sexta-feira, 16 de abril de 2010

Petição quer proibir a pesca com arte de palangre nas ilhas das Flores e do Corvo

Um grupo de cidadãos das Flores e do Corvo entregou na Assembleia Legislativa Regional dos Açores uma petição a defender a proibição da pesca com arte de palangre (pesca de fundo, com trole) nestas ilhas do Grupo Ocidental.

O documento, subscrito por 610 pessoas, considera que esta arte de pesca "é extremamente delapidadora dos recursos" pesqueiros, defendendo a necessidade de os preservar para garantir a "sustentabilidade" das pescas.

José Alfredo Araújo, que é o primeiro subscritor da petição, frisou que a situação "é ainda mais grave" porque a pesca com arte de palangre é exercida, quase exclusivamente, por embarcações "de outras ilhas". "Nós aqui só pescamos com linha de mão", frisou este pescador da ilha das Flores, frisando que os barcos oriundos de outras ilhas "estendem as linhas ao longo da costa e limpam tudo".

O texto da petição salienta que a arte de palangre "tem levado a que na maioria das ilhas dos Açores, nomeadamente nos grupos Central e Oriental, se verifique hoje uma clara diminuição das capturas e, consequentemente, dos recursos dos pescadores".

Os subscritores do documento receiam que "esse cenário devastador se estenda agora tendencialmente às ilhas do Grupo Ocidental, de menor dimensão", defendendo a necessidade de acautelar a situação para que não se atinja uma "situação irreversível ou de difícil reversibilidade".

A petição alerta ainda que muitos dos aparelhos de pesca utilizados pelos palangreiros das outras ilhas, ficam "presos no fundo marinho", prejudicando a pesca artesanal local, "com consequências devastadoras para a economia" do Grupo Ocidental.


Notícia: «Diário de Notícias», «Açoriano Oriental», jornal «A União» e RTP/Antena 1 Açores.
Saudações florentinas!!

24 comentários:

Anónimo disse...

eu se tive-se nas Flores também assinava. a ilha das flores é prejudicada em tude e ainda virem para cá armados em donos e limparem o que já limparam nas outras ilhas esta é que não. não sou pescador mas apoio os pescadores das flores.

Pato Bravo disse...

Eu não concordo que algumas traineiras venham pescar para a nossa costa,agora dizerem que rapam o peixe todo,acho um exagero...Penso eu...posso até estar mal informado.

Pato Bravo disse...

Já me esquecia de dizer,acho esse Senhor pescador,uma das pessoas mais sérias e trabalhadoras que o mar das Flores já teve.

Anónimo disse...

Não podemos importar peixe da China??

Alberto disse...

nao tem nada que ir pescar para as Flores.rua com eles.

Anónimo disse...

Que os barcos das outras ilhas venham pescar para as Flores, parece-me natural e aceitavel, desde que utilizem tecnicas e artes, semelhantes aos pescadores locais e não outras, como as referidas na noticia, que já deram provas de destruição dos stoks, nomeadamente nos mares das restantes 7 ilhas dos açores.
Mas a culpa não é de quem vem, mas de quem autoriza, revelando falta de visão futura e incapacidade de gestão de conjuntura.
A continuar assim, os pescadores das Flores e do Corvo, em pouco tempo, terão de mudar de actividade, pois que do mar jamais conseguirão os proventos necessários á sua sobrevivênvia.
Vento Fresco

Anónimo disse...

já que se está a falar em mar, faz falta no porto comercial das flores uma sala de informação ao turismo um pequeno espaço para venda de artigos feitos nas flores ou artigos referentes ás flores, e um pequeno espaço para venda de bilhetes do barco santorin e até para a lancha que liga ao corvo com viagens directamente das lajes que não tem cabimento deslocar-me na minha viatura até santa cruz para ir visitar a visinha ilha do corvo. assina o sempre atento para o melhor do concelho das lajes.

Anónimo disse...

Se os pescadores e os outros florentdas que gostam da sua terra os tivessem no lugar, niguem largava trole nos nossos mares.Todos juntos nao vao dentro! O secretario das pescas quando viese cá era amarra-lo e deixa-lo numa boia a meio canal

Vasco Santos disse...

Caros amigos das Flores é de louvar a iniciativa da petiçao e quero desde ja apoiar com muito gosto e agrado o autor e segundo me foi dito que foi um pescador que teve essa iniciativa,gostaria muito de saber o numero telefone desse pescador pra entrar em contacto com ele pra poder me dar mais informaçao.

Anónimo disse...

ao comentador do dia 17 das 13.48 horas,o meu amigo tem toda a razão e tudo o que escreveu é de utilidade para o povo principalmente os turistas e Lajenses,agora falta é porem em prática mas vossê tem toda a razão.

Anónimo disse...

Certo que, a pessoa do comentário que sugere isso faz muito sentido.

Um Posto Informático na vila de baixo, que não fosse rente ao mar por via das tempestades, era uma maravilha.
Vivo fora da ilha, desconheço o processo que existe nas Lajes com ligação ao Corvo.
Precisamos compreender que, para ir das Lajes para o corvo, respeitante ao gasto de combustivel
é muito mais económico viajar de carro até Santa Cruz, do que um barco motorizado das Lajes ao Corvo -- ou até mesmo Santa Cruz.

No porto de S/C tem sempre transporte para o Corvo. A questão
é chegar lá. Vai-se de carro.

Se quisermos tomar avião temos que ir a S/C..verdade? e os de Santa Cruz a quererem receber carga pesada, ou até mesmo excursão de turismo náutico e outras coisas de peso bruto, têm que vir ás Lajes, correcto? Então qual é o problema?

A vida é assim mesmo.Nem nas Lajes nem Santa Cruz tem tudo rente à porta. Haja senso!

Anónimo disse...

gostaria de dar uma resposta ao senhor anónimo do dia 18 pelas 6,27 mas será uma perda de tempo. assina o sempre atento para o melhor do concelho das lajes.

Anónimo disse...

Gostaria de ver os nossos politicos das Flores a defender os nossos pescadores mas como não há eleições poragora fazem de conta que nada é com eles,quando for em2012 tem a lata de apertar a mão dos pescadores.

Anónimo disse...

O anónimo "sempre atento para o melhor do concelho das Lajes" pode dizer o que quizer mas Santa Cruz está sempre á frente das Lajes.
È em Santa Cruz que está o Hospital, tribunal, colégio, lojas e restaurantes abertos aos domingos, até o lar de idosos proporciona mais actividades aos utentes que o das Lajes.
Certo ou não?

Anónimo disse...

é verdade que SC tem isso tudo mas o dinheiro gasto na doca das lajes compra tudo em Santa cruz duas vezes.

não esquecer que a parte mais bonita para o turismo está no concelho das lajes. santa cruz nada tem.

Anónimo disse...

por mera concidencia vim á janela e olhei para a doca da capital das flores e vejo o santorin.

Anónimo disse...

gostaria de acrescentar aquilo que escrevi no dia 17 de abril às13,48que também faz falta um bar em cima do cais com uma esplanada, seria útil para o pessoal dos iates turistas vindos no barco e até para os de cá da terra nem que fosse um bar como aquele que eu vi a uns tres meses no porto das pipas na ilha terceira.assina o sempre atento para o melhor do concelho das lajes.

Anónimo disse...

A parte mais bonita e mais turistica do concelho das Lajes é a Fajã Grande mas só depois dos franceses irem para lá é que as Lajes soube que esse lugar existia.

Anónimo disse...

pois...pois...os franceses iam para a fagã e para as lajes já que em santa cruz não havia nada para ver.

Anónimo disse...

Hardlink diz:

Comentar mais um pouco sobre a labuta piscatória nada adianta; mas lá vai:

No entanto, torno a dizer como a maioria diz: O peixe que existe em volta das Flores e Corvo, como está estipulado pelas recentes leis governamentais, pertence aos habitantes das duas ilhas.

Gosto muito da ilha de S.Miguel, por ser a segunda ilha dos Açores
a que mais me relaciono. O sangue que em minhas veias corre é de lá.

No entanto; há leis cívicas de bom senso que as devemos seguir.
Essas leis são: as que fazem parte do nosso civismo, consideração e bom entendimento--- sem tão pouco ter sido preciso o Governo do Açores entrar em partilhas.
Cada um tem direito àquilo que possui. Irmãos dentro da mesma casa não roubam a irmãos!..

S. Miguel é a maior ilha. Tem pelo menos, oito vezes mais mar do que as Flores e Corvo.
Pesquem naquilo que lhes pertence e deixem as Flores e Corvo da mão!..
DCA
Hamilton,Canada
hardlink@aol.com
Hardlink.

Anónimo disse...

DCA
Continuação:
Há pouco não pude dizer tudo duma vez no mesmo comentário:
-Aqui no Canadá de há tempos para cá, tem havido escassez de peixe dos Açores.

Está visto qual a razão: As ilhas que exportam a maioria de peixe para estes lados, suponho que é S.Miguel.Desculpem se é erro meu, mas eu pergunto por cá nas peixerias: "agora não há peixe de S.Miguel" respondem-me.

Ora, dá-se o caso que as Flores, em termos piscatórios de peixe fresco para exportar (penso) que nada tem; correcto?..Aliás, mas precisam de ter peixe para o seu consumo.
Em contrapartida, S. Miguel apanha peixe para consumo dos outros.

Se as outras ilhas, aliás a maior,
só em pescadores tem outro tanto povo como os habitantes das Flores (penso) dá-lhes há o direito
de ir ás Flores e Corvo REDAR todo o peixe e exportálo para o Canadá?

Este é o crucial problema:
Nas Flores e Corvo só há pescadores de casa - e - para casa
mesmo a alguns serem profissionais apenas servem os seus.Não exportam nem vivem de peixe exportado.

Na ilha verde, a maior, eles fazem
negócio! EXPORTAM!..Para tal; e para poderem viver da pesca, eles até pescariam sobre a cabeça de S. Pedro!..

Denis Correia Almeida
Hamilton, Ont. Canada
Hardlink@AOL.com

Anónimo disse...

Hardlink

É surpreendente, como a petição do Grupo Ocidental, relativo à pesca incentivou (fosse lá quem fosse) que fez como que o governo dos Açores estabelecesse uma lei para cada ilha pescar dentro de seu território. Leia-se: Correio dos Açores 21 de April.

-É pena; mas a realidade das coisas é esta. Pelo jeito que eu li, o bravo e especulativo armador já tinha contractos para fornecer viveiros de (certo pescado) na cidade da Praia da Vitória. Barco seu, uns tantos tripulantes...e talvez (vassouras) para ir varrendo o fundo do mar -laugh out loud- Quem sabe?..

Deixa-te estar quieto homem!..
Os outros também precisam de pescar dentro de sua área.

Mesmo aqui na terra da fartura, o dinheiro não abunda para se comprar cavacos; quanto mais lagostas !..

Eu também conheci um (tal)que abriu
uma 'suposta peixaria' e acabou por fechar, abrindo uma livraria para vender livros de segunda mão.

Quem se fia em sapatos de defuntos
acontece que: o que era p'ra ser defunto ficou vivo, e esperançoso passou a andar descalço.
DCA
hardlink@aol.com

Anónimo disse...

vi agora o das 15:51

oh anónimo sempre atento para o concelho das lajes, agente deve ser justos. qual era a resposta que me querias dar? porque eu falei justo, e por isso nada tiveste para retorquir.

eu sou pelas lajes e nao s-c mas devemos ser justos; apesar daquele autaraca que manda na camara de santa cruz eu não gostar dele, eu sou direito. se fosses um ricasso
qurias tude pra ti sem dares nada a ninguem és 1 igoista seijas
repartidor
chupa lá essa

Fórum ilha das Flores disse...

Adenda informativa, [infelizmente já vem bastante fora de tempo, desculpem-nos!] através duma notícia [de 14 de Abril] no «Diário dos Açores»: "Pescador deslocou-se [da ilha] das Flores a[té] São Miguel, sozinho, para entregar [outra] petição".

José Maria Câmara, pescador da ilha das Flores, deslocou-se a São Miguel e apresentou [no dia 13 de Abril], sozinho, uma petição, exigindo ao Parlamento [Regional] um aumento da fiscalização sobre o Executivo regional relativamente ao cumprimento da legislação relativa ao FundoPesca. O documento foi entregue e analisado pela Comissão Parlamentar de Economia da Assembleia Legislativa Regional, e recolhe mais de 600 assinaturas de ambas as ilhas do Grupo Ocidental.

Depois deste acto de cidadania espontâneo, Marcelo Pamplona, subsecretário Regional das Pescas, desvalorizou a petição apresentada no Parlamento [Regional], exigindo a fiscalização do FundoPesca, alegando que os pagamentos do segundo semestre de 2009 “estão pagos desde Março” e foi alargado o critério de acesso a este apoio. “O pedido de fiscalização (da actuação do Governo Regional) é tardio”, afirmou Marcelo Pamplona, assegurando que todos os pagamentos do FundoPesca relativos ao segundo semestre do ano passado “estão na conta [bancária] dos pescadores”. “Não houve nenhum atraso, muito pelo contrário, até fomos bastante céleres”, acrescentou. De referir que o FundoPesca se destina a compensar os pescadores pelos dias em que não podem exercer a sua profissão devido às condições do tempo.