domingo, 30 de março de 2008

Sata Air Açores - em ano de eleições regionais

Por favor, verifiquem (e já agora expliquem-me) a lógica desta sequência de acontecimentos! Eu tenho a certeza que qualquer empresa que queira ser organizada tem que primar pela coerência de procedimentos, não interessa onde esteja - aqui ou na China. Bom, adiante aos factos então:

Viagem Lisboa/Flores, com escala na Horta. Criança de 9 anos a viajar desacompanhada. Sem dramas, sem confusões. Tudo tratadíssimo, assinadíssimo, confirmadíssimo. E ele lá foi. Mochila às costas. Cartão ao pescoço. Funcionária ao lado extremamente prestável e clara nas explicações.

Viagem Flores/Lisboa, com escala em Ponta Delgada. Criança de 9 anos não foi autorizada a viajar desacompanhada. E este impedimento veio do balcão da Sata Air Açores em Santa Cruz das Flores. Portanto, naquela cabecinha do funcionário, é perfeitamente lógico recusar que uma criança regresse à origem da mesma forma que chegou ao destino: desacompanhada.

Explicam-me isto, por favor? Alguém tem alguma teoria para além da pura estupidez? Mas não há regras? Não há procedimentos que sejam iguais aqui ou lá? A gaita toda é que para podermos sair daquela ilha não temos outra companhia aérea e se queremos viajar de forma mais rápida e mais cómoda temos que comer e calar. Até porque eu já agora gostava que o meu filho regressasse, se não fosse muito incómodo. Mas para isso, teve que se gastar mais dinheiro, na compra desnecessária de mais um bilhete de avião, para que ele pudesse voltar (de outra forma não o deixariam embarcar), para que pudesse ser libertado desta espécie de uso indevido de poder/abuso de preferência por ausência de concorrência/sequestro estúpido e mal-parido. Porque foi isso que foi: um "ou queres assim, ou então não há"; se o queres de volta tens que pagar mais um bilhete de avião (coisa barata).

A justificação para não o terem deixado viajar desacompanhado foi esta: "se houver algum cancelamento de voos de ligação entra a origem (Flores) e o destino (Lisboa), a Sata não pode responsabilizar-se pelo menor. Ele teria que ter pessoas de contacto na ilha onde tivesse que pernoitar para que se responsabilizassem por ele." Muito bem. Genial esta resposta. Até percebo que a justificação faça algum sentido, mas nesse caso nunca teriam autorizado a saída dele daqui.

14 comentários:

Anónimo disse...

Há coisas fantásticas, não há?

Excesso de zelo ou falta dele?

Anónimo disse...

sendo a sata o unico operador aeuronatico da região temos que nos limitar a fazer o que os srs querem, a titulo de exemplo, há dias alguns florentinos que tinham marcado um voo flores/terceira, com escala na horta, viram-se sem saber como e sem previo aviso a aterrar na ilha graciosa, e sabem pq? simplesmente pq o governo regional se encontrava nessa ilha e como é evidente necessitava de transporte para a terceira.
foram assim os florentinos obrigados a fazer mais uma escala num voo previamente marcado, alterado sem qualquer aviso.
pergunto eu. . . afinal nos que pagamos nossos impostos ao governo, ainda temos que nos sujeitar a ir para onde eles querem?

Anónimo disse...

Cara Mãe:
Deixe que lhe diga que eu tambem sou uma pessoa que ja utilizou este mesmo "sistema" para a minha filha viajar !
A mim sempre me foi pedido um contacto de um familiar/amigo nos aeroportos onde a minha filha apanhava os voos de ligação. Para o caso de cancelamentos.
O que vejo que esta mal é não lhe terem pedido o mesmo quando o seu filho viajou de Lisboa para as Flores.
Cumprimentos J.Silva

Anónimo disse...

(...Portanto, naquela cabecinha do funcionário, é perfeitamente lógico recusar que uma criança regresse à origem da mesma forma que chegou ao destino: desacompanhada...) para depois antagonizar (... Até percebo que a justificação faça algum sentido, mas nesse caso nunca teriam autorizado a saída dele daqui...)
Torna-se claro que a culpa foi do funcionário em Lisboa e não do pessoal das Flores. Como teria reagido se o voo entre PDL e Flores tivesse sido cancelado?seria um tal rezar e um rol de preocupações em fim não é?

Anónimo disse...

Se a Sata cancelasse o vôo Ponta Delgada-Flores, aqui d'el-rei. Onde ficava a criancinha? É mais que lógico que alguém tenha de se responsabilizar, para que a criança fique segura em caso de cancelamento ou será que ficava em «casa da sata»?

Anónimo disse...

Mais um tesourinho deprimente de um membro da familia Henriques em busca de algum PROTAGONISMO ??? Agora até o pequeno e jovem rebento ja é materia para mais uma historia ?
O nome do blog devia ser "Diário da Familia Henriques" !!!
Enfim...TRISTES!!

Anónimo disse...

Há muitas formas de protagonismo...Triste é alguém escudar-se na capa do anonimato, e não tê-los no sítio!Triste é se calhar ser uma pessoa com quem me cruzo pelas ruas da ilha, e às tantas até falamos!

Paulo Henriques

Anónimo disse...

Primeiro - Não necessito de protagonismo (mas agradeço a preocupação) e as questões com o meu filho só são publicadas quando eu assim o entendo, e neste blog nunca o foram. Se calhar tem que passar por cá mais vezes para confirmá-lo.

Segundo - quando eu procuro um serviço, estou perfeitamente confiante na empresa que mo vai prestar. Logo, deles apenas espero que me apresentem todas as soluções e alternativas para que eu possa optar. Até admito que a culpa tenha sido do funcionário em Lisboa. Até admito que tenha extrapolado o meu descontentamento e tenha desabafado a desfavor do funcionário errado (o das Flores). Mas admitam também que se a Sata funciona como um todo, é a empresa como um todo que tem que se responsabilizar. Na empresa onde trabalho pode haver 50 funcionários, mas só há uma resposta, não há 50. E acreditem que é possível.

Anónimo disse...

Viva a Sandra!

Anónimo disse...

Ora bem...

"Até admito que a culpa tenha sido do funcionário em Lisboa. Até admito que tenha extrapolado o meu descontentamento e tenha desabafado a desfavor do funcionário errado (o das Flores)".

Vejo que ja começa a ver onde tudo começou mal...e com certeza terá sido em Liboa! O serviço prestado pela SATA nem sempre é o melhor, ja isso todos nos sabemos..mas por vezes é preciso ver com "olhos de ver"! eu percebi logo onde tudo tinha começado mal...porque ja passei pelo mesmo inumeras vezes , por causa das viagens da minha filha e nunca me permitiram ela sair de liboa sem "alguem" no aeroporto de transito.


Cumprimentos,
J Silva

Anónimo disse...

Deves dirigir a tua fúria para o funcionário da TAP em Lisboa e não para o da SATA nas Flores. Afinal foi ele quem errou. O que dirias neste blog se o teu filho tivesse cancelado sozinho na Terceira ou no Faial? Quem o acompanharia durante a estadia nessa ilha?
Devias pensar melhor a quem dirigir a tua raiva antes de escreveres o que quer que seja.

Anónimo disse...

Sandra...Sandra...ate és boa rapariga , mas deixa-me que te diga que vieste aqui te espalhar completamente ! Embora não o queiras admitir , mas a razão não está do teu lado !Porque em boa verdade, se o avião cancela no regresso do teu miudo a casa , quem ia ficar com ele ? Se bem me lembro deve ser aquele miudinho que dava a volta á pista o outro dia, e não creio que ja tenha tamanho para se desenrascar sozinho num sitio que ele nao conheça !
Podias ter pensado melhor...! Mas como Mãe , ate te compreendo..foi um desabafo..!
Possivelemnte tera sido na pessoa errada..mas foi um desabafo. Beijinho.

R.Rodrigues

Anónimo disse...

Pensei que ja não fumavas desde o tempo da universidade...mas acho que ainda andas metida nas "broas"..LOL !

Sílvia Diana Costa disse...

É apenas mais um episódio no qual não podemos culpar directamente o pessoal mas si a própria companhia aérea, porque afinal são eles que gastam na formação que supostamente fornecem aos seus funcionários.