quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Apelo à união de empreiteiros açorianos

Os responsáveis pelo sector da construção nos Açores afirmam-se preocupados com as dificuldades sentidas pelas empresas.

As associações do sector da construção afirmam-se preocupadas com o rumo do sector. Essa preocupação deve-se ao facto de muitas empresas concorrerem com custos abaixo do valor-base do concurso a que se candidatam, muitas vezes 25 a 40% abaixo do valor-base, e que são actualmente norma em quase todos os concursos. O alerta foi lançado pelo presidente da AICOPA (Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores) que se mostra preocupado com esta situação que poderá piorar com as dificuldades de crédito, com o atraso nos pagamentos das obras públicas e com a execução aquém do esperado dos projectos aprovados no âmbito do SIDER (Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional).

Refira-se que os responsáveis das associações de construção nos Açores tem vindo a alertar para os problemas por que passa a construção na Região, defendendo uma desqualificação das propostas que se afastem 20% do valor-base do concurso, proposta essa que não tem tido aceite, e uma união dos empreiteiros para pôr cobro a estas estratégias que ameaçam o sector.


Notícia: «Jornal Diário».
No passado mês de Julho, o presidente da AICOPA afirmava que o "Governo [Regional] não cumpriu com promessa à construção civil, [pois] faltavam 57 milhões de euros ao sector [da construção]".

Saudações florentinas!!

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler os lamentos do texto, entramos todos em pranto.

Coitadinhos, dos empreiteiros.

Anónimo disse...

gente vejam só. já passaram pela doca da capital das flores 200 iates. esta vila das lajes das flores já é conhecida mundialmente.

MILHAFRE disse...

De facto, o sector da «construção civil» nos Açores está a passar momentos bem difíceis.

Depois do «boom» da década de 90 e dos dois ou três primeiros anos da presente década, a construção civil açoriana tem sido vítima de vários contratempos.

Desde a concorrência desleal de empresas de fora; à escassez de financiamento bancário quer a particulares quer às empresas; ao aparecimento de novas exigências técnicas e burocráticas, já para não falar do sistemático ataque fiscal a estas empresas (às vezes autêntico terrorismo fiscal!),etc.

Nesta última meia dúzia foram muitas as empresas que faliram ou que encerraram por falta de condições objectivas.

O sector da «construção civil»- tradicional sector que emprega muita mão-de-obra intensiva - é um sector nevrálgico e até um barómetro para as restantes actividades económicas.

Quando se «ataca» este sector - muitas vezes por cupidez e irresponsabilidade politica - ataca-se por inteiro os restantes sectores que estão a montante e jusante.

Mas para alguns politicos ou serviços, pagar subsidios de desemprego ou rendimentos mínimos é mais vantajoso do que tolerar alguma «informalidade» que é típica deste sector, não só aqui, como em qualquer outra parte do mundo.

Como na saúde, na economia temos que conviver com algumas «bactérias», pois como naquela, o nosso organismo (neste caso, tecido económico) a prazo fica mais robusto e imune às infecções ou virús (crises económicas).

Mas há por aí uns iluminados que não percebem nada de economia e ainda por cima querem ensinar os empresários a fazerem «raízes quadradas».

Ainda não perceberam que sem os empresários - nomeadamente os de construção civil - o seu múnus profissional deixa de ter razão de ser.

Coitados, não percebem.

Mas se tiverem dificuldades podem fazer perguntas on-line ao Dr.Pardal.