sábado, 15 de novembro de 2008

«Miscelânea da Saudade» #4 (1/2)

Presente e Passado

Acabaram as eleições. Tudo se resumiu, voltando ao mesmo. Foram-se as ansiedades, egoísmo, badalar de língua dizendo: "sou mais do que outro, sou melhor, mais novo, mais velho, completo"; ou então: "estive na guerra; tenho experiência da Casa Branca; o Joe the Plumber sabe bem disto", etc., etc..
No entanto, esses, os comentadores de vozes com atitude jurídica são os actuais que mudaram de tom, mordendo a língua.

Referente às eleições nos Açores, as quais, por cá leio apenas nos jornais electrónicos: «Correio dos Açores», Fórum ilha das Flores, «Portuguese Times», ViaOceânica.com, tem dado para saber que os mesmos governantes foram eleitos. Sim; eleitos pela maioria, sendo contra a vontade de outros. Aliás, como em todas as eleições.
A respeito do Canadá, nada há de novo; reina por cá o mesmo "Outono" do ano passado.

Nos Estados Unidos da América, a "pedra do moinho" foi mudada. Quando a pedra de baixo se gasta, há necessidade de ser "picada" como se fazia antigamente nos moinhos de água da ilha das Flores, e não só...
A cadeira e secretária governamental e o quarto oval da Casa Branca, a 20 de Janeiro 2009 passa a ser ocupado pelo novo [presidente] eleito, a tal pedra de baixo novinha e pronta a moer fino, porque a pedra velha e gasta, estava a moer farinha de rolão que deitou o mundo todo a comer papa grossa.

Depois da eleição do eleito candidato, já não existe aquele badalo detractor, racista e maledicente. Todavia, a razão dos eleitores falou bem alto nos E.U.A.. Entre os perdidos, a submissão foi bem visível, notando-se a concordância geral da vitória do lado oposto. Os rivais do GOP (Grand Old Party) derrotados, chegaram à conclusão da conformação. O Partido Republicano, na boca de alguns, mesmo dos fingidos, diz-se estarem "satisfeitos" com a escolha de Obama. Nestas terras norte-americanas, usa-se o provérbio em inglês: "if you can't fight him, join him", que se traduz: "se não o podes vencer, junta-te a ele", e assim foi; terminando diplomaticamente com o discurso apoiante de John McCain.
Aqueles que demasiadamente profetizaram e predicaram em vão a derrota para o que ganhou, podemos classificá-los como madalenas arrependidas.

Barack Obama venceu enaltecido; não pomposo, e muito menos arrogante. A humildade e serenidade do novo eleito, fê-lo triunfar, por ter sido o preferido e escolhido pelo povo americano, para a presidência dos Estados Unidos da América. Aliás, "todo" o mundo se sentiu jubiloso por ver subir ao cimeiro posto mais alto dos EUA o candidato de primazia e de maior merecimento. Esta sua vitória, mesmo que sensível para "alguns" países, decerto, não deve afectar rivalidades de relações entre raças.

Denis Correia Almeida
Hamilton, Canadá

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