segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

«Preto no Branco» #42

Ilhas, nós e os outros

Somos ilhas.
Acontece muito. Falamos de «nós» sem considerarmos os «outros». Também acontece o contrário. Falamos dos «outros» como se «nós» não existíssemos... do «tic-tac» desse pêndulo, entre o egocentrismo mais bacoco e a auto-estima mais miserabilista, resulta uma noção totalmente desfigurada das posições relativas.

Importa contextualizar e perceber aquilo que deveria ser óbvio, por nem sempre termos presente no nosso horizonte visual outra ilha, grupo ou arquipélago à nossa frente, para melhor sabermos relativizar.
Há mais do que os nossos olhos vêem. Devemos ser capazes de ver para lá do que os olhos alcançam, e perceber que isso também acontece aos «outros». Não há «nós» sem «eles», e só há «outros» por que há «nós».

Confuso? Não. Vejamos «outros», mais longe...
Se ajudar, ao menos, para tirarmos certas ilações sobre «outros», bem mais perto, seria um óptimo passo.

O que lhes pedimos?
Que parem um bocadinho para pensar e façam o mesmo exercício...
Aqui ficam alguns exemplos de ilhas atlânticas, acessíveis à distância de um clique no Google, desde Tristão da Cunha, no Sul, às Faroe, a Norte:

  • Ilha de Santa Helena
  • Estatuto político: território britânico ultramarino
  • Área: 420 km2
  • População: 6.653 habitantes
  • Ilha de Ascensão
  • Estatuto político: território britânico ultramarino
  • Área: 91 km2
  • População: 1.100 habitantes
  • Ilha La Gomera, Canárias
  • Estatuto político: Região Autónoma das Canárias, Espanha
  • Área: 370 km2
  • População: 19.580 habitantes

A pesquisa de vídeos e mais informações, sobre estas e outras ilhas, fica ao critério dos interessados. Garanto que irão encontrar aspectos muito curiosos... e a cores. Preto no Branco.

Ricardo Alves Gomes

PS: vi o texto sobre o Acordo Ortográfico. Vou ter de discordar do senhor Denis Correia. Espero ter tempo para abordar aqui essa matéria fundamental, um destes dias. Em todo o caso, é louvável que o nosso conterrâneo tenha suscitado a discussão de tão importante assunto.

5 comentários:

Anónimo disse...

HARDLINK acolhedor

Dr. Ricardo Alves!
Seja Bem-vindo!..

Isto,quem não sabe andar engatinha!
As crianças que engatinham, sempre se mudam de lugar.
Embora cheguem mais tarde; mas sempre chegam...
Refiro-me a mim próprio.

Denis Correia Almeida
Hamilton, Ont. Canadá
Hardlink@aol.com

Anónimo disse...

Dr, Ricardo Alves
Gostaria de o felicitar pela forma inteligente como soube abordar esse video divulgado na net.Fê-lo realmente de uma forma pedagógica.
Lamento que a Escola não seja ou não queira ser uma escola dinâmica que pretendemos ver instituída.
Qualquer professor tem por obrigação de criar uma escola mais humana,mais aberta,mais ligada às realidades da comunidade que deve servir e mais atenta às evoluções/modificações presentes e futuras.
Não há comunidade educativa aí nas Flores? Não sentem obrigação perante tais imagens e tais realidades necessidade de ajudarem quem precisa e não tem voz?

Anónimo disse...

Hardlink

ÚLTIMA HORA
Vou afastar-me por uns dias e não tenho laptop.
Passem bem
DCA

Anónimo disse...

A ultima vez que tive no Corvo foi nos anos 60 altura do Ponta Delgada que trazia carga e passageiros, e muitos anos depois estou a ver num video o barco lá fora e o barco a trazer a carga para terra com um mar terrivél de se encostar ao cais. Mas estes Homens Corvinhos que sempre foram uns corajosos souberam resolver o seu problema o que alias sempre o souberam resolver em outras circunstancias. Parabensaos Corvinhos de um Florentino ausente.

Unknown disse...

bem visto!!!Então porque na época de 60 era assim, não vale de nada querer ou poder evoluir.Tudo como antes,não é sr, Abrantes?.Já o Zé Povinho reflectia...