segunda-feira, 30 de novembro de 2009

«Preto no Branco» #39

«Faces Ocultas; as de lá e as de cá»
A gente sabe mas ninguém entende


É o tema nacional da actualidade.
A cada passo, um episódio do Processo Face Oculta, novelo com mais pontas que meadas e que enriça Portugal de fio a pavio. Em cada canto está uma aranha e outras tantas teias - a somar à ingovernabilidade iminente e à mais profunda crise sócio-económica das últimas décadas, esta sucata, só(!) a ponta do icebergue, no dizer de vários, vem confirmar o que há muito antevíamos - caminhamos para a ruptura.

Nos Açores, e nas Flores, em particular, enquanto «por lá» o Face Oculta vai enchendo jornais, telejornais e despoletando múltiplos debates, «por cá» vive-se como se a coisa nos fosse alheia, caindo-se, amiúde, na tentação fácil de adjectivar o que se passa «em Lisboa», como se a Capital fosse uma cova de ladrões e a mais recôndita das ilhas [fosse] um atol alheio aos esquemas da perversão do Sistema. Como se a clamada urgência popular na limpeza que se impõe «por lá», fosse uma necessidade estranha à realidade «de cá». Não é. O que acontece é que é muito mais fácil abrir a boca sobre os escândalos que ninguém toma por seus, ou dos seus vizinhos, no lugar de levantar o dedo sobre o que vê, todos os dias, mesmo debaixo do nariz.

Não há, pois, destrinça possível ente o «lá» e o «cá». As únicas diferenças, a existirem, estão na escala; se «lá» é um Rolex, «cá» há-de ser um Sharp; se «lá» é uma nomeação para chorudo lugar em empresa do sector público estatal, «cá» há-de ser para o sector público regional ou municipal; se «lá» são mil patacos, «cá» hão-de ser dez... e por aí fora. O que faz o «lá» é o somatório de todos os «cá», seja nas Flores ou em Freixo de Espada à Cinta, na Horta ou na Nazaré, em Angra ou em Vila Real de Santo António, em Ponta Delgada ou na Figueira da Foz... e por aí fora, até Lisboa.

Dito isto, importava esclarecer, entre várias outras, certas «coisas de cá», tais como:

  • Por que é que um Município das Flores com pouco mais de mil habitantes emprega, directa e precariamente, cerca de 150 trabalhadores? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que, regra geral, os funcionários públicos dos serviços regionais tendem a integrar ou acabam por apoiar listas partidárias afectas à cor do partido do Governo Regional, ao passo que [os funcionários] das autarquias locais optam pela cor do partido instalado na Edilidade? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que por cada Secretaria Regional existe uma Delegação local que, na maioria dos casos, não serve para nada? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que com tantos instrumentos de urbanismo e ordenamento do território, a ilha [das Flores] apresenta casos de construção nova, muitas vezes promovida por entidades públicas, que são uma vergonha? A gente sabe, mas ninguém percebe;
  • Por que é que o Serviço Regional de Saúde, nas Flores, é uma autêntica agência de viagens? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que há tanta escassez de mão-de-obra na ilha e a Segurança Social local está a rebentar pelas costuras? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que nunca tendo havido tantas instituições de solidariedade social, programas públicos de previdência e recursos afectos, aumentam os casos de carência gritante? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que existem múltiplas forças de segurança na ilha, cada uma com a sua esquadra ou posto, meios e efectivos? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que há habitantes na ilha que já temem pela sua segurança e haveres? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que a Fábrica dos Lacticínios não é auto-suficiente? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que aos variados subsídios de apoio à lavoura e às pescas, não correspondem efectivas melhorias na qualidade dos sectores? A gente sabe, mas ninguém entende;
  • Por que é que não nos fiamos nas declarações ao Fisco daqueles que não são trabalhadores por conta de outrem? A gente sabe, mas ninguém entende...
Enfim... a lista dos porquês já vai longa... e nem chegamos aos negócios da sucata... melhor seria que a nossa comunidade fosse capaz de ver as traves nos «olhos de cá». É demasiado fácil ver os grãos de areia nos olhos dos «de lá».

Preto no Branco,
Ricardo Alves Gomes

sábado, 28 de novembro de 2009

Bandeira dos Açores... no Kilimanjaro

A bandeira dos Açores foi desfraldada na manhã de hoje [sábado] no topo do Kilimanjaro, a montanha mais alta do continente africano. Este foi o primeiro objectivo cumprido pelo projecto “Açores no Topo do Mundo”, lançado pelo alpinista açoriano Luís Bettencourt. Este enviou uma mensagem à Agência Lusa esta manhã, na qual se podia ler «Às 7h20 locais (3h20 nos Açores) conquistamos o Kilimanjaro».

O objectivo será chegar aos pontos mais altos de cada continente e a iniciativa arrancou a 9 de Setembro com a subida à ilha do Pico, o ponto mais alto de Portugal.


Notícia: SCN - Sport Canal, jornal «Record» e «Diário Digital».
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Na Biblioteca Municipal: Feira do Livro

De 2 a 11 de Dezembro, decorrerá a Feira do Livro na Biblioteca Municipal de Santa Cruz, com muitas oportunidades de boas prendas para oferecer no seu Natal.
Saudações florentinas!!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Má gestão de algumas autarquias locais está a sufocar os empreiteiros açorianos

O alerta da AICOPA (Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores) não é novo, mas de nada tem servido, pois como sublinha Albano Furtado “a situação do sector [açoriano] da construção civil tem-se vindo a agravar”.

Na [passada] quinta-feira [dia 19], noventa empresários do sector estiveram reunidos em Ponta Delgada [ilha de São Miguel], por iniciativa da AICOPA e da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, com as dificuldades do sector como principal ponto da agenda.

Uma crise para a qual está a contribuir a má gestão de algumas autarquias dos Açores, adiantou Albano Furtado, da AICOPA. “Há trabalho realizado há mais de um ano que não é pago”, sustenta o representante dos empresários. E “não é justo que sejam os empreiteiros a arcar com o resultado da má gestão de algumas Câmaras [Municipais]”, afirma, sublinhando que “estamos perante má gestão, porque as autarquias contraíram dívidas para as quais não tinham cobertura orçamental”.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saliente-se também uma outra notícia do «Açoriano Oriental»: "Nove Câmaras [Municipais] açorianas com prejuízo em 2008".

Saudações florentinas!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Chuva de críticas à política de turismo

A V Bienal de Turismo Rural Atlântico começou [no passado dia 15 de Outubro] com críticas severas ao Governo Regional por parte de um dos oradores. Pierluigi Bragaglia diz que os investimentos são mal aplicados na Região.

Pierluigi Bragaglia foi o primeiro a intervir no debate de abertura da V Bienal de Turismo Rural Atlântico, que decorreu [de 15 a 17 de Outubro passado] nas Velas, em São Jorge. Empresário ligado a este sector do turismo, o historiador italiano, que reside na ilha das Flores há cerca de duas décadas, não poupou críticas ao Executivo [regional] açoriano na sua intervenção.

Foi com o mote “Um olhar para dentro” que o primeiro debate do evento focou temas como os trilhos pedestres, o mar, a genealogia ou a fortificação da Idade moderna nos Açores. Pela primeira vez em cinco edições da Bienal, a discussão contou com as intervenções de três historiadores, Pierluigi Bragaglia, Pedro Medeiros, da Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, e Sérgio Rezendes, do Museu Militar dos Açores.

Sem papas na língua, Pierluigi Bragaglia não se intimidou com a presença de representantes governamentais e criticou a forma como o Executivo [Regional] tem investido no turismo. Para o historiador, “os dois pilares do turismo açoriano são o mar e os trilhos pedestres”. Factores que Bragaglia considera mais do que suficientes para atrair turistas. “Não é preciso inventar especializações no turismo açoriano”, criticou.


Mar

Para o empresário, a solução passa por um maior investimento do Executivo [Regional] nestas áreas, mas adequado ao turismo rural. Pierluigi Bragaglia lamenta que não existam transportes marítimos eficientes na Região. “Hoje em dia só se chega às ilhas de avião ou através do incipiente turismo de cruzeiros. E oxalá permaneça assim, incipiente”, frisou.

O historiador italiano foi muito crítico em relação ao turismo de cruzeiros. “Para que é que serve ter alojamento rural se os turistas ficam nos cruzeiros? Para que é que serve ter trilhos pedestres se eles não têm tempo para os fazer?”, questiona. “O turismo rural nada tem de compatível com os cruzeiros”, sublinhou.

Quanto ao transporte marítimo entre ilhas, Bragaglia ironizou os percalços decorridos neste Verão e salientou que ainda não existem horários para 2010. O empresário fala em falta de organização.


Terra

Segundo Bragaglia, a maioria dos turistas procura os Açores pelos seus trilhos pedestres. O empresário salienta ainda que, de acordo com um inquérito realizado aos passageiros da SATA, 85% dos passageiros procura a actividade. “Temos de ter em atenção as preferências dos turistas”, foca.

Também nesta área, o historiador nota falta de intervenção do Governo Regional. Pierluigi Bragaglia considera que o investimento na manutenção de trilhos e na criação de novos percursos “ficou aquém do esperado”. “Existem apenas quatro trilhos sinalizados nas Flores, quando podiam existir 20 ou 30”, aponta.

Bragaglia salienta mesmo que não seriam necessárias grandes verbas para dinamizar os trilhos da Região. O empresário lançou uma sugestão para o fazer: criar programas de voluntariado para jovens estudantes, que prestariam serviços em troca de alojamento e alimentação. O historiador pediu ainda legislação que proíba a utilização de motos de quatro rodas nos percursos pedestres.

Para Pierluigi Bragaglia, o dinheiro do Executivo [regional] açoriano está a ser mal gasto. “Cuidado com os investimentos”, alerta. O problema do turismo açoriano, segundo o historiador, não está na falta de verbas mas na má escolha de investimentos. “Falta mais vontade da parte dos governantes [regionais]. Estas verbas gastam-se. Algumas em obras emblemáticas que não trazem benefícios”, acusa.

O empresário acredita que se os Açores explorassem estas actividades poderiam estar no topo das escolhas dos turistas da Europa. “Nós tínhamos oportunidade de ser um destino [turístico] de referência a nível europeu”, defende.

No meio de tantas críticas, Bragaglia congratulou a última campanha promocional interna do Executivo [regional], que foi dirigida aos açorianos, pela primeira vez, como incentivo à hospitalidade e bom relacionamento com os turistas.


Notícia: «Diário Insular» [com leitura restrita a assinantes] e "sítio" da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo.
Saudações florentinas!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Balanço do primeiro ano da Legislatura, pelo deputado Manuel Herberto Rosa

Mais uma vez, o deputado regional eleito nas listas do Partido Socialista pelo círculo eleitoral da ilha das Flores, Manuel Herberto Rosa, não deu absolutamente nenhuma resposta ao pedido publicamente efectuado pelo «Fórum ilha das Flores» para que os três deputados florentinos elaborassem um texto de balanço do seu trabalho político realizado neste primeiro ano da presente Legislatura regional.
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Balanço do primeiro ano da Legislatura, pelo deputado regional Paulo Rosa

Em resposta a solicitação da administração do blogue, faço neste momento o balanço do primeiro ano desta Legislatura numa óptica pessoal. Não porque me agrade fazê-lo nestes termos, até porque toda a actividade desenvolvida é pública, mas porque o dever de transparência a que me propus a isso obriga.

Assim, o balanço que faço deste primeiro ano de Legislatura tem, necessariamente, que ser positivo e excedeu as minhas próprias expectativas. Não sou apologista do auto-elogio, por isso limitar-me-ei nestas linhas a “radiografar” o trabalho parlamentar e acção cívica desenvolvidos ao longo dos últimos meses.

Assumi compromissos para com os florentinos, com humildade, durante uma campanha limpa e transparente. Os florentinos reconheceram isso e, pela força do voto, delegaram-me a representação institucional que desempenho com brio e com esforço pela dignificação da nossa ilha. Os meus compromissos foram humildade e trabalho. Não me sinto defraudado com o trabalho realizado neste primeiro ano, que tem sido de aprendizagem, mas quero sempre evoluir nos contributos para uma maior projecção da ilha das Flores. Não tenho a veleidade de ter sempre razão, nem a ambição de que a minha acção agrade a todos e seja digna da concordância de todos. Aceito a discordância como natural em democracia e aprecio quem a assume frontalmente, sustentando as suas posições.

Os meus objectivos nesta aventura não são pessoais. São as batalhas da nossa ilha. Porém, a figura de deputado de ilha é um mito, não tem enquadramento jurídico. Há 57 deputados regionais, eleitos por círculos eleitorais correspondentes às 9 ilhas e representando grupos parlamentares de vários partidos. Fui inserido nesta realidade, num grupo de cinco deputados, onde cada um aporta a sua mais-valia. Sendo profissionalmente ligado à Educação, tenho tido a meu cargo essa área específica e outras relativas à Comissão Parlamentar de Assuntos Sociais, da qual faço parte. Porém, não descuro as batalhas das Flores, porque se o fizer não posso esperar que sejam outros deputados regionais, eleitos por outras ilhas, a travá-las e, quer queiramos quer não, os compromissos assumidos na campanha são com os florentinos.

Nestes 11 meses, pedi e usei da palavra em plenário mais de sessenta (60) vezes, relativamente a várias matérias. Dessas intervenções, sete foram realizadas na tribuna. Seria exaustivo e fastidioso reportar-me aqui ao conteúdo de todas elas, mas terei muito gosto em fazê-lo a quem se me dirigir manifestando interesse nisso.

Utilizei a figura do Requerimento também por sete vezes, todos em matérias relativas à ilha das Flores (pesca ilegal; lixeiras a céu aberto e conceito de Reserva da Biosfera; ensino técnico-profissional; certificação da iluminação da Pista do Aeroporto; prestação de serviços de medicina dentária; degradação ambiental da Ribeira dos Barqueiros e transferência da gestão do Aeroporto das Flores).

Acresce a esta actividade um Projecto de Resolução que recomenda ao Governo Regional que diligencie junto do Governo da República e da PT para que se efective a extensão do anel de fibra óptica ao Grupo Ocidental até ao final de 2010, que foi aprovado por unanimidade.

Foi também apresentado um Projecto de Decreto Legislativo Regional com o objectivo de revogar o regime de excepção que pende sobre a Ponta da Fajã e que tanta celeuma causou. Terei também muito gosto em conversar sobre este assunto com quem quiser partilhar frontalmente as suas ideias, de forma a desmistificar alguma incompreensão que parece subsistir relativamente a esta iniciativa e aos seus pressupostos. De qualquer forma, o último relatório do LREC e o recente desabamento ocorrido naquela localidade que, felizmente, não lesou pessoas nem património, levam a que tenha diligenciado junto do meu Grupo Parlamentar no sentido de retirarmos a iniciativa que ainda não subiu a plenário.

Elaborei e apresentei também várias Propostas de Alteração ao Estatuto da Carreira Docente, uma das quais foi aprovada (de toda a oposição apenas um total de duas o foi).

Em comunicado denunciei por três vezes a política de transporte de carga que resulta em problemas cíclicos de escoamento de pescado e de outros produtos com que se deparam as economias das ilhas da coesão, concretamente a nossa; e a “trapalhada” ocorrida com o alegado “bug” no sistema que estava a impedir que a RIAC nas Flores vendesse bilhetes por um euro aos passageiros da AtlânticoLine para o Corvo.

Em conferência de imprensa reportei-me à falta de credibilidade da tutela da Educação e protestei contra a falta de transporte marítimo de passageiros para as Flores aquando da realização da Festa do Emigrante.

Fiz publicar ainda sete artigos de opinião em diversos jornais da nossa Região («Açoriano Oriental», «Diário Insular» e «Correio dos Açores»), com os seguintes títulos: Carreira Docente: auscultações minimalistas e minudências; Ensino Técnico-Profissional: uma pseudo-polémica...; Fibra Hipnótica; A assobiar para o lado; Metáforas anatómicas; Bússola avariada; Eu cá vou ao Corvo por 10 euros... Estes artigos permitem-me expressar a minha opinião pessoal, para além da esfera político-partidária em que se situa o trabalho parlamentar, o que redimensiona algumas questões.

De uma forma geral, toda a actividade referida nos parágrafos anteriores encontrou eco na comunicação social regional e contribuiu, umas vezes mais e outras menos, para dar visibilidade às questões da nossa ilha, que é o meu objectivo primeiro. Acrescem várias entrevistas à rádio sobre assuntos relativos à ilha das Flores.

Participei ainda num debate televisivo sobre a temática da abstenção, com os deputados Clélio Meneses [PSD] e José San-Bento [PS].

Terei muito gosto em facultar todos estes documentos a quem se mostrar interessado, bastando para isso que se me dirijam por e-mail para bulcaopaulo@gmail.com.

De qualquer maneira, facultarei à administração do blogue um anexo zipado com toda a informação referenciada.

O Grupo Parlamentar em que estou inserido fez ainda aprovar já nesta Legislatura dois diplomas que constituirão mais-valias também para os florentinos, concretamente na área da Saúde: a equiparação das diárias dos doentes deslocados às dos atletas em representação da Região, que significa que até ao final da Legislatura as diárias atingirão 70 euros diários ao contrário dos 18 a 30 euros actuais, com alojamento convencionado e digno; e o Vale Saúde que permitirá reduzir as listas de espera para operações cirúrgicas, nomeadamente através de convencionamento de cirurgias com as IPSS e com entidades privadas, com custos suportados pelo SRS.

Em suma, devo concluir como comecei. Neste ano de aprendizagem, penso que dei o meu modesto contributo para que a nossa ilha merecesse outra atenção. Há ainda três anos de mandato e muitas lutas a travar, o que farei com a mesma determinação e sentido de justiça com que tenho tentado pautar as minhas acções.

As pessoas respeitam-se; as ideias combatem-se”. É esta a máxima que adoptei, não só para este “desvio” de quatro anos em funções de representação, mas também para a minha carreira profissional e para a minha vida pessoal, que são a minha “estrada”.


Paulo Rosa

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Balanço do primeiro ano da Legislatura, pelo deputado António Maria Gonçalves

O único destinatário do trabalho político é o povo, sendo a ele que cabe a sua avaliação. Ao deputado cabe a tarefa de representar aqueles que o elegeram, nas suas preocupações e anseios, como fiel procurador e detentor da confiança que lhe foi conferida pelo voto.

Enquanto deputado regional, tenho procurado ser fiel a essa missão, procurando, dentro dos meios que me são dados, estar presente na defesa dos interesses da ilha das Flores, nas mais diversas circunstâncias, procurando assim, dentro da medida do possível, corresponder a esse meu dever, da melhor forma que sei e posso.

A ilha das Flores continua com problemas sérios por resolver. De entre elas elegi, nesta Legislatura, as Comunicações (em todas as suas vertentes) e a Saúde.
Enquanto deputado pertencente a um Grupo Parlamentar mais alargado – onde todos têm as suas tarefas específicas no trabalho de retaguarda que serve de suporte a toda a acção política do grupo - procuro contribuir acerrimamente para que as ilhas pequenas como a nossa, marquem a agenda política, com os seus constrangimentos e dificuldades, nunca esquecendo que não há desenvolvimento harmónico (bandeira dos princípios da Autonomia) enquanto houver ilhas com motores de desenvolvimento diferenciados e, consequentemente, ilhas de primeira, segunda ou terceira categorias. A desertificação e a debilidade da economia das Flores, a falta de atractividade e as dificuldades com a fixação dos jovens, são uma constante no meu discurso político, sempre que posso e onde tenha oportunidade de o fazer. No Grupo Parlamentar, onde ocupo o cargo de secretário na Comissão de Assuntos Sociais, procuro com a minha presença marcar sempre essa realidade, transpondo para os múltiplos assuntos que aí se analisam a visão de alguém que pode testemunhar os maiores constrangimentos do atraso no progresso, do isolamento, da ultra-insularidade. Nesta Legislatura já participei em mais de uma vintena de reuniões da Comissão a que pertenço e em diversas Jornadas Parlamentares.

Neste último ano, em requerimentos diversos, procurei respostas para problemas concretos das Flores, tais como: certificação da iluminação do aeródromo das Flores; questões relativas à pesca ilegal nas nossas águas costeiras; deficiências nas instalações de Segurança Social; medidas para combate à elevada densidade do coelho bravo nas Flores; entrega, qualidade e formação do “computador Magalhães”; políticas de transportes terrestres; limpeza das ribeiras; escoamento de pescado para exportação; construção da sala de desmancha; má qualidade dos transportes aéreos.
Nos Plenários mensais, realço algumas das minhas intervenções sobre a fraca taxa de execução dos Planos anteriores relativamente às Flores, nos mais diferentes sectores e actividades; nos grandes constrangimentos de certas políticas de saúde na nossa ilha; doutra vez, questionei peremptoriamente o Secretário da tutela sobre aquilo que eu considero um embuste político ao dizer-se que no nosso Centro de Saúde foi criado um Serviço de telemedicina que, na realidade, não existe e que, a meu ver, poderia ser de grande importância numa ilha sempre deficitária na prestação de cuidados de saúde; sobre o combate à elevada densidade da praga dos coelhos bravos; na aspiração apresentada em petição pelos residentes da Ponta da Fajã Grande; e na mais recente petição sobre a contratação do Dr. António Góis.
Assinalando o cinquentenário da criação do ensino oficial nas Flores, com a criação do Externato da Imaculada Conceição, apresentei um Voto de Saudação que mereceu a unanimidade de toda a Assembleia.

Enfim, de forma discreta e sem procurar a “ribalta” para os meus modestos feitos políticos, vou, sem procurar protagonismos, fazendo aquilo que, em consciência, acho ser meu dever para com dignidade desempenhar o cargo que me foi incumbido.
Os jornais e a televisão tem a sua leitura muito própria sobre aquilo que devem ou não publicar e tem os seus métodos próprios que visam, muitas vezes, apenas os resultados do mercado e, outras vezes, as clientelas que preferem. Sim, porque essa coisa de comunicação social isenta é coisa que eu não acredito e essa outra coisa de “serviço público” é também algo que eu não confirmo.

No sítio oficial da Assembleia Legislativa [Regional] na respectiva base de dados, lá vai sendo publicada grande parte da actividade parlamentar. Há, todavia, trabalho de grupo que não é aí especificado e há muita participação esporádica de cariz político que se dilui no dia-a-dia sem ser evidenciado, como sejam as mil pequenas coisas que um deputado é chamado a fazer por conta das suas influências e conhecimentos e que, por vezes, podem ser consideradas muito importantes. Os contactos pessoais, o trabalho de pesquisa e de estudo, são também tarefas necessárias, imprescindíveis, num trabalho que tem de ser fidedigno e responsável.

Avalio este ano, e todos os outros, como um período da minha actividade política em que dei o melhor do meu modesto conhecimento e da minha enorme disponibilidade de bem servir.

António Maria Gonçalves

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Prazo para entrega de propostas para a empreitada das infraestruturas no loteamento da Terça, em Santa Cruz

Está a decorrer o prazo para a apresentação de propostas respeitantes ao concurso público da empreitada de execução das infraestruturas do Loteamento da Terça, na freguesia de Santa Cruz, na ilha das Flores, o qual terminará a 15 de Dezembro, decorrendo o acto público no dia seguinte.

Com um prazo de execução de 150 dias [ou seja, 5 meses], a obra da Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social tem como preço-base 217 mil euros e visa a execução de trabalhos da rede viária, rede de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e pluviais, infraestruturas de telecomunicações, infraestruturas eléctricas e de iluminação pública, posto de transformação (construção civil e equipamento).

Com esta iniciativa o Governo [Regional] dos Açores pretende proporcionar melhores condições de habitabilidade à população da freguesia de Santa Cruz das Flores.


Notícia: portal «Açores.Net» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 15 de novembro de 2009

«Miscelânea da Saudade» #7 (parte 2)

Não sei quem é [... continuação]

No tempo da Última Guerra Mundial, os florentinos oriundos doutras ilhas, como era meu pai e meus avós maternos, sofríamos muito por não haver um palmo de terra que chamássemos nossa. Nesse tempo de crise, o da guerra, poucos lavradores vendiam milho. O que nos valia para o pão nosso de cada dia, eram umas nesgas de terras, "combradas" como [lhes] chamávamos, na rocha da "descida" e terras de "meias" que meu bom pai fazia, mas apenas para batata doce, e inhames do Vale de José de Freitas "Galinha". Para milho, era pedir uma maçaroca de porta em porta e quando tínhamos 20 ou 30 maçarocas, (lembro-me bem) debulhava-se e íamos para a Fazenda moer o milho.
Há coisas que nunca mais [se] esquecem. Os nativos florentinos de 4 ou 5 gerações, todos tinham casa sua e alguma terra; ou muita terra. Os oriundos doutras ilhas, como uma dúzia de famílias [de] que me lembro nas Lajes, tinham tanto ou pouco mais do que nós.

Ele, o Sr. Nuno Vieira, ainda fala na casa da Maria Teresa em frente à loja do sr. João Germano de Deus. A respeito da Maria Teresa, "Deus me perdoe" também lhe atirei algumas pedradas à janela para a fazer berrar, até se ouvir longe. Coitada da senhora! Hoje sinto remorso. Oh meu Deus!... Lembrou-me agora do mestre Chico sapateiro, do Outeiro Negro, que, ao sairmos da escola, levava algumas pedradas sobre a telha (eu era um dos bons de cabelo).
Também me lembro de dar uma pedrada num penico que a Anina, filha do saudoso tio João Ti'ana, levava na mão. Sobre este assunto, eu e a própria Anina falamos quando estive de visita em 1990. Rimos até chorar de riso.

Ainda sobre o José da Teresa, lembro-me de o ver e abraçar, aquando na mesma data fui às Flores. Encontrava-se juntamente com o filho da dita Vitória do Lombo, mulher do José d'América, aquela que também me fez fugir muitas vezes, depois de enviar 'pedrinhas' para as grades de ferro que ela tinha na janela. Chamavam-a a Vitória doida, coitadinha!... Quando me lembro dessas heresias, penso que ainda tenho muito que pagar...
Os dois estavam no Largo de Santo António. Introduzi-me, fazendo-os lembrar quem eu era. Abraçamo-nos; foi um momento feliz para mim.

Por essa altura, eu era assinante do extinto «Jornal do Ocidente», como também era seu colaborador. Tal jornal tinha por Director o meu saudoso amigo Sr. José de Freitas Silva. Uns tempos depois, não muito, li no mesmo jornal, já aqui no Canadá, um texto da D. Gabriela Silva, a dizer que o José da Teresa havia morrido. Segundo o relato dela, o enterro do José da Teresa não levou um acompanhante que fosse para a sua última morada. Isto doeu-me a alma.

Há muita coisa a dizer sobre recordações da nossa ilha. Mas, como já vou adiantado na escrita, o resto fica para outra ocasião.


Denis Correia Almeida
Hamilton, Ontário, Canadá

sábado, 14 de novembro de 2009

«Miscelânea da Saudade» #7 (parte 1)

Não sei quem é

Apenas sei que o conterrâneo florentino abaixo descrito, me fez sentir mais próximo das Flores. Da forma como escreve e descreve, talvez por serem coisas de que me lembro, nunca conseguirei dizer tanto e tão bem dito como ele diz. Não por não querer; mas por me faltar "aquilo" que ele tem...

Como gosto de ler jornais, alguns electrónicos e outros em versão impressa, em Setembro passado o [jornal] «Portuguese Times», de New Bedford, Massachusetts, do qual sou assinante, trouxe um artigo relacionado com a nossa ilha das Flores.
Mais do que o título da crónica «Notas de Rodapé», o subtítulo onde se lia "A MINHA ILHA É OUTRA ILHA" causou-me curiosidade. A entrada da leitura e a estética e forma de apresentação, tudo em letra maiúscula com diferentes dimensões na ortografia intercalada, foi o motivo que me levou a ler.
Admiro quem escreve bem; e como a forma da leitura é apresentada. Talvez por ser da ilha das Flores, prestei muita atenção ao ler as suas bonitas frases de elogio, que me faz pena de não ter aprendido para poder dizer assim, ou então, próximo do que ele diz. Ele enaltece a nossa ilha das Flores, nunca exagerando, mas valorizando e falando do muito que a ilha merece, desde as coisas mais banais à sua atractiva e natural beleza, como também o mérito que ele dá aos filhos das Flores, que fazem para que a ilha tenha progresso e acompanhe o resto do Mundo evoluído.

Todavia, o autor da crónica "A Minha Ilha é Outra Ilha", é o Sr. Nuno A. Vieira, um fazendense, da Fazenda das Lajes das Flores e, como acima digo: não sei quem é. Ele menciona lugares das Lajes e Fazenda, sim, porque dos lados de Santa Cruz, na idade que saí das Flores apenas havia ido lá duas vezes na companhia de quem me deu à luz, minha santa mãe. Se tivessem mudado o lugar da "loja do Rato" (como diziam, e eu conheci) para o Boqueirão, para mim não havia diferença porque pouco conheci de Santa Cruz. Naquele tempo, as estradas eram como atalhos tortos e pé descalço e com topadas na cabeça dos dedos.

O nosso conterrâneo, em sua crónica, falou na Ribeirinha da Fazenda das Lajes, local do seu nascimento e onde eu passava muitas vezes para ir ao moinho, que me lembro um pouco do nome dele, mas para não confundir com o da Ribeira Funda, deixo ficar assim. Outras vezes, eu ia à leitaria da ribeirinha, com o meu irmão José Maria, escanchados numa égua, para desnatar o leite das vacas de António Garcia Vieira, do lugar do Jogo da Bola. Mais à frente, lembro-me da Ribeira da Fazenda, na qual havia uma azenha a que se ia levar o saco de milho (se havia) para ser moído, a 'moenda' como lhe chamávamos.


[continua...]

Denis Correia Almeida
Hamilton, Ontário, Canadá

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Derrocada ontem na ilha das Flores

O mau tempo que se fez sentir ontem provocou uma derrocada em Santa Cruz das Flores.

As fortes rajadas de vento aliadas à intensidade da chuva que assolou o Grupo Ocidental provocaram, ontem ao final do dia, uma derrocada de um talude na Estrada Regional nº 1, no troço entre o Miradouro dos Caimbros e a Ribeira do Cascalho.

A circulação automóvel esteve interrompida durante meia hora enquanto as equipas da Delegação de ilha das Flores da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos procederam à limpeza da via. O corte no trânsito demorou apenas o tempo necessário para uma máquina chegar ao local e remover o resultado do deslizamento de terras.

Após a limpeza da faixa de rodagem e colocação da respectiva sinalização, o trânsito foi reaberto, embora de forma condicionada até ficarem concluídos os restantes trabalhos de limpeza que terão sido concluídos durante a manhã de hoje. O troço afectado foi monitorizado durante a noite [de ontem], mantendo-se uma máquina permanentemente no local, caso fosse necessário desobstruir novamente a via perante novos deslizamentos, tendo em conta o agravamento do estado do tempo.

Até ao momento não houve quaisquer danos a registar. As equipas ficaram de prevenção durante a noite [de ontem] para qualquer eventualidade provocada pelo mau tempo. A Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos recomenda aos condutores as normais precauções em situações desta natureza.


Notícia: «Jornal Diário» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

'Aquário visual' é atracção no Centro de Interpretação Ambiental do Boqueirão

Um ‘aquário visual’, onde é possível admirar algumas das espécies que habitam no mar dos Açores, é um dos principais atractivos do Centro de Interpretação Ambiental do Boqueirão, inaugurado [ontem] em Santa Cruz das Flores.

O ‘aquário’, constituído por mais de uma dezena de ecrãs onde passam vários filmes sobre algumas das espécies marinhas dos Açores, está integrado numa área dedicada ao mar, onde também se destaca um espaço sobre a biologia do cachalote. Este Centro de Interpretação inclui ainda uma vertente de educação ambiental, onde está actualmente patente uma exposição sobre o cagarro, na sequência da campanha em curso nos Açores para salvar esta ave marinha.

A obra [ontem] inaugurada, orçada em cerca de 700 mil euros, servirá ainda como “porta de entrada” para o futuro Parque Natural da ilha das Flores, que deverá ser criado nos próximos meses. Na cerimónia de inauguração, o presidente do Governo Regional, Carlos César, destacou a importância de “conhecer o meio que nos rodeia”, salientando o papel que este Centro poderá desempenhar, nomeadamente junto dos alunos das escolas e dos turistas que se deslocarem às Flores.

O Centro de Interpretação Ambiental foi construído nas imediações da antiga Fábrica da baleia, onde está também a ser instalado um núcleo museológico dedicado à actividade baleeira. Este futuro núcleo do Museu das Flores terá como principal novidade a exploração interactiva dos conteúdos, com recurso a modernas tecnologias de informação.

Na intervenção que proferiu na cerimónia de inauguração do Centro de Interpretação Ambiental, Carlos César salientou os investimentos em curso na ilha das Flores que visam garantir a “qualidade e sustentabilidade ambiental”, entre os quais a nova Central Termoeléctrica e o Centro de Tratamento de Resíduos, que deverá “resolver o problema do lixo urbano nas ilhas do Grupo Ocidental”.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Saudações florentinas!!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Empresários das Flores querem que a ilha seja (re)abastecida semanalmente

Os empresários da ilha das Flores consideram que as habituais rupturas no abastecimento de produtos que ocorrem no Inverno podem ser resolvidas com a deslocação semanal de um navio de carga, mas a questão depende da disponibilidade de embarcações.

“A vinda de um navio de carga todas as semanas, seria uma mais valia para os empresários da ilha das Flores”, afirmou Carlos Silva, do Núcleo Empresarial das Flores, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário regional da Economia.

Carlos Silva recordou que “as rupturas no abastecimento notam-se especialmente na época do Natal”, salientando ainda que o facto desta ilha ser abastecida apenas quinzenalmente “obriga a um maior investimento por parte dos empresários”, refere. “Se o barco viesse uma vez por semana, em vez de quinzenalmente, apenas seria necessário adquirir metade dos produtos”, frisou, destacando ainda as implicações do abastecimento quinzenal ao nível de produtos frescos.

Para Vasco Cordeiro, esta aspiração dos empresários [florentinos] “é legítima”, mas a sua concretização não depende apenas da vontade do Governo Regional. “O Governo [Regional] está disponível para trabalhar no sentido de melhorar o serviço que é prestado”, afirmou, frisando, no entanto, que o aumento da frequência [da ida à ilha das Flores] do navio de carga “está dependente das disponibilidades [de embarcações] existentes”.

Além desta questão, os empresários da ilha das Flores pretendem também ver resolvidas questões como o aumento do número de voos da SATA e a sua articulação com as ligações aéreas a Lisboa e ao Porto. A realização de uma feira anual na ilha das Flores e o aumento do número de tomadas eléctricas no porto de pescas, para que seja possível ligar mais contentores de frio, são outras questões levantadas pelos empresários.

O Núcleo Empresarial das Flores representa actualmente 45 empresários desta ilha dos Açores.


Notícia: «Açoriano Oriental».
Leia-se ainda uma notícia da RDP/Antena 1 Açores, onde são apresentados alguns dos pontos que constam no Memorando do Conselho de Ilha a ser apresentado ao Executivo Regional.
Na presente visita estatutária às ilhas ocidentais, o presidente do Governo Regional avisou que "recusa recuperar estradas para salvar [empresas de] construção civil".

Saudações florentinas!!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Governo Regional faz visita estatutária

O Governo [Regional] dos Açores inicia [nesta] terça-feira, [amanhã] dia 10, uma visita estatutária de 3 dias às ilhas do Grupo Ocidental do arquipélago.

Do programa da visita à ilha das Flores, destacam-se as inaugurações das obras da segunda fase de reabilitação da Estrada Regional nº 1 (entre Santa Cruz e a Ribeira da Cruz) e do Centro de Interpretação Ambiental do Boqueirão, cerimónias que contam com a presença do presidente do Governo [Regional].

Notícia: «Açoriano Oriental» e o sempre inestimável "serviço informativo" do GACS [Gabinete de Apoio à Comunicação Social, da Presidência do Governo Regional dos Açores].
Saudações florentinas!!

domingo, 8 de novembro de 2009

Outubro: novos máximos de audiência!!

O «Fórum ilha das Flores» voltou a superar os seus máximos de audiência. No pretérito mês de Outubro, o blogue teve 11.660 visitas únicas (média diária de 376) e 18.945 páginas vistas (resultando em 611 diariamente).
Saudações florentinas!!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

SATA instaura processo de inquérito

Em causa está uma falha que impediu o transporte de um doente em maca do aeroporto das Flores para o [aeroporto] de Ponta Delgada.

Uma falha no sistema de comunicações internas impediu [ante]ontem que a Sata Air Açores procedesse ao transporte, em maca, de um doente entre os aeroportos das Flores e de Ponta Delgada. Assim, o doente não pôde embarcar tendo sido evacuado, ainda durante o dia de quarta-feira, pela Força Aérea Portuguesa.

Tendo em conta o impacto que uma falha dessa natureza tem na qualidade de serviço que a transportadora aérea açoriana pretende prestar, foi determinada a instauração de um processo de inquérito para apuramento de eventuais responsabilidades disciplinares e/ou alteração de procedimentos.


Notícia: «Jornal Diário».
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sismo de grau 6 ao sul das Flores

Um sismo de grau 6 na escala de Richter foi ontem registado [às 17h41] em pleno Oceano Atlântico, a cerca de 480 quilómetros a sul da ilha das Flores, confirmou ao «Jornal de Notícias» fonte do Instituto de Meteorologia e Geofísica.

O abalo não causou estragos e nem sequer foi sentido na ilha, de acordo com testemunhos de vários habitantes. "Não nos apercebemos de nada. Aliás, soube por si e por mais duas pessoas do Continente que ligaram para saber informações", adiantou fonte dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz das Flores.

De acordo com dados científicos, um sismo de grau 6 pode ter "efeitos destruidores num raio até 180 quilómetros", caso ocorra em zonas habitadas. Não foi o caso. "Aconteceu na crista média do Oceano, muito longe de terra, pelo que os efeitos não foram sentidos", explicou a fonte do IMG. A mesma fonte explicou que no mar são frequentes estes sismos, o mesmo já não sucedendo em terra. Observou, por outro lado, que [este sismo] nada tem a ver com os [outros abalos sísmicos] que acontecem com alguma regularidade em outras ilhas, nomeadamente nos grupos Central e Oriental. Ainda de acordo com o mesmo responsável, a ocorrência deste sismo não pressupõe a ocorrência de novos casos, ou de outros fenómenos, nomeadamente tsunamis. "No entanto, em sismologia, não há previsões", sublinhou.

Na ilha das Flores, os sismos são praticamente inexistentes. "Não há memória de nenhum", garantiu fonte dos Bombeiros.


Notícia: «Jornal de Notícias», «Diário de Notícias», jornal «Público» e TSF - Rádio Notícias.
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Campanha para as eleições autárquicas teve aumento de "casos obscenos"

As duas últimas eleições autárquicas motivaram quase o mesmo número de queixas à Comissão Nacional de Eleições, mas as [autárquicas] de 11 de Outubro inovaram pelos "casos obscenos" e pela "sofisticação da publicidade indirecta" [ocorrida no período de campanha eleitoral], denunciou [no passado dia 24 de Outubro] o porta-voz daquela Comissão.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) [durante o mês de Outubro] recebeu cerca de 300 queixas sobre as últimas eleições autárquicas - quase o mesmo número [de queixas] das eleições de 2005 -, mas em termos qualitativos a Comissão Nacional de Eleições considera que a situação "piorou bastante" este ano.

"O que piorou bastante foi o comportamento de alguns titulares de cargos nas Juntas de freguesia e nas autarquias, que tornaram mais sofisticada a publicidade indirecta" à sua recandidatura, disse à Agência Lusa, Nuno Godinho de Matos, adiantando que esta é uma forma não punível de violar a regra da isenção a que estão sujeitos autarcas e presidentes de Junta.

Das 300 queixas recebidas pela CNE, apenas quatro foram enviadas ao Ministério Público - apenas a[quela]s que tinham base legal para ser comprovado o dever de isenção. "Há casos obscenos", afirma, exemplificando que um deles foi o de uma autarquia que prometeu, já depois de anunciada a data das eleições, uma redução das tarifas na factura da água enviada para casa dos munícipes. "Este caso foi de tal forma explícito que o enviámos para o Ministério Público, mas em muitos, ou mesmo na maioria, isso não foi possível" por falta de base legal, frisou Nuno Godinho de Matos.

Um dos casos que não foi enviado ao Ministério Público aconteceu no município de Sines, onde o presidente da Câmara terá ido, no dia das eleições, para o átrio da escola onde decorria a votação apelando ao voto dos munícipes e distribuindo cópias do boletim de voto com uma cruz assinalada na sua candidatura. "Quem me relatou esse caso de Sines foi a governadora civil. Mas, como o candidato se retirou entretanto do local, não houve forma de avançar com o processo", explicou.

Outros casos não enviados ao Ministério Público são os que o porta-voz [da CNE] denomina de "sofisticada publicidade indirecta": "com eleições já marcadas, se assiste a uma invasão de cartazes sobre obra feita pelo autarca que se recandidata, isso é publicidade indirecta". Nuno Godinho explica que num caso destes o conteúdo do cartaz pode ser irrepreensível, e por isso sem punição, mas que a quantidade de cartazes pode ser "uma brutalidade tal" que é visível essa publicidade a uma recandidatura. "Mas não podemos fazer nada porque a lei não determina uma quantidade", afirma, adiantando que pretende propor à Comissão que, no seu relatório sobre as eleições [autárquicas], proponha uma alteração à lei eleitoral para vedar a possibilidade de publicidade indirecta nos 60 dias seguintes ao anúncio de eleições.

Outra das situações denunciadas pela CNE é "o luxo" dos boletins municipais que, embora com textos irrepreensíveis, e assim impunes perante a lei, têm uma qualidade de papel, imagem e grafismo que implicaram gastos enormes com dinheiros públicos e visam chamar a atenção do eleitor para o trabalho feito.

Publicidade indirecta aconteceu ainda, segundo o porta-voz da CNE, com a oferta de bilhetes para viagens ou espectáculos: "É óptimo que ofereçam bilhetes, mas não no período de campanha eleitoral. É um pouco promíscuo", afirmou.


Notícia: jornal «Público» e «Açoriano Oriental».
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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Programa 'Saudades dos Açores' teve pouca adesão dos nossos emigrantes

Os emigrantes açorianos radicados nos Estados Unidos da América não mostraram grande interesse num programa do Governo Regional que lhes permitiria deslocarem-se aos Açores com tudo pago, desde que tenham mais de 60 anos e não viessem ao arquipélago há 20 anos.

O programa ‘Saudades dos Açores’ registou apenas três inscrições entre a comunidade açoriana radicada nos Estados Unidos da América (E.U.A.), preenchendo menos de metade dos lugares disponíveis.

“É uma pena que não tenham aproveitado melhor este programa, estávamos à espera de mais inscrições”, afirmou Rosa Caciano, da Direcção Regional das Comunidades, em declarações à Agência Lusa. Esta responsável admitiu que o número de inscritos nos E.U.A. “ficou aquém das expectativas”, considerando que o problema pode estar relacionado com a “falta de empenhamento” das organizações de emigrantes na divulgação desta iniciativa [do Governo Regional].

O programa ‘Saudades dos Açores’, que tem este ano a sétima edição, visa permitir que os emigrantes açorianos com mais dificuldades financeiras possam visitar a sua terra natal. Nesse sentido são disponibilizadas 24 passagens aéreas de ida e volta, com origem nos Estados Unidos da América (8), Canadá (8) e Bermudas (8), sendo ainda asseguradas as despesas com alojamento e refeições durante uma semana nos Açores. Podem inscrever-se neste programa todos os cidadãos nascidos nos Açores, que residam nos E.U.A., Canadá ou Bermudas, desde que tenham mais de 60 anos e, por dificuldades económicas, não visitem o arquipélago há mais de duas décadas.

Os emigrantes açorianos no Canadá preencheram as oito reservas disponíveis, mas os que estão radicados nos E.U.A. apenas usaram três, não sendo ainda conhecida a adesão registada nas Bermudas. Os que se inscreveram para o programa ‘Saudades dos Açores’ vão chegar ao arquipélago a 7 de Novembro e regressam a casa a 14 de Novembro.


Notícia: «Açoriano Oriental», «Diário de Notícias» e «Jornal Diário».
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Deputados regionais florentinos fazem balanço do primeiro ano da Legislatura

Aos deputados regionais eleitos pelo círculo eleitoral da ilha das Flores, Manuel Herberto Rosa (PS), António Maria Gonçalves (PSD) e Paulo Jorge Rosa (CDS/PP),

no passado dia 19 de Outubro, lançamos o desafio de (cada um) elaborar um texto de balanço do seu trabalho político realizado neste primeiro ano da presente legislatura regional, agora que se aproxima a passagem de um ano da data das suas investiduras como representantes da ilha das Flores na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

Os textos que nos sejam enviados como balanço do trabalho político realizado (neste primeiro ano da presente Legislatura regional) pelos deputados regionais eleitos pelo círculo eleitoral da ilha das Flores, serão então publicados no «Fórum ilha das Flores» durante a terceira semana de Novembro.

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domingo, 1 de novembro de 2009

Desabamento de terras na Ponta da Fajã, sem danos pessoais nem materiais

É considerado um local de alto risco geológico: na ilha das Flores, um desabamento de terras na Ponta da Fajã arrastou lamas na mesma zona que foi arrasada há pouco mais de 20 anos.

Especialistas do Centro de Vigilância Sismo-Vulcânica dos Açores (CIVISA) seguiram [no próprio dia da ocorrência, passada sexta-feira] para a ilha das Flores, para avaliarem o estado daquela zona, onde se verificou o referido desabamento.

Não se verificaram danos pessoais nem materiais e a população não pretende abandonar as suas habitações - como disse uma moradora à reportagem da Antena 1 Açores - adiantando que "estar aqui é como estar em outro local de outra ilha, onde se verificam outros fenómenos, como, por exemplo, os abalos de terra".

As autoridades açorianas são da opinião de que não há motivo para alarmismos. Recorde-se que, desde [os graves desabamentos de terras ocorridos em] 1987, a Ponta da Fajã é considerada [zona] de alto risco geológico.

Notícia: RTP/Antena 1 Açores.
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