Fajã Grande com recurso ao crédito à habitação do BPI, no montante de 54.867,77 euros.

Carteiras de títulos ou contas bancárias a prazo – nada consta na declaração

Participações sociais – nada consta na declaração

Barcos, aeronaves ou veículos automóveis – um automóvel ligeiro de passageiros (Mitsubishi Lancer), com a matrícula 29-69-HF (ano 1996).

Em Dezembro de 2009, Manuel Alberto Pereira (na última declaração por si entregue ao TC) declarou:

Rendimentos do trabalho42.093,37 euros

Património imobiliário – um prédio urbano na Fajã de Baixo (concelho de Ponta Delgada; no valor declarado de 14.914,71 euros), um prédio urbano na Fajã Grande (concelho de Lajes das Flores; no valor declarado de 36.114,38 euros) e 8 prédios rústicos sitos nos concelhos de Esposende e Vila Nova de Cerveira.

Débitos que oneram o património do declarante – prédio urbano na Fajã de Baixo com recurso ao crédito à habitação do Banif, no montante de 43.705,32 euros; prédio urbano na Fajã Grande com recurso ao crédito à habitação do Millenium/BCP, no montante de 40.574,53 euros.

Carteiras de títulos ou contas bancárias a prazo – nada consta na declaração

Participações sociais – nada consta na declaração

Barcos, aeronaves ou veículos automóveis – um automóvel ligeiro de passageiros (BMW 525 TDS), com a matrícula 13-52-UG; e um automóvel ligeiro de passageiros (Renault Clio), com a matrícula 47-BF-97.

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mais de um em cada cinco recenseados nos Açores são "eleitores-fantasma"

Em 36 das 154 freguesias do arquipélago, há mais eleitores do que residentes. A campanha eleitoral das Regionais 2012 entra na segunda e última semana.

Pelo menos 45 mil dos 225.211 inscritos nos cadernos eleitorais são eleitores-fantasma. Face a 2008 houve um acréscimo de 17,9% no número de recenseados, enquanto o crescimento da população residente foi de apenas 0,8%.

Segundo o Censos 2011, os Açores têm 246.746 habitantes, dos quais 44 mil são menores até 14 anos de idade e 35 mil estão entre os 15 e 24 anos. Daí se pode concluir que existem pelo menos 65 mil indivíduos com menos de 18 anos, isto é, sem idade para votar, o que daria no máximo 186 mil eleitores, menos 45 mil que os actuais recenseados.

Este factor tem inflacionado a taxa da abstenção, habitualmente elevada nos Açores, e poderia ter levado a um aumento do número de 57 para 64 deputados, se o Parlamento regional não tivesse aprovado em Abril, por unanimidade, uma lei-travão que fixa aquele número máximo de eleitos e muda a forma de distribuição dos deputados. A alteração "cirúrgica" da Lei Eleitoral da Assembleia Legislativa dos Açores surgiu na sequência do problema criado pelo aumento de eleitores inscritos nos Açores, aumento que não tem ligação com a realidade populacional, mas resulta do recenseamento automático em vigor desde que existe o Cartão de Cidadão.

A discrepância entre o número de residentes e recenseados existente nos Açores, como aliás no resto do país, foi analisada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), na sua reunião de 27 de Março de 2012. Segundo consta da acta, a questão dos alegados "eleitores surge porque se analisa a informação dos Censos, que é uma realidade estática, ao contrário da informação do recenseamento eleitoral, que, sendo permanentemente actualizada, é uma realidade dinâmica". Acresce que os cidadãos, quando requerem a emissão do cartão de cidadão, indicam a residência em Portugal quando muitas das vezes residem no estrangeiro, o que tem um efeito de distorção do recenseamento. O recenseamento eleitoral que temos hoje, conclui a CNE, é "o mais fidedigno que alguma vez existiu em Portugal e apresenta um número pouco significativo de problemas", que decorrem, essencialmente, do sistema de identificação civil (casos dos óbitos não registados).


Notícia: jornal «Público».
Saudações florentinas!!

domingo, 7 de outubro de 2012

JuveArte de regresso à ilha das Flores

O JuveArte - Festival de Teatro, organizado (desde o ano 2000) pela Associação de Juventude da Candelária, tem como principal objectivo proporcionar aos grupos de teatro dos Açores mostrarem os seus melhores trabalhos e a troca de experiências com outros grupos, e proporcionar ao público açoriano a oportunidade de verem novas experiências teatrais.

Na ilha das Flores, a 13 de Outubro [próximo sábado] todos os caminhos vão dar ao Auditório dos Minhocas para assistir a “Salvo Conduto”, da Companhia de Teatro Pouca Terra, de Santarém. Nesta peça, um edifício em ruínas serve de laboratório para dois sem-abrigo que mantêm uma realidade própria e fabricam o protótipo de um aparelho capaz de os mover através do tempo.


Notícia: rádio Atlântida e jornal «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

sábado, 6 de outubro de 2012

Descobrir artistas... na ilha das Flores

Discover Azores - Descobrir Açores é um projecto artístico-turístico que tem como objectivo a divulgação e promoção de artistas açorianos. O projecto vai contar com a participação de artistas açorianos interessados na internacionalização dos seus trabalhos.

A primeira fase do projecto (que decorre durante 2012) vai contar com a participação de 100 artistas/grupos a viver nas 9 ilhas dos Açores com representação das várias disciplinas: artes plásticas e visuais, artes de performance e dramáticas, especialmente dança, música e teatro, não esquecendo as artes tradicionais açorianas.

Artistas, agentes culturais, grupos comunitários que trabalham em prol das artes e cultura, e o público em geral, são bem-vindos aos encontros Descobrir Açores com artistas, que estão a ser realizados em todos os municípios açorianos. Artistas que estão interessados na internacionalização dos seus trabalhos, não percam esta oportunidade!

O encontro Descobrir Artistas nas Lajes irá realizar-se no dia 12 de Outubro [sexta-feira], pelas 21 horas no Auditório da Câmara Municipal das Lajes das Flores, ocorrendo em Santa Cruz no dia 13 de Outubro [sábado], pelas 21 horas no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.

Saudações florentinas!!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Carta a Vasco Cordeiro

Muitos dos acontecimentos que relatei, nas Cartas a César, poderás dizer que desconheces, Vasco. E poderás até acrescentar neles não teres tido qualquer intervenção, logo responsabilidade. Houve realmente, antes da tua "vaga", outros intervenientes, que lutaram pelo estabelecimento da Democracia, da Autonomia e do Partido Socialista. Pertences à geração que já encontrou o PS à beira de conquistar o poder, logo com tudo facilitado. O PS na oposição era muito diferente, e nem contei tudo. Os jovens licenciados que voltavam para a Região eram quase todos "absorvidos" pelo antigo PSD, pelas maiorias absolutas, pelos Governos que mandaram ao longo de 20 anos. Quem sabe o que teria sido de ti, se tivesses voltado nesses tempos, em que a ideologia já era palavra quase vã e predominava a lógica do poder e do interesse? Saltaste para o barco certo, na altura certa. O que nada tem de condenável.

Mas és deputado desde 1996. Lembras-te, certamente, do primeiro mandato do Governo PS e dos primeiros "tiques" de alguma autocracia de Carlos César. Vieram os cursos de formação jurídica apenas para técnicos superiores que estivessem "em sintonia" com a política do Governo. Ficaste calado. Veio o ofício que estabelecia a "obrigação" de funcionários públicos assistirem à posse de um secretário regional. Ficaste calado. Veio o ofício que acompanhava a fotografia do presidente, a aconselhar que se metesse aquilo numa parede das instituições para onde era enviada. Ficaste calado. Conquistada a maioria absoluta, a que se seguiriam mais duas, muitas foram as "cesarianas" às quais sempre esperei que tu, ou alguém com coragem dentro do PS, se opusessem. Mas ficaste calado. Entendi, então, que das duas uma: ou estavas de acordo com tudo o que César decidia; ou não estavas, mas preferias ficar calado, na perfeita consciência de que, se falasses, seguirias o mesmo caminho de todos quantos falaram contra o grande soberano. O que não seria nada do teu interesse.

Só que chegou uma altura em que não podias ficar calado, Vasco. Quando César resolve ir embora e decide que serias um digno sucessor, era o momento de ouro para dizeres "não posso aceitar, isto não é uma monarquia, é um partido político, com militantes aos quais deve ser dada (devolvida) voz, assim funciona a democracia, assim dita a Lei, fico honrado(?) com a escolha, mas seria contra todos os meus princípios aceitar que um homem só ou uma espécie de Comité Central que é a Comissão Regional decidam a sucessão". Não o fizeste. Não sei se pela mesma vaidade que sempre caracterizou o teu antecessor, se por qualquer outra razão, aceitaste e meteste pelas ilhas todas os teus olhos castanhamente ternurentos com a máxima "renovar com confiança". Vasco, Vasco, como se pode ter confiança num homem que não quis saber se os militantes do seu partido nele confiam? Depois, vieste com "ganhar o futuro". Mas como pode ganhar o futuro quem ajuda a hipotecar o presente, pela cumplicidade nos erros do passado?

Poderia falar-te na necessidade de alternância democrática, como suporte da democracia. Poderia dissertar sobre os vícios de uma governação demasiado longa, pois se o poder corrompe o poder absoluto corrompe absolutamente. Mas tudo isso sabes. Espero que percas esta eleição, certamente pelas virtudes da alternância democrática, claro que para acabar com os vícios que o teu antecessor sabiamente foi plantando, obviamente para mandar para casa uma equipa profissional de boys que só te apoiam para manterem os seus jobs. Mas, sobretudo, espero que percas para que seja devolvida ao PS a sua dignidade. Para que se possa regenerar, com confiança digna de tal nome. Para que volte a ser um espaço de debate, em que a voz do mais humilde militante valha tanto quanto a de um aprendiz de imperador. Para que volte a ganhar a humildade que fez dele um grande partido.

Se ganhasses, não serias apenas um homem que ficou calado perante o inaceitável. Serias também o sucessor, embora em linha colateral, de um homem que se comportou como um rei dentro do seu partido e à frente dos destinos destas ilhas. Não sei como alguém se permite aparecer sozinho num cartaz, a dizer que é o "nosso" Presidente. É demasiado sul-americano para o meu gosto. Mas sei que não gostaria nada de ver a mandar quem em toda a sua vida política foi um pau mandado.


António Bulcão

Artigo de opinião originalmente publicado no jornal «Diário Insular», de 3 de Outubro [disponível online apenas para assinantes].
Saudações florentinas!!

Sondagem do «Expresso»: PS à frente

Socialistas lideram destacados as intenções de voto para as eleições regionais dos Açores, que se realizam no domingo, dia 14. Vasco Cordeiro, o candidato socialista a líder do Governo Regional dos Açores, está mais perto de poder suceder a Carlos César, que lidera os destinos da Região há 16 anos.

De acordo com a sondagem da Eurosondagem para o semanário «Expresso» e a SIC, os socialistas estão confortavelmente à frente nas intenções de voto na Região. Berta Cabral, a candidata do PSD, fica assim mais longe de poder ser eleita a primeira mulher presidente do Governo Regional dos Açores. A percentagem dos indecisos a uma semana das eleições ainda se cifra junto dos 20%.


Notícia: semanário «Expresso».
De notar que ainda esta semana o director da Eurosondagem havia referido que a existência de um círculo compensação, a elevada taxa de não resposta e a diferença de proporcionalidade entre ilhas dificultam a realização de sondagens eleitorais nos Açores, cujos resultados apresentam desvios superiores ao resto do país.

Saudações florentinas!!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Retrato" das Flores: Regionais 2012

Na ilha das Flores os eleitores pedem aos futuros deputados obras no porto das Poças. Dizem que é impossível arrear barcos neste porto que, além dos pescadores, serve também o tráfego de passageiros em Santa Cruz.

Os eleitores da ilha das Flores queixam-se também da falta de turistas e do preço elevado das passagens aéreas.

O círculo eleitoral da ilha das Flores elege três deputados. Inscritos estão 3.233 eleitores. Nas últimas eleições - há quatro anos - PS, PSD e CDS/PP elegeram um deputado cada.


Notícia: RDP Antena 1 Açores (com rádio-reportagem).
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Passos Coelho e PSD são de confiança?

«Ao longo dos últimos meses, o Governo adoptou, em diversos momentos, medidas gravosas, visando a redução do défice orçamental, que tiveram e têm consequências directas sobre o rendimento das pessoas e das famílias, sobre a actividade das empresas e sobre o desempenho da economia portuguesa como um todo. Sempre que tal aconteceu, o Governo garantiu, pela voz dos seus mais altos responsáveis nesta matéria - o primeiro-ministro e o ministro das finanças - que as medidas em causa eram as adequadas e suficientes para a realização dos objectivos pretendidos em matéria de finanças públicas. Impor agora novos aumentos de impostos, cortes nas pensões, no Serviço Nacional de Saúde ou na rede escolar, confirma a estratégia do Governo de transformar medidas de emergência - que pelos sacrifícios que impõem aos cidadãos - apenas devem ser assumidas em situações extraordinárias e de modo conjuntural. (...) Ao agir dessa forma, o Governo está também a evidenciar, perante o país inteiro, quer a sua incapacidade para cumprir adequadamente aquela que é a sua responsabilidade, quer o seu despudor em transferir para os portugueses o custo dos seus sucessivos erros. Se estas medidas adicionais são necessárias, é porque o Governo não soube, ou não quis fazer, aquilo que a ele - e só a ele - lhe compete

Pedro Passos Coelho, a 11 de Março de 2011

Paulo Portas e CDS/PP não tem palavra

«Queria fazer-vos uma declaração em relação às medidas anunciadas hoje. (...) Vão aumentar as taxas do IRS, em termos práticos, mais 10 ou 15%, face ao que as pessoas pagam todos os meses. O aumento é duplo: chamo à atenção que agora sobem as taxas do IRS e há um mês tinham anunciado o corte nas deduções. O que significa que se vai pagar mais ao Estado todos os meses e que se pode deduzir menos, muito menos, em educação e saúde. (...) E, embora o primeiro-ministro não o tenha clarificado, temo que não sejam apenas os trabalhadores que estão no activo, mas também os pensionistas, que vejam o seu IRS agravado. (...) Isto é um bombardeamento fiscal que é negativo para a nossa economia. (...) Eu mantenho a palavra que dei ao eleitorado: o caminho é fazer uma compressão da despesa. É reduzir a despesa que pode ser reduzida. E não é ir pelo aumento de impostos, por aumentos de impostos sucessivos. (...) Eu dei a minha palavra ao eleitorado e mantenho-a: pedi confiança às pessoas para outro modelo fiscal. Não me deram confiança para estar a votar aumento de impostos. (...) Lamento profundamente que os portugueses cheguem cada vez mais à conclusão que o Governo não tem palavra, relativamente à questão fiscal, como a muitas outras matérias


Notícia: "sítio" do Grupo Par(a)lamentar do CDS/PP na Assembleia da República (com vídeo).

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Berta Cabral e Vasco Cordeiro evitam tema do aumento de impostos em 2013

Os açoreanos dizem-se preocupados com um eventual aumento de impostos no arquipélago. Mas no arranque oficial da campanha para as eleições regionais nos Açores, os dois principais candidatos [Berta Cabral (do PSD) e Vasco Cordeiro (do PS)] preferiram evitar o incómodo assunto.

Notícia: «TeleJornal» da RTP 1 (com vídeo-reportagem).

Ao fim de 16 anos, o presidente Carlos César deixou uma marca de contorno à austeridade, ditada pelo Continente. O resultado? Os sacrifícios não foram para todos. Agora tudo deverá mudar. O memorando da Troika e o acordo entre o arquipélago e o Continente para obtenção de um empréstimo de 135 milhões de euros dita o quase inevitável aumento de impostos.

Será que os açorianos sabem o que aí vem? Num quadro de contestação máxima à austeridade, os políticos tentam contornar a realidade.


Notícia: programa «Sexta às 9», da RTP 1 (com vídeo-reportagem).
Saudações florentinas!!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Saudade e Poesia #11

Coitada da Lagoa Funda

A Funda tem água suja
Da Ribeira do Cabouco;
Que algum mau e rabuja
A sujou de pouco a pouco.

Diz-se que alguém das Lajes
Chamou investigadores;
P'ra desvendar os ultrajes
Feito por desbravadores...

Alguém meteu-se em casa
Depois da tamanha asneira;
Vejam se a Lagoa Rasa
Está da mesma maneira?

Fica suja quando chove,
Levando a terra mexida
Tal pecado; até comove
Quem já partiu desta vida...

Se não fizessem favores
A amigos ou alguém...
Hoje a Funda tinha as cores
Que a Lagoa Rasa tem!

Ao ver isto até me dói
É triste, mas é real:
Quem governa até destrói
A BELEZA NATURAL!

Não foram para lá tropas
Nem aviões nem navio;
Alguém está metido em copas
Cala-se e não dá um pio...


Denis Correia Almeida